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terça-feira, 21 de maio de 2013

TRABALHADORES DO DETRAN QUE RECEBEM R$ 687 PARALISAM

Em sua totalidade, os postos de atendimento do Departamento de Trânsito de Sergipe (DETRAN-SE) aderiram na manhã desta terça-feira (21), à paralisação por remuneração digna e melhores condições de trabalho, organizada pelo SINDETRAN-SE – Sindicato dos Trabalhadores do DETRAN de Sergipe. Com esta atitude os trabalhadores pressionam a administração do DETRAN-SE e do Governo de Sergipe para que haja algum avanço nas negociações.

Com o salário de R$ 687, o trabalhador do DETRAN-SE apresenta uma enorme defasagem em comparação com a remuneração de colegas de outros estados que realizam a mesma função em Pernambuco recebendo R$ 2.379; em Alagoas, R$ 3.221; no Espírito Santo, R$ 2.130; em Tocantins, R$ 2.264 e no Acre, R$ 2.100.

Durante o ato público realizado na manhã desta terça-feira, 21/05, em frente à sede do DETRAN-SE, em Aracaju, um servidor, um pouco constrangido, contou que estava com dificuldades de pagar o licenciamento do carro, pois o baixo salário que recebe lhe impõe muitas restrições.

O servidor Clebson José, do posto de Propriá, relatou que a falta de estrutura para trabalhar contrasta com o atendimento feito pelos trabalhadores da unidade. “Não percam a oportunidade de falar, todo momento, o vergonhoso salário que vocês recebem aqui. Convido os companheiros a contarem a realidade vivenciada em cada unidade de trabalho. Pois nesta semana tivemos água no nosso posto de atendimento, o que é uma novidade, porque normalmente temos que trabalhar sem água, sei que em alguns postos os banheiros não funcionam, é uma condição insalubre. Mesmo assim, o servidor presta um serviço eficiente à população”, resumiu.

NEGOCIAÇÃO TRAVADA

O diretor financeiro do SINDETRAN-SE, Vando de Oliveira, recorda que em 2012 os servidores realizaram paralisação em cumprimento ao acordo firmado com o diretor do DETRAN-SE para que fossem pagos os tíquetes de alimentação, no entanto o acordo só foi cumprido pelos trabalhadores e a administração do órgão até hoje não paga os tíquetes.

“Apenas em 2011, quando realizamos uma greve de 10 dias, obtivemos um pequeno avanço: o pagamento de uma gratificação de R$ 230. Mas essa conquista não altera nosso salário e mantem o servidor refém da administração, que a qualquer momento pode cortar a gratificação. Por exemplo, todos os colegas presentes neste ato com certeza terão sua gratificação cortada. É um preço que a gente tem que pagar... Não podemos é ficar parados, senão não avançamos na luta”, explicou Vando.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores CUT/SE, Rubens Marques, o professor Dudu, que acompanha a movimentação política do SINDETRAN desde sua fundação, sugeriu que os trabalhadores lutem também pela democratização das relações internas dentro do órgão público.

“Não existe DETRAN deficitário. E por que o salário dos trabalhadores em Sergipe é tão baixo? Por isso é preciso lutar também pelo fim das indicações políticas, pela implantação de um Plano de Cargos e Salários para que o funcionário não fique à mercê de bajulação para ser promovido. Já imaginaram se a direção do DETRAN fosse ocupada por um funcionário de carreira? Com certeza as negociações seriam diferentes. E se os trabalhadores pudessem votar para eleger seu diretor?”, provocou.

Por: Iracema Corso

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