CNJ suspende licença-prêmio para magistrados do TJ de Sergipe
No final da tarde desta quarta-feira, 8, o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) deferiu liminar suspendendo a concessão de novas licenças-prêmio
a uma parcela dos magistrados do Tribunal de Justiça de Sergipe, bem
como suspender o pagamento de quaisquer indenizações com esse título.
A decisão foi do conselheiro Carlos Eduardo Oliveira Dias, que acatou
pedido de providências apresentado pelo deputado estadual Georgeo
Passos (PTC) e pelo servidor público
e suplente de vereador Hebert Pereira (Rede). A suspensão deverá
resultar uma economia de aproximadamente R$ 40 milhões aos cofres do TJ.
Georgeo Passos explica que o pedido foi embasado pelo fato da
concessão da licença-prêmio aos magistrados não estar incluída na Lei
Orgânica da Magistratura Nacional – Loman. Segundo ele, com esta decisão
o ordenamento jurídico voltará a ser respeitado.
“Os magistrados estavam fundamentando o pedido desse benefício através do Estatuto dos Servidores Públicos
Civis e o Estatuto do Magistério, quando o que rege a situação deles é a
Loman. Conseguimos apontar isso e conquistamos essa primeira vitória”,
comentou o deputado.
“É uma oportunidade de mostrar como são tratados os que lá trabalham.
De um lado, os magistrados. Do outro, os servidores. Enquanto uns tem
vários auxílios outros só vão receber de reajuste esse ano apenas 3%”,
completou.
Essa é a segunda vitória que o parlamentar consegue no CNJ
suspendendo um benefício concedido pelo TJ aos seus magistrados. O
primeiro, foi a suspensão do pagamento do auxílio-moradia.
“Isso é fruto de um trabalho de pesquisa e que trará uma economia
muito grande aos cofres públicos, demonstrando que com tranquilidade é
possível reverter alguns atos administrativos que não estejam dentro da
normalidade”, garantiu.
A decisão atinge ainda o Tribunal de Contas do Estado, uma vez que as
regras para os magistrados do Tribunal de Justiça também são válidas
para a Corte de Contas. “Não recebemos nenhuma informação de que algum
desembargador do TCE tenha requerido esse benefício. Mas, com essa
decisão, certamente estamos evitando essa possibilidade”, garantiu
Georgeo.