por Correio Braziliense, da redação
O carnaval bate à porta, os blocos já estão na rua. Para os concurseiros de plantão, entretanto, a folia tem obrigatoriamente que ser moderada. Para aqueles que têm provas marcadas entre 60 e 90 dias, as dicas dos especialistas são de uso contido de bebidas alcoólicas, vestir a fantasia por poucas horas diárias, tempo suficiente apenas para confraternizar com os amigos, e voltar rapidamente aos livros e às apostilas. Mais importante ainda é ficar de olho no calendário dos certames. Mesmo nesse período de diversão prolongada, estão disponíveis 25.591 vagas, em 60 concursos para todos os níveis de escolaridade, com salários entre R$ 1,9 mil e R$ 15,3 mil. Esta semana, as inscrições se encerram para 931 oportunidades, em 13 chances de entrar para o serviço público.
“Não existe folia para concurseiro. Quem almeja a estabilidade no emprego deve manter o foco nos estudos. Não é aconselhável viajar. Sou contra aquela total abstinência. Porém, um afastamento prolongado vai, com certeza, prejudicar na hora da prova”, destaca Alexandre Quintas, juiz e professor de direito penal da União Jurídica (Unijur) e do IMP Concursos. Com a chegada do ano letivo, os certames para as universidades federais estão em alta e, em muitas delas, as inscrições se encerram hoje.
Os interessados também devem ficar atentos à concorrência para a Polícia Civil do Distrito Federal. O órgão oferece vagas de delegado, médico-legista e papiloscopista, com remuneração mensal entre R$ 8,3 mil e R$ 15,3 mil e inscrições até 16 de março. Na seleção para o Ministério Público da União (MPU), os salários vão de R$ 5 mil a R$ 8,1 mil e o prazo para participação chega ao fim nesta quarta-feira (11). “Os alunos que pretendem entrar para essas instituições, com exames ainda distantes, até podem tirar três a quatro dias durante o carnaval, mas sem abandonar a disciplina”, pondera Quintas.
De acordo com o professor, os concurseiros devem aproveitar todas as possibilidades que surgirem e pesquisar muito, principalmente as mais apropriadas ao seu perfil. Ele lembrou que 2014 foi um ano crítico para o setor, porque o governo federal diminuiu a oferta de vagas. Em 2015, apesar do anúncio de autorização para 21,6 mil chances em seleções públicas, ele prevê nova retração, em consequência da redução de gastos do governo federal. “Por isso, é preciso ficar de olhos bem abertos e verificar os órgãos nos quais há carência de servidores.”
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