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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

PROINVEST: EDUARDO AMORIM DIZ QUE NÃO MUDOU POSICIONAMENTO. “ALGUÉM MUDOU”

 O pedido de empréstimo pretendido pelo governo do estado, no valor de R$ 727 milhões, através do Proinvest, que parecia ter tomado um novo rumo para que seja aprovado da Assembléia Legislativa, pode não ter o desfecho esperado pelo governador Marcelo Déda (PT), que recentemente pediu apoio do senador Eduardo Amorim (PSC) para retomar o diálogo com o grupo, o que acabou acontecendo.

Nesta terça-feira (29), Marcelo Déda não pediu a oportunidade de tentar sensibilizar o senador Eduardo Amorim a ajudá-lo a aprovar o empréstimo. Na presença da presidente Dilma Rousseff, que esteve ontem em Sergipe participando de inaugurações, Déda disse à presidente que “Amorim é o interlocutor para a solução do Proinvest”, conciliou Déda.

Na manhã desta quarta-feira (30), mais uma vez o senador Eduardo Amorim voltou ao assunto e segundo ele “o meu posicionamento não mudou. Alguém mudou mas eu continuo com a mesma opinião”, avisou o senador Cristão afirmando que no projeto enviado à AL, na página 14 e mensagem 42, o valor do empréstimo disponível para Sergipe é de “até R$ 567.301.548,17, (quinhentos e sessenta e sete milhões, trezentos e um mil, quinhentos e quarenta e oito reais e dezessete centavos), e não os R$ 727 milhões”, contou.

Durante a entrevista que concedeu ao jornalista Gilmar Carvalho no programa Jornal da Ilha, Eduardo Amorim disse que em nenhum momento se posicionou contra o empréstimo e que pela primeira vez o governador reconheceu que não dialogou e que não agiria como agiu em outros momentos. “Foi a primeira vez que fui convidado e ele reconheceu que faltou dialogo e disse que não agiria da mesma maneira”.

Segundo o senador, o problema na aprovação do empréstimo foi criado pelo governador que não abriu dialogo com a oposição. “Depois de tanta agressão sem necessidade, o palanque antecipado, foi a primeira vez que fui chamado para uma conversa. A nossa preocupação será em como será gasto o dinheiro público. Não podemos dar um cheque em branco, porque foi por isso que o nosso estado hoje deve isso até agosto de 2012, dois bilhões, quatrocentos e cinqüenta e oito milhões onze mil, novecentos e sessenta e dois reais e dezenove centavos”, contou Eduardo.

Eduardo Amorim durante a entrevista, por várias vezes reclamou sobre as agressões sofridas quando o projeto foi discutido no ano passado na AL, quando o responsabilizá-lo pela rejeição. “Nós não fazemos uma oposição mesquinha, fazendo oposição por fazer. A política não pode ser feita por gente mesquinha. Aqui ninguém faz oposição mesquinha. Mas mesmo assim houve muita agressão. A única preocupação é darmos um cheque em branco”, desabafou Amorim.

Em meio a entrevista, Eduardo Amorim convidou o governador para desmontar o palanque e o convidar para ir a Brasília em busca de recursos. “Vamos a Brasília. Governo desmonte o palanque e vamos a Brasília em busca de liberação de emendas para trazer recursos para o nosso estado como acontece em Pernambuco”, convidou o senador Cristão.

Para ele, já que o governador teve a iniciativa de reabrir o dialogo, então que o projeto enviado à Assembléia, seja vinculado as obras onde serão aplicados as verbas. Segundo Eduardo “se arrecada muito e se gasta mal o dinheiro público. Em quase duzentos anos de nosso estado nunca estivemos tão endividados. Por isso peço ao governador para desmontar o palanque e que possamos trazer recursos para o estado assim como faz o governo pernambucano”, convidou.

Eduardo Amorim também lembrou durante a entrevista de seu colega, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB). “Eu defendi esse governo no primeiro mandato porque acreditei no seu projeto, mas ai vimos que o que o governo dizia nas ruas era apenas teoria. O governo otimizou alguma coisa?, enxugou a máquina?. No primeiro governo nós tivemos alguns cargos e no segundo não tivemos nenhum. Por exemplo, o senador Valadares tem duas secretarias. O senador Valadares devia dar a sua parcela de colaboração e devolver os cargos. Dê exemplo devolvendo cargos. Fique por exemplo com cem ou duzentos cargos”, disse Eduardo Amorim.

Eduardo Amorim finalizou dizendo: “Sou aliado da presidente Dilma mas quem me guia são os meus princípios. Não tenho cargo no governo federal, mas não com a base de troca. Isso não quer dizer que eu vou dizer só amém”, avisou o senador afirmando que não participa de “jantares e wiskis nas festas em Brasilia”.

Munir Darrage

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