por NE Notícias, da redação
Repercutiu mal junto ao empresariado sergipano, especialmente os do segmento industrial, a noticia de um aumento de 4,6% nas contas de energia elétrica para bancar o déficit da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, o fundo de onde saem os recursos para pagamento de compromissos federais.
Para o presidente da FIES, Eduardo Prado, a medida é inconcebível já que o empresariado tem sido sistematicamente constrangido a pagar a conta alheia. “Foi assim com a reposição das perdas dos planos Collor e Verão que implicaram num aumento de 10% do FGTS, agora perpetuado, mesmo extinto o débito original, porque o Governo entendeu precisar de recursos para programas de cunho social”, disse.
Na opinião do empresário, com o aumento torna-se difícil à indústria, na qual o uso desse insumo é intensivo e de consequências diretas no custo da produção, alcançar um patamar concorrencial num mercado altamente competitivo e encharcado de produtos importados.
O reajuste foi proposto pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica – e será submetido a audiências públicas até o dia 16 de março, quando será votado pela diretoria da agência.
O aumento deverá cobrir despesas de R$17,9 bilhões previstas para a CDE que incluem R$ 3,2 bilhões de indenizações com empresas que renovaram suas concessões em 2012 e compensações pela redução de tarifas que somam R$ 3,8 bilhões.
Ao todo, a Aneel pretende tirar dos consumidores algo em torno de R$5,6 bilhões que se somarão aos R$ 9,0 bilhões que serão injetados pelo Tesouro.
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