O presidente do PT, José Eduardo Dutra, perdeu as últimas eleições que disputou em Sergipe, mas nas duas vezes saiu ganhando: na primeira, a presidência da Petrobrás e na segunda o comando da subsidiária BR Distribuidora.
Na eleição de 2010 foi mais prático e ajeitou-se como suplente de senador na chapa de Antônio Carlos Valadares, enquanto cuidava da campanha de Dilma Rousseff.
O plano óbvio era chegar ao Senado pelo meio mais fácil, amplamente difundido e atualmente responsável por pouco menos de um terço da Casa ser ocupado por gente que não recebeu um só voto.
Dutra, portanto, não é o único, não é o primeiro nem será o último a recorrer ao estratagema.
O que se inaugura agora é uma nova modalidade não só na forma de se conquistar uma cadeira no Senado, mas também de adoção de critério para preenchimento de cargos no ministério.
Conforme demonstrado diariamente, sabemos todos que não existe critério de mérito específico para a escolha de ministros. A mesma pessoa tanto pode ser cotada para a Saúde como para a Agricultura, pois o que importa é a força do padrinho.
Agora, em Brasília nunca se havia visto nada parecido com que acontece com o senador Antônio Carlos Valadares. É ministro nem que não queira para que o suplente possa ser senador. O que fará de Dutra o único senador indicado pela Presidência da República.
Já Valadares faz de conta que não sabia o que Dutra fazia em sua chapa e valoriza o passe: "A opinião pública pode interpretar isso como um arranjo para acomodar políticos", diz para justificar a recusa ao Ministério das Micro e Pequenas Empresas, ressalvando, porém, que se o convite for para uma pasta já estruturada tem conversa.
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Dora Kramer: Zé Eduardo perdeu, mas saiu ganhando, e Valadares valoriza passe
Postado por Genil Bezerra às 10:18
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