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Uma queda de 2,2 pontos na nota foi o resultado da avaliação dos professores da rede estadual para o governo Marcelo Déda. Em 2010 a nota foi 5,2, já em 2011 a nota caiu para 3,0.
A necessidade de paralisações, feijoada, greve, o pedido de ilegalidade da greve feito pelo governo, a insistência na implantação dos pacotes instrucionais, imposição do Índice Guia de Avaliação de Desempenho e não regulamentação da gestão democrática foram os fatores que contribuíram para a avaliação negativa. Esta foi a pior nota que o governo Marcelo Déda levou dos professores, o patamar mais baixo a que chegou foi 3,4 em 2007. Vale ressaltar que a coleta das notas encerrou-se no dia 09 de dezembro, praticamente uma semana antes que o governo do Estado aprovasse na assembleia legislativa a quebra na unicidade na carreira.
“A nota do governo do Estado reflete a insatisfação dos professores da rede estadual com a falta de política de valorização do magistério e da educação pública, com a imposição de avaliação de desempenho que desconsidera a realidade das escolas, dos alunos e dos educadores e também pela falta de vontade política de se implantar a gestão democrática. Todos esses fatores fizeram com que Marcelo Déda tivesse a nota mais baixa desde que se tornou governador de Sergipe”, afirmou a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.
Redes municipais
A luta dos professores das redes municipais também não foi muito diferente. O magistério de diversos municípios também se utilizou de várias estratégias de luta para conseguir algumas conquistas.
Mas também sofreu revezes através de gestores autoritários e descomprometidos com a valorização dos profissionais da educação. Eles foram representados no ato como os prefeitos e prefeitas “fora da lei do piso”. Exemplos disso são os prefeitos Ricardo Roriz, de Santana do São Francisco que atrasa os salários dos professores.
Em Santana do São Francisco os professores estão sem receber salário há 48 dias. E numa manobra para desestabilizar o movimento, o prefeito pagou nesta quarta somente os salários dos educadores membros da comissão de negociação. “Isso é uma manobra que não vamos aceitar. Estamos com salários atrasados porque o prefeito não respeita o magistério e não vai ser isso que vai arrefecer a nossa luta”, disse Geise Morais, da coordenação da sub-sede do Baixo São Francisco.
Luana Michele de Nossa Senhora da Glória; Ivan Leite, de Estância; Janete Barbosa de Salgado, Gilberto Maynart, de Maruim e Gilma Chagas, de Carira são exemplos de gestores que não têm a educação e a valorização dos profissionais do magistério como prioridade. Isso reflete na nota que cada município teve nos últimos anos.
O lúdico e a cultura popular
Em seus atos públicos o SINTESE sempre busca utilizar-se de elementos da cultural popular e também dar um caráter lúdico aos seus protestos com o objetivo de interagir com a população. No ato de 2011 aqueles que passaram pelo calçadão da João Pessoa puderam participar da brincadeira “Acerte o Papai Cruel e sua trupe”.
A apresentação do Coral e do Guerreiro do SINTESE trouxeram as faces do projeto cultural que o sindicato desenvolve e que conta com a participação de professores e professoras aposentados e também da ativa.
Escolas que queremos
Um vídeo mostrou a todos os presentes no ato a luta e resistência de alunos e professores de escolas públicas. Apresentando a todos que as escolas da rede pública produzem conhecimento, cultura e que na essência elas demonstram como o trabalho pedagógico é desenvolvido mesmo em condições precárias.
E isso ficou ainda mais latente com a apresentação do Grupo de Percussão Tambores da Resistência formando por alunos e alunos da Escola Estadual Gilson Amado em Estância que encerraram o ato.
Mobilização
A Prova Final foi o último ato de 2011, mas em 2012 a agenda de luta dos professores já tem mais dois atos públicos. Dia 05, a partir das 8h no Calçadão da João Pessoa e dia 20, em pleno Préc-Caju os educadores vão sair no bloco “Dos pisados por Déda e esmagados pelos deputados”.
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bwd
Set 1/11
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