Autor // Caroline Santos
O projeto de reajuste dos salários do magistério só será votado em agosto. Isso só aconteceu porque o deputado Venâncio Fonseca, que tinha pedido vistas ao projeto de lei na Comissão de Administração e Serviço Público na terça-feira (26), cumpriu o que estabelece o regimento da Assembleia Legislativa sobre a devolução do projeto para a comissão (que se encerraria na sexta-feira, 29)) como o semestre legislativo terminou nesta quinta-feira (28) a votação só ficará para a segunda metade do ano.
A decisão do deputado foi tomada após a solicitação da deputada Maria Mendonça para que houvesse uma maior discussão sobre a carreira do magistério. A ação dos dois deputados decorreru após várias conversas com membros da direção do SINTESE que, junto a vários professores da rede estadual, fazem vigília desde a última segunda-feira (25) durante as sessões da casa legislativa.
Durante o grande expediente e na explicação pessoal a deputada Ana Lúcia voltou a apresentar os problemas do magistério após a aprovação da lei complementar 213/2011 (que dividiu a carreira dos professores da rede estadual) e também os problemas na folha de pagamento da SEED.
Ela agradeceu também a ação dos deputados da oposição pelo posicionamento de criar a possibilidade regimental de adiar para o início de agosto a decisão da Casa sobre o reajuste do piso e a carreira do magistério, já que a parlamentar tem três emendas a serem apreciadas que visam restabelecer a carreira única para os professores do Estado.
“Neste sentido, estamos vendo a necessidade do Poder Executivo nos receber durante o mês de julho para discutir isso, porque senão, o projeto será votado em agosto da forma que está”, ressaltou a deputada.
Ana Lúcia revelou que durante o mês de julho realizará um estudo sobre a folha de pagamento da Educação e dados educacionais do Estado para apontar os problemas que têm gerado inchaço na folha e a falta de recursos para pagar os professores.
“Não dá para aceitar a desculpa do governo de que não tem dinheiro para pagar o piso a todos os professores, colocando apenas o volume das despesas e dos recursos, sem ir à essência da questão: nas áreas estratégicas como educação, saúde e segurança pública, ao longo da história, setores que têm uma visão privativa do Estado põem seus parentes, aderentes e cabos eleitorais nos espaços de governo com privilégios nesses setores. É isso que está acontecendo na Educação”, apontou.
A pressão exercida pelos educadores também fez com que uma comissão composta por 12 parlamentares (Capitão Samuel, Maria Mendonça, Pastor Antônio dos Santos, Zé Franco, Augusto Bezerra e Suzana Azevedo pela oposição; Ana Lúcia, Paulinho da Varzinhas, Jeferson Andrade, Garibaldi Mendonça, João Daniel e Conceição Vieira), pelo bloco governista) encabece, prioritariamente, um processo de negociação com o governo do Estado para o retorno da unicidade da carreira. “O mês de julho também será um período de luta intensa da categoria, pois a nossa carreira é única e lutamos pelo reajuste de 22,22% previsto em lei para todos os professores sem distinção”, disse a professora Ângela Maria de Melo, presidenta do SINTESE.
Até a próxima semana será organizado um novo calendário de colagem de adesivos tanto em Aracaju quanto no interior do Estado e também será marcada uma assembleia com a categoria para debater outros encaminhamentos de luta.
Com informações do site da deputada Ana Lúcia
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