Autor // Caroline Santos
Os professores da rede municipal de Itabaiana fizeram um ato exigindo o pagamento dos salários do mês de dezembro.
Atrasar o pagamento tem sido uma prática adotada pela Prefeitura Municipal de Itabaiana desde o ano passado. Todos os meses os educadores receberam salários com atraso. Esta situação traz prejuízos não só para as famílias dos professores, mas também para o comércio e os serviços da cidade.
O pagamento do 13º salário foi outra via crúcis. Primeiro a administração só pagou àqueles que têm conta no Banco do Brasil, dias depois foi a vez dos professores que têm conta no Banese. Só que a prefeitura se utilizou de um cálculo onde o mês de dezembro não foi considerado para a conta do 13º. Com isso os professores tiveram o décimo terceiro reduzido. Alguns chegaram a perder R$600.
A situação está pior para os aposentados, que são pagos com recursos próprios do município, eles não receberam o 13º e muito menos o salário de dezembro.
Recursos de sobra
A prefeitura alega falta de dinheiro para o pagamento das duas folhas no mês de dezembro (salários e 13º). Mas segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, em dezembro de 2009 o Fundeb de Itabaiana era de R$1.522.959,79. Em dezembro de 2010 este valor subiu para R$ 2.278.713,70, ou seja, a receita aumento mais de R$755 mil, quase 50% a mais.
A questão do pagamento de duas folhas no mesmo período poderia ser resolvido com uma solução simples utilizada pelo Estado e por outros municípios. Os educadores receberiam a maior parte do 13º no mês de aniversário, diluindo o gasto durante os 12 meses do ano, ou ainda economizar 1/12 avos da folha de pagamento para que no final do ano o recurso estivesse garantido.
O SINTESE lembra também que se faz necessária uma reorganização administrativa no quadro de docentes.
“Infelizmente passamos o ano de 2010 buscando garantir nossos direitos e tentando receber nossos salários em dia. A administração com essa prática inviabilizou a discussão por uma Educação de melhor qualidade em Itabaiana, pois nem nossos salários ela garantiu na forma da lei”, disse Rita de Cássia Santos, coordenadora geral da sub-sede Agreste do SINTESE.
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