Ano passado o governo federal lançou o Plano Nacional de Banda Larga, PNBL, visando democratizar o acesso à internet no Brasil. Para que o plano seja posto em prática, porém, é preciso que as operadoras abracem a ideia e reduzam preços cobrados tanto pela internet para o varejo (a que você tem em casa) quanto no atacado.
Dados indicam que, atualmente, 74% do território nacional tem internet fornecida por empresas de pequeno e médio porte (o atacado), que alugam a infraestrutura das grandes teles e, desta forma, colaboram para que brasileiros de localidades distantes dos grandes centros urbanos tenham acesso à rede mundial de computadores.
O problema é que para um link de 1 Mbps, as pequenas e médias empresas pagam o valor de R$ 688. Ou seja, redistribuir isto aos consumidores torna o serviço ainda mais caro – além de ser uma velocidade relativamente baixa para ser dividida entre vários usuários finais, o que tornaria mais barata a contratação do serviço.
Ano passado, a Casa Civil determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) fixasse o preço máximo deste aluguel em R$ 250. As concessionárias, porém, não estão de acordo com o valor e afirmam que o Governo não leva em conta os altos custos de manutenção destas linhas de transmissão.
A tréplica veio pela parte de Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, que solicitou às concessionárias a abertura da planilha de custos. Assim será possível avaliar o quanto se gasta, realmente, com tal manutenção. A única operadora que disponibiliza estes dados é a Oi, pois tal prática faz parte dos acordos feitos com o Conselho Administrativo de Defesa Econômia (Cade) quando da aprovação da compra da Brasil Telecom.
A outra “carta na manga” do Governo Federal é o uso da Telebrás como operadora de internet, o que proporcionaria conexões de qualidade em todo o país e por um preço bem mais acessível e justo para o consumidor final.
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