por Túlio Muniz*
Foi aprova do STF e se não fosse?
Muita coisa não fecha nos cálculos posteriores ao massacre da PM contra os professores ocorrido na Assembléia Legislativa do Ceará na última semana de outubro. Aos fervorosos defensores do “patrimônio público” cabe lembrar que não se registrou perda ou sumiço de nenhum bem material. E soa nonsense a nota da AL publicada em jornais locais, alegando necessidade de “defesa da integridade física” dos parlamentares, quando nenhum deles chegou a ficar em risco. Se algo gerou violência foi a antecipação dos dirigentes ao requerer proteção policial antes de ocorrer a “ameaça” real.
Quanto aos relatos jornalísticos, foram unilaterais na narrativa, a começar por desconsider que, na primeira fila de contato entre professores e policiais, a desvantagem física era evidente para os primeiros. Os Batalhões de Choque não são famosos pela diplomacia ou delicadeza. Faltaram, portanto, narrativas jornalísticas de um dos lados da trincheira, falha que as muitas imagens do evento trataram de corrigir. Mas faltou, sobretudo investigação sobre ações correlatas, como o grau de insatisfação de outras categorias do funcionalismo público, pois o que reivindicam os professores – manter um plano de carreiras decente e uniforme – também é um problema para os policiais. Terá havido, por exemplo casos de policiais que se recusaram a ir ao confronto naquele dia, em solidariedade às manifestações? Perguntas inquietantes não foram feitas aos comandos e tampouco aos políticos que endossaram a ação.
Também não se considera como “patrimônio público” o corpo oprimido de professoras e professores, o que remete a reconsiderar a questão dos Direitos Humanos. Terá razão Deleuze, em seu Abecedário?
Afirma ele: ” A respeito dos Direitos...
TEXTO COMPLETO NESTE ENDEREÇO:
http://debatendo-a-educacao.blogspot.com/2011/10/os-inimigos-da-escola.html
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