Autor // Caroline Santos
Foto: Cleverton Ribeiro
No final da manhã desta terça-feira, 04, os educadores da rede estadual ocuparam o prédio da Secretaria de Estado da Fazenda para buscar a abertura do diálogo com o governo com relação ao reajuste do piso salarial dos anos de 2012 e 2013.
Antes da ocupação, membros da direção do SINTESE foram recebidos pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado - TCE, Carlos Alberto Sobral de Souza. O sindicato protocolou solicitação ao TCE para que investigue as incongruências dos dados apresentados pela Secretaria de Estado da Educação e Secretaria de Estado da Fazenda com relação a folha de pagamento da Educação. O presidente disse que compreende que há problemas com esses dados e garantiu que vai agilizar o processo de investigação.
Audiência
No início da tarde a deputada Ana Lúcia buscou conversar com a equipe econômica e também com o governador Jackson Barreto para apresentar os dados da Educação e iniciar um processo de diálogo. No final da tarde o secretário interino da Fazenda, José Oliveira Jr. recebeu membros da direção do SINTESE e também a deputada Ana Lúcia.
A presidenta do SINTESE voltou a colocar a drástica situação dos educadores que estão há dois anos sem reajuste e que o sindicato tem tentado audiências com o governo pra buscar uma solução para o impasse. “Desde dezembro de 2012 que buscamos o diálogo com o governo para resolver a situação do reajuste dos professores, mas o governo só entende a linguagem da greve, o magistério não teve outra saída a não ser interromper, mais uma vez, os trabalhos”, disse a presidenta Angela Maria Melo.
Em sua fala, Oliveira Jr., voltou a repetir o discurso governamental da falta de recursos e de que o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal impedem a concessão de reajuste, mas também reconheceu que, com base no que o sindicato vem apresentando, há problemas de gestão que precisam ser solucionados.
Nesse intento, a deputada Ana Lúcia apresentou ao secretário o estudo que ela fez em 60 escolas mostrando que há uma grande distorção nas folhas de pagamento. “Só é possível chegar a uma solução se for feita uma auditoria minuciosa na folha de pagamento. É preciso verificar escola por escola e fazer as devidas correções só assim é possível saber como está sendo feita a gestão dos recursos da educação para pagamento de salários”, aponta Ana Lúcia.
O diretor de Comunicação do SINTESE, Joel Almeida, questionou o secretário se o governo poderia começar um processo de diálogo através de um grupo de estudo, com participação do sindicato e secretarias para tratar das questões econômicas e também de gestão.
Oliveira Jr. colocou-se a disposição em conversar com o governador em exercício Jackson Barreto. O SINTESE espera que até a quinta-feira (antes da assembleia da categoria) tenha uma resposta sobre a questão. “Fizemos essa proposta de grupo de estudo desde o início de 2012 e se o governo tivesse se disposto a viabiliza-la naquela época, não teríamos chegado a esse impasse”, apontou Joel Almeida.
Diante da ocupação, o secretário Oliveira Jr. disse também que já solicitou mandado judicial para reintegração de posse. Os professores continuam no prédio e aguardam a resposta do governo.
Assembleia
Está marcada uma assembleia da categoria às 9h na quinta-feira em local a ser definido
0 comentários:
Postar um comentário