PROFESSORES: AUMENTO É INCONSTITUCIONAL

 Durante o pequeno expediente da sessão desta terça-feira (07), da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), vice-líder da oposição na Casa, informou que a bancada se retirou da sala das comissões onde hoje está sendo apreciada a constitucionalidade do projeto de aumento dos professores enviado pelo Executivo. Ele disse que a reunião foi marcada para as 8 horas, mas às 10h não havia sido iniciada a reunião. “A oposição compareceu no horário e às 10h, em virtude de o governo não se entender, de os próprios deputados do governo estarem batendo cabeça, a oposição se retirou das salas da comissão e veio para a sessão plenária”, disse.

Ele disse que os deputados de oposição têm o compromisso de votar com o pensamento dos professores de não dividir a categoria. O deputado acrescentou que hoje, quando o projeto seria votado, percebeu-se que havia uma falha na tabela, pois foi retirada a questão que diferencia e a tabela de merecimento. “Tenho certeza, independente das posições ideológicas, que a deputada Ana Lúcia (PT) não vai votar, mas a oposição iria acompanhar o voto dos professores e nos retiramos das comissões pela falta de respeito, pois você não pode marcar uma reunião para 8h e às 10h não ter uma explicação lógica”, ressaltou.

Para Augusto Bezerra, hoje era dia para os assessores do governo e o secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas, estarem na Assembleia para discutir com a categoria e tentar mostrar por que que da tabela foi retirado o merecimento e por que o governo está dividindo a categoria. Ele disse que a questão de dar o aumento de 15,86% está gerando revolta nas outras categorias, porque na verdade aos professores não está sendo dado nada de aumento, a não ser o piso, que é lei. “Se lei é para ser cumprida, esse projeto é inconstitucional, porque é um projeto que divide em oito parcelas o pagamento. Quem faz isso é a Casas Bahia, quando vende batedeira, quando vende televisão”, frisou, ressaltando que a oposição vota contra o projeto enviado pelo governo.

Agencia Alese