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quinta-feira, 17 de março de 2011

Banese bate recorde de lucratividade no exercício 2010

No ano em que completa meio século, nada melhor que expor números extremamente robustos. Com crescimento líquido de 39,4% tendo como referência o ano base de 2010, o Banco do Estado de Sergipe (Banese) foi a instituição financeira com maior lucro relativo do sistema financeiro brasileiro, superando percentualmente, grandes bancos nacionais. Em setembro de 2010, o Banese chegou a marca histórica de R$ 1 bilhão aplicado na economia sergipana. O anúncio foi realizado nesta manhã, 16, com as presenças do governador Marcelo Déda, e do presidente da instituição, Saumíneo Nascimento, durante a coletiva de imprensa ocorrida no auditório do Banese da avenida Augusto Maynard.
Em Operações de Crédito, nas modalidades Rural, Imobiliário, Industrial e Comercial, o aumento alcançou a marca dos 48%, totalizando R$ 1,150 bilhão; o Crédito Comercial, que engloba Pessoa Física e Jurídica, atingiu a marca dos 49%, representando o montante de R$ 951 milhões; o Crédito de Desenvolvimento cresceu 43%, configurando R$ 199 milhões; os recursos Captados e Administrados subiu 10,2%, equivalendo a R$ 2,2 bi; o Patrimônio Líquido atingiu a casa de 19,3%, representando R$ 177,3 milhões. Já o Lucro Líquido fechou a marca de 39,4%, o que equivale a R$ 54,5 milhões.
Para o governador Marcelo Déda, não há discurso capaz de superar os dados explicitados durante a apresentação do balanço, evidenciando um banco saudável e competitivo para servir ao desenvolvimento econômico e social de Sergipe, diferentemente do encontrado na gestão passada.
“Examinem esses números e comparem com a situação que encontramos em 2006. Tomem conhecimento que em 2006, tínhamos uma visão de banco onde ele era sacrificado, tensionado a produzir resultados para aumentar a apropriação dos dividendos por parte do Governo. Na verdade, o Governo sufocava o crescimento do Banese, porque os resultados produzidos eram integralmente incorporados pelo acionista majoritário naquilo que lhe competia. Era ilegal? Não era. Mas não deixava nada para fortalecer o capital do banco, não se investia na sua capitalização, tornando-o vulnerável. Seu patrimônio líquido perdia força”, argumentou Déda.
Com a intenção de mudar o quadro em 2007, segundo declarações do chefe do executivo estadual, foi preciso realizar ajustes decorrentes do balanço de 2006, que custaram ao banco nada mais nada menos que R$ 30 milhões para preservá-lo e não abrir o balanço de 2006 em pleno ano de 2007. “O Banco, naquele momento difícil, teve a atuação do Governo do Estado junto à Secretaria do Tesouro Nacional e ao ministro da Fazenda em exercício. Se não fosse o pagamento do Fundo de Compensação das Variações Salariais, que o Banese era credor, nós não teríamos realizado os resultados de 2007. Aos 50 anos de existência, nós temos um novo Banese. O maior presente que o Banese tem a oferecer é a marca de R$ 1 bilhão investido na nossa economia”, disse.
Ainda segundo Déda, ao longo desses quatro anos de administração, o Governo do Estado não se ‘intrometeu’ uma única vez para orientar o Banese a emprestar ou a negar crédito a amigo ou inimigo. “O Governo respeita a autonomia do Banese, a intervenção do Governo é no seu funcionamento macro, das grandes diretrizes estratégicas de funcionamento do banco. Não interessa ao Estado ter um banco se ele não estiver a serviço do seu desenvolvimento”, esclareceu, reiterando que o banco cresceu seu patrimônio líquido porque o atual Governo mudou a forma como se relacionava. “Antigamente, todo o lucro que o Banese produzia era arrancado pelo Governo e apropriado pela administração do Estado. Hoje, o Governo busca seus lucros, mas deixa um pouquinho lá para capitalizar o banco e aumentar o seu patrimônio líquido”.

Ne Notícias

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