Em greve a 37 dias, os professores da rede municipal de Estância, tiveram duas noticias desagradáveis nesta quarta-feira (01). A greve que teve inicio no dia 26 de julho.
Os professores tentaram várias formas para abrir o canal de negociação com o prefeito Ivan Leite e começar a dialogar para superar os graves problemas vividos pela categoria, porem isso não foi possível.
Na manha de hoje, os professores ao receberem seus pagamentos, ficaram surpresos com os cortes nos salários, onde os descontos variaram entre R$ 200 e R$ 400,00. A secretaria de Educação do município efetuou o corte no pagamento dos salários de todos os professores que aderiram a greve.
Alem do corte no salário, os professores também tomaram conhecimento que a desembargadora Suzana Oliveira de Carvalho, considerou a greve abusiva e ilegal. Segundo informações passadas ao FAXAJU pela coordenadora da secretaria do Síntese, professora Markilina Santos , a decisão da desembargadora era esperada pelos professores. “Isso não foi novidade para nós. A gente já esperava por isso, portanto isso não foi surpresa para nós”, disse a professora.
Bastante irritada com o corte dos salários e com a decisão da desembargadora, Markilina desabafou dizendo que, “imaginem, se Ivan Leite não ouve o Ministério Público e nem o Bispo, a quem ele vai querer ouvir? Ivan acha que é a própria lei, pois, mesmo antes do Tribunal de Justiça julgar o pedido de ilegalidade da greve, ele já cortou os salários dos professores este mês”, disse Markilina Santos, da coordenação da sub-sede do Sul do SINTESE.
No final da tarde desta quarta, os professores voltaram a se reunir em assembléia e já decidiram uma nova greve para o inicio de 2011. A professora Markilina disse que os professores irão continuar na luta pelas suas reivindicações e prometem para o próximo dia 7, feriado nacional, realizar um grande protesto. Segundo ela, os professores estão desfilando vestidos de “palhaços e serpentes”, como forma de protesto.
Outra situação colocada pela professora, foi quanto a reposição das aulas. A coordenadora disse que as aulas não serão repostas, já que os professores tiveram os pontos cortados. “Já que o prefeito cortou os salários nosso, então não temos compromisso de repor essas aulas. Isso nos desobriga de repor as aulas perdidas”, explicou ela.
Munir Darrage
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