DÉDA APERTA CINTO DE R$ 100 MILHÕES NO CUSTEIO PARA CONCEDER REAJUSTE DE 5,26%
O governador Marcelo Déda (PT) disse, na tarde desta segunda-feira (24), em entrevista, que o impacto na folha de pagamento dos servidores públicos do Estado, com o aumento linear de 5,26%, será aproximadamente de R$ 460,3 milhões, o equivalente a 18,6%.
Marcelo Déda anunciou os percentuais de ajuste dos servidores no twitter, um dos mais movimentados sites de relacionamento, mas só à tarde é que deu explicações a jornalistas sobre todas as análises feitas para chegar a esse número.
Para mostrar o peso do aumento de 5,26% aos servidores, o governador Marcelo Déda disse que ele equivale a praticamente todo o investimento em infra-estrutura, que é da ordem de R$ 500 milhões.
Custeio – Segundo Marcelo Déda, o reajuste dos servidores nos percentuais de 5,26% foi possível em razão de uma determinação que passou para o secretário da Fazenda, João Andrade: “Reduzir o custeio na ordem de até 100 milhões de reais”, o que é mais um aperto no cinto nos gastos do Governo.
Além disso, como revelou o governador Marcelo Déda, Sergipe está muito próximo de atingir o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 46,55%. O Estado já chegou a 45,91%, menos de um ponto para atingi-lo.
Marcelo Déda revelou que o Fundo de Participação dos Estados (FPE) teve uma queda real de 3% entre os meses de janeiro a abril. O governador excluiu do reajuste, o Magistério, a Policia Civil, escrivãs, agentes e agentes auxiliares e Defensores Públicos, devido acordos salariais já firmados ou em exercícios.
Déda ressaltou que nos quatro anos de seu governo, o índice de reajuste salarial cresceu 89,6%, enquanto que a inflação no mesmo período foi da ordem de 22%, ou seja, de 2006 a 2010, a folha de pagamento saiu de R$ 1,546 bilhão, para 2,933 bilhões.
O projeto de reajuste dos servidores com vencimento a partir de primeiro de maio, deve ser encaminhado ainda está semana para a Assembléia Legislativa. Déda revelou que tem a intenção de trazer a data base para o mês de janeiro, já que o salário mínimo tem vigência nesse mês.
Com relação à mesa de negociação, o governador disse que não foi extinta e lembrou que alguns sindicatos pediram sua extinção, mas hoje esses mesmos sindicatos estão solicitando que ela seja mantida, mas que sempre esteve aberta às discussões.
Sobre os cargos em comissão, Déda disse que no inicio do seu governo fez uma redução de cerca de 20% em contingenciamento, e que, ao longo do seu governo não foram criados mais que 50 cargos: “Este é o governo que menos criou cargos”, disse.
0 comentários:
Postar um comentário