por Marcos Aurélio, tesoureiro do PPS
Governo está colhendo o que plantou!
* Marcos Aurélio
Governou com adversários, desprezando aliados. Esse é o resultado: derrotas!
Quando os sergipanos, em 2006, foram às ruas do Estado comemorar a vitória do Povo, sim, poucas eram as lideranças políticas que abraçaram o “menino” naquela campanha eleitoral marcante e histórica. Após a festa da Vitória, algo que se repete em todas as eleições, os perdedores arrumam, ou tentam arrumar as gavetas e os vencedores passam a administrar uma infinidade de pedidos de CC´s, de Espaços e outras vantagens atraentes do Estado. E com Marcelo Déda isso não foi diferente. Onde ele ia, estava lá uma procissão de figuras, figurinhas, e figurões a lhe bajular, se posicionando em lugares por onde ele passaria para lhe acenar e dizer, “olhando nos seus olhos”, Governador, eu estou aqui viu!
Com o passar dos primeiros meses de 2007, aqueles que foram às ruas sonhando em construir um novo Estado, começou a perceber que o Novo, estava vestido de “velho”. O Vermelho da campanha, deu lugar ao Verde do Adversário. Tem até o ato histórico de uma Diretora de Escola que reassumiu o Cargo, vestida de Verde, afrontando os que foram às ruas pedir votos para Déda. Ela havia feito campanha para o Adversário João Alves.
Final de 2008, Nilson Lima é retirado da Sefaz, por querer ser Deputado Federal. Que mau faria Nilson numa Câmara Federal, o que Sergipe perderia com esse sergipano honesto, ético e competente no Congresso Nacional? Saiu, mas deixou em Caixa R$ 1 bilhão.
Chegamos a 2010. Pra derrotar o Verde, agora vestido de Azul, Déda, minado por dentro, já que muitos assessores, ou eram aliados de João, ou eram semi-deuses, sem cheiro de povo. Ganhou a eleição, mas pra isso teve que vender a alma aos Amorins (já escrevi sobre isso). O segundo governo, uma colcha de retalhos mal amanhada, sem liga forte, não poderia ter durado muito tempo. Não durou! O racha foi oficializado em fevereiro de 2012, na eleição da Mesa Diretora. Primeira Derrota imposta pelos Amorins, num ato Político. As eleições municipais foram outra demonstração de força dos Amorins. Só vacilaram em Aracaju. Atuaram como coadjuvantes, ou quase figurantes, apenas para compor, sem direito a falas.
No interior do Estado, nas principais cidades, o que vimos foi um massacre. Itabaiana, Capela, Simão Dias (a casa do Governador e do Senador Valadares), Umbaúba, derrotando o próprio PT. Os Amorins deram o show de habilidade política. Alguns questionam os modos, falam pelos cantos, mas ninguém, ou quase ninguém faz o enfrentamento público com o Grupo dos “Amoras”.
Agora, a eleição do TCE-SE. Dois candidatos, Suzana Azevedo e Belivaldo Chagas. Ficou claro que a Casa Legislativa não escolheu o melhor entre ambos. Os dois possuem qualidades para o Cargo. A disputa, mais uma vez, foi entre Déda x Amorim e Déda, perdeu de novo e perderá todas as próximas disputas políticas que entrar! Por que? Simples, Déda aplicou, em demasia, a regra ensinada pelo Príncipe Maquiavel, que ensina não valorizar tanto os amigos, pois esses já estão ao seu lado e atrair os inimigos, valorizando-os.
Isso tudo sem contar que após seis anos no Comando do Governo Estadual, ninguém consegue identificar, dentro dos Assessores do Governo, uma só alma devidamente autorizada e capacitada para ARTICULAR as questões de interesse do Governo. Do outro lado, dos Amorins, enquanto o Senador desenvolve as Ações administrativas, junto ao governo Federal, de quem são aliados, o irmão, Edivan Amorim é o próprio ARTICULADOR. Sem contar que aqueles que lhes cercam, têm acesso fácil, rápido e confiável para construir suas bases.
E por fim, os Governistas não sabem o que querem! Os Amorins já traçaram seu objetivo (Governador) desde 2006, quando Eduardo foi eleito Deputado Federal. Como já disse ao próprio Eduardo, o seu projeto parece um Boeing em pleno voo, todo revisado, tripulação satisfeita, suprimentos garantidos, há 800km/h. Do lado do Governo, ainda não definiram sequer, o nome do candidato. O avião, está no solo, precisando de peças importantes, mas não tem dinheiro pra compra-las. Combustíveis? O crédito acabou no Posto! Até mesmo a tripulação, com exceção de poucos, estão dispostos a entrar na aeronave.
Não sabem eles que 2014 já é logo ali!
* Marcos Aurélio
Consultor de Administração, Marketing e Comunicação Social
Tesoureiro do PPS – Sergipe.
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