A coordenação da Sub-sede Centro-Sul do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese) protocolou ofício na Promotoria de Justiça da Comarca de Tobias Barreto denunciando diversos problemas estruturais constatados em escolas da rede de ensino do município, a exemplo das unidades José Cassimiro dos Santos, localizada no povoado Pilões, e Maria Nilza Rogério dos Santos, localizada no povoado Pedra de Amolar.
O ofício também foi direcionado ao prefeito do município, Dilson de Agripino, ao presidente da Câmara de Vereadores, João Olegário de Matos Neto, e ao secretário municipal de Educação de Tobias Barreto, Ivan Carlos de Macedo.
Na denúncia protocolada pelo Sintese foram anexadas fotos comprovando os problemas estruturais nas escolas, que colocam em risco os alunos que as frequentam diariamente.
Problemas graves
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) José Cassimiro dos Santos a caixa d’água de 1000 litros está com sua estrutura de apoio comprometida, podendo a qualquer momento desabar sobre os alunos. Nessa mesma escola, a existência de uma obra inacabada, na cozinha, possibilita o livre trânsito de insetos e roedores no local de preparo e armazenamento de comida para os estudantes.
Na Emef Maria Nilza Rogério dos Santos, a fossa que coleta o esgoto da escola está completamente cheia, provocando refluxo de fezes e causando um mau cheiro no estabelecimento de ensino. Além disso, uma reforma realizada pela administração anexou uma casa ao prédio da escola, porém, em vez de sala de aula descente, criaram-se labirintos estreitos que causam incômodo a estudantes e professores pelo calor e pelo barulho também de parte do telhado ameaça cair.
A situação mais greve é encontrada na Emef João dos Santos Araújo, localizada no povoado Curtume, onde uma das paredes apresenta graves rachaduras e o piso está cedendo.
Paredes da Emef João dos Santos Araújo apresentam rachaduras
“É como se a parede da escola estivesse afundando pouco a pouco e as vigas de sustentação já apresentam sinais evidentes de comprometimento, levando risco iminente aos alunos e trabalhadores daquela escola”, denuncia Estéfane Lindeberg Santos, coordenador geral da Sub-Sede Centro-Sul do sindicato, que assina o ofício.
“Vamos esperar que, diante do que foi exposto, a promotoria proceda com as medidas cabíveis no sentido de garantir um ambiente sadio para todos os alunos e trabalhadores das escolas informadas”, destaca o coordenador.
Ferindo o ECA
Para a presidenta do Sintese, Angela Melo, as condições das escolas apontadas na denúncia põem em risco a vida das crianças e adolescentes que nelas estudam, o que fere frontalmente o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“São condições que atentam contra a vida desses alunos, o que é muito grave e vai de encontro ao próprio ECA, que coloca a criança e o adolescente como prioridades absolutas, o que exige dos órgãos de governo todo o zelo pela segurança delas”, disse a presidenta, acrescentando que o sindicato vai enviar também ofício ao Corpo de Bombeiros Militares de Sergipe, solicitando que se faça vistoria nessas escolas e aponte se elas podem ou não continuar funcionando.
“A segurança dos alunos e dos trabalhadores nessas escolas vêm em primeiro lugar. Se o município não tem como garantir isso e o Corpo de Bombeiro atestar essa incapacidade da gestão municipal, que se fechem as escolas e os alunos sejam remanejados até que suas estruturas sejam recuperadas”, defende Angela Melo.
Fonte: Ascom Sintese
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