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terça-feira, 26 de junho de 2012

O dinheiro que falta para pagamento do piso dos professores sobra para bancar a corrupção no Brasil

por Prof. Msc. JOÃO PAULO MENDONÇA LIMA
A profissão docente esta entre as principais pautas de discussão nas pesquisas educacionais. Problemas relacionados à defasagem de aprendizagem, infra-estrutura das escolas, uso de metodologias adequadas, interesse dos alunos, compromisso com a profissão, são especialmente discutidas nos congressos e eventos da área de ensino em todo o país.
Um aspecto que merece atenção atualmente é a contradição entre a falsa valorização do professor pelos gestores e administradores municipais e estaduais evidenciada pelas propagandas de estímulo ao ingresso na carreira docente e a prática corriqueira das gestões de afirmar que não há condições para pagamento do reajuste do Piso Nacional dos Professores.
Sinto-me profundamente magoado quando vejo os governantes tentando jogar a população contra os professores, afirmando que os únicos prejudicados pela greve são os alunos, vale ressaltar que setores da mídia também contribuem para construção desta concepção errônea.
O aluno é prejudicado, não restam dúvidas, porém não é só por conta da greve. Seria interessante, que as mesmas pessoas que demonstram preocupação com a falta de aulas no momento da greve. Buscasse no dia a dia perceber como vem ocorrendo o trabalho do professor, da gestão escolar e o próprio interesse do aluno.
Durante os últimos cinco anos enquanto professor da Educação Básica e através de uma passagem como professor do Ensino Superior pude refletir e perceber que a melhoria da qualidade da educação, passa por várias situações, como: comprometimento dos governantes e melhor remuneração para os profissionais da educação; adequação do plano de carreira do professor, tendo em vista maior necessidade do professor vivenciar a escola em período de tempo maior; aproximação da família e escola e o próprio comprometimento do professor em produzir um ensino de melhor qualidade.
Observo que existe a necessidade de condições dignas de trabalho e valorização real dos professores. A mídia, a sociedade, e os gestores devem cobrar melhores resultados no dia a dia do trabalho docente e não fazer críticas inspiradas em ideias do senso comum somente no momento em que o professor manifesta sua insatisfação e o desejo de uma maior valorização dos nossos gestores.
Informo que não é só o aluno que perde durante as greves. Como vocês acreditam que fica a imagem do professor diante desses movimentos? O governo usa o seu poder para colocar em cheque a legitimidade das greves e para colocar a sociedade contra os professores, alguns pais ao invés de apoiar o movimento denigrem a imagem deste importante profissional e alguns setores da mídia colaboram para reforçar a propaganda falsa dos governantes.
Uma situação que não consigo compreender é que o governo Federal garante auxílio aos municípios e estados que não tem recursos para realizar o pagamento do Piso Nacional dos Professores, porém deve ficar comprovado que este realmente não tem condições de realizar o pagamento.
É interessante verificar que sobra dinheiro para pintar cidades com as cores dos partidos e das campanhas políticas de alguns donos de cidade e estados brasileiros, sobre dinheiro para festas milionárias, para alugar casas de amigos, para encher as prefeituras de cargos de comissão, para financiar as campanhas políticas, mas não sobra para valorizar a profissão que forma toda a sociedade (OS REFLEXOS DESSA SITUAÇÃO TODOS SABEM QUAL É!!!).
Diante de tanta denúncia de corrupção que observamos atualmente, da elevada carga tributária de impostos que pagamos, seria interessante refletir se é realmente por falta de recursos que nossos gestores não pagam o Piso Nacional dos Professores? Ou se o pagamento não ocorre pela má aplicação dos recursos? Pela utilização indevida do dinheiro da educação? Ou simplesmente pela forma irresponsável de acreditar que os municípios e estados possuem donos que usam e abusam dos recursos pagos pelos contribuintes?

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