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VIVA A VIDA!!!!!!!!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Leia o que escreve o senador Eduardo Amorim sobre o Hospital do Câncer

Não importa a paternidade, o que importa é a adoção
Senador Eduardo Amorim

A polêmica sobre a ‘paternidade’ da ideia para a construção do Hospital do Câncer de Sergipe – HC – me motivou a opinar e expor claramente minha participação nesse caso. Sou servidor licenciado da Oncologia de Sergipe, com muito orgulho. Desde o início dos anos 2000 faço parte dessa área da saúde de nosso Estado. E a verdade é que agora temos a primeira emenda de bancada para o HC e ela foi, sim, de nossa autoria.
Emendas coletivas existem há décadas, mas a nossa foi a primeira nesse sentido. Desde o início do mandato de deputado federal tentei alocar esses recursos. Mas a experiência foi fator determinante para que alcançasse o intento em 2010, quando busquei a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. Muitos gabinetes percorri em busca de apoio. Mas disso extraio apenas uma coisa: estive cumprindo o papel que me foi confiado pelo povo, algo que sigo fazendo, agora como senador.
Sugiro, então, alguns caminhos para os que insistem, a qualquer custo, em achar um ‘pai’ para a ideia. Entreguemos a ‘criança’ aos cuidados dos ‘pais’ Osvaldo Leite, Régis Meira, Carlos Alberto Barreto de Mendonça, Antônio Carlos de Freitas Moura, Márcio Botelho, Roberto Gurgel, Edvan Fonseca, Carlos Anselmo e Libânia Santos Silva de Oliveira, dentre outros.
Todos sob a supervisão do ‘avô’ Geraldo Bezerra, que é quem melhor conhece essa história. Esses são nomes de alguns dos profissionais da Medicina que, no início dos anos 1980, labutavam no Hospital de Cirurgia, único autorizado à época para o tratamento oncológico em Sergipe. E esse grupo encaminhou, no final daquela década, um documento ao então governador Antônio Carlos Valadares pedindo a construção do HC.
E o exame de DNA também pode ser feito com todos os secretários de Saúde desde então, onde me incluo, com uma deferência especial minha para Ivan Paixão e Marta Barreto. O primeiro criou a Oncologia do Huse, que aí está. A segunda me nomeou coordenador dessa área, o que reforçou a nossa luta por um setor oncológico forte e cada vez mais eficiente. Será que nenhum governo sonhou em realizar tão importante obra? Claro que todos se esforçaram, mas esbarraram em um problema até então intransponível: como financiar o hospital.
A previsão do orçamento da Saúde para 2011 está em torno de R$ 75 bilhões e não pode, pela Constituição, sofrer cortes. E R$ 20 milhões, valor da emenda proposta, nesse montante, é uma gota. Mas R$ 20 milhões, como parte do total da obra, para nós representa um oceano.
E com a sensibilidade da presidenta Dilma Roussef e do governador Marcelo Deda, sabedores da importância da precocidade na detecção do problema e da continuidade no tratamento de forma qualificada e específica, vamos ajudar a inundar com mais saúde e dignidade a vida de sergipanos, baianos e alagoanos, que cruzam as nossas fronteiras em busca de atendimento. Afinal, os últimos levantamentos indicam mais de 4 mil novos casos de câncer somente entre os sergipanos a cada ano.
A tal ‘paternidade’ defendida por aí, portanto, pode ser ampla. Mas de quê isso importa? Quando iniciamos o abaixo assinado em favor do hospital, em momento algum vislumbrei ser dono dele. O que vale é recolhermos dezenas de milhares de assinaturas dos cidadãos para sensibilizarmos as autoridades e, em especial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantindo à emenda o reforço do povo.
Um pleito apresentado pela bancada, em bloco, tem força. Mas se ele for fundamentado pelo clamor popular, essa força cresce exponencialmente. E essa é a hora, sendo que caberá ao governador Marcelo Déda ser o grande adotante dessa obra.
Mobilizar a sociedade será decisivo na hora da liberação dos recursos, que tem que ocorrer esse ano, já que a emenda tem a validade justamente de um ano. E o tempo urge! Mas se alguém, em sã consciência, vê mesmo alguma importância em encontrar o ‘pai’ da ideia, deixo outra humilde sugestão: sejamos generosos oferecendo logo a família completa.  Que o ‘pai’ seja o sofrimento dos doentes. E a ‘mãe’ seja a necessidade de todos. No mais, juntemos forças e façamos do HC de Sergipe uma realidade.
Eduardo Amorim – Senador da República

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