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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mais de 700 alunos podem ficar sem aula no Bugio

Escrito por Caroline Santos

A decisão da Secretaria de Estado da Educação - SEED em fechar 18 turmas da 5ª a 8ª séries na Escola Estadual Francisco Rosa, localizada no conjunto Bugio, pode deixar cerca de 700 alunos sem possibilidade de matricula no bairro a partir do próximo ano.

A medida faz parte de mais um reordenamento da rede promovido pela SEED que pretende transformar a escola em uma unidade voltada somente para o Ensino Médio de forma integral. Professores da unidade de ensino já foram avisados por membros da equipe diretiva da nova organização da escola a partir de 2011.

Essa nova organização da escola não prejudica somente a comunidade que vai perder quase 700 vagas de matrícula da 5ª a 8ª séries, mas também os professores, pois para continuar ensinando na unidade escolar os professores devem seguir vários critérios. Quem não se enquadrar será removido sumariamente, ou seja, não importando a realidade do professor e o projeto que ele desenvolve na escola.

Desrespeito a Constituição

O SINTESE repudia a ação de reordenamento não só pelo aspecto de fechamento das turmas numa comunidade com alta densidade populacional como é a o Conjunto Bugio e adjacências, mas também a forma como está sendo tratado a lotação do professor.

“A secretaria de Educação desrespeita a legislação, pois já existem leis que regulam o processo de remoção do professor. A legislação deve ser cumprida à risca e não de acordo com as vontades do gestão de plantão”, disse Roberto Silva dos Santos, diretor do Departamento de Base Estadual do SINTESE.

Prejuízo

Com mais esse golpe no número de matrículas na rede estadual o futuro próximo é complexo para as receitas do Estado. Com a atual configuração do financiamento da Educação o montante de recursos repassados para a pasta depende exclusivamente do número de alunos matriculados. Ao “dispensar” alunos para outras redes (municipal e privada) a Educação do Estado de Sergipe está perdendo recursos.

De acordo com estudos feitos pelo sindicato, baseado em dados fornecidos pela Secretaria de Estado da Fazenda, a Educação perde algo em torno de R$25 milhões mensais devido a queda da matrícula, em 10 anos a rede estadual perdeu 100 mil alunos.

“A política de reordenamento é prejudicial ao Estado, os resultados estão aí do fechamento de turmas que aconteceu nos governos Albano Franco, João Alves e que agora estão sendo repetidos no governo Déda. Se continuar assim chegará um tempo em que não haverá receita para custear a Educação”, explicou Roberto.

Diante da gravidade da situação, membros da direção do SINTESE se reúnem com os professores do Francisco Rosa na próxima terça, dia 09, às 9h30.

SINTESE

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