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VIVA A VIDA!!!!!!!!

domingo, 17 de abril de 2011

Entrevista: Maria Isabel Nabuco D’Ávila

Assim como Dilma Rousseff quebrou paradigmas, ela é a primeira mulher a assumir a Presidência do Tribunal de Contas de Sergipe: Maria Isabel Nabuco d’Ávila
MPA  – Uma mulher que ocupa hoje o cargo que Dilma Rousseff, que a senhora e algumas outras mulheres ocupam… Deve ser muito difícil administrar a família. Como a senhora faz?
Maria Isabel N. d’Ávila - A gente tem de saber administrar o tempo para o trabalho e a família. Eu mesmo já vou mudar porque estava com o pé no acelerador, chegando aqui no Tribunal às 7hs e saindo mais de 21hs. Não vou poder ficar assim, senão vou terminar pegando uma estafa, um stress muito grande e não vale à pena, e já tive um alerta no fim de semana, fiquei meio cansada e com os pés um pouco inchados, e nunca tive isto. Faço exercícios físico diariamente e ultimamente não tenho feito, quero voltar a fazer, marquei para começar hoje e não vai dar, irei começar na quarta. Então a saúde da gente está em 1º plano. A gente se organizando da pra fazer tudo e a família eu concilio, o marido é aposentado, me cobra um pouco, pergunta se vou almoçar, coisa de homem mesmo… E respondo, já to indo. Quero administrar este tempo melhor, almoçar em 1h e depois retornar, não tenho tempo de me sentar e isto não é possível, mesmo numa gestão curta como a minha, mas mesmo assim tenho de administrar melhor o tempo.
MPA – A senhora se sente totalmente realizada?
Maria Isabel N. d’Ávila - Muito, eu gosto de trabalhar, o problema é que gosto muito… Um dia desses eu disse que se eu pudesse eu nem dormia. Eu ficava direto aqui, mas isso é uma loucura, não é? Não pode ser normal. É bom trabalhar quando gostamos. Eu ocupei o cargo de Secretária de Administração por mais de 5 anos, mas era diferente daqui, lá só eu mandava, aqui é o colegiado, eu quero fazer um projeto, mas se o colegiado não aprovar será decepcionante pra gente. É difícil quando tem resistência, porque além do tempo ser curto eles já podem estar fazendo a contagem regressiva, e eu mais ainda, mas o pouco tempo que eu tenho é o suficiente para realizar o que eu desejo e pretendo. Isso eu garanto. (Ela daqui a 11 meses se aposenta, fará 70 anos)
MPA – A senhora acha que o fato de ser uma mulher dificulta?
Maria Isabel N. d’Ávila – Não, é porque é o colegiado. Tem a parte política, eu não sou política, eu sou a técnica e isso dificulta mais, né? E tem problema de estrutura também, fui Secretária de Administração. Era técnica e atendia a oposição também e aqui fui indicada por unanimidade, mas é que eu penso de uma maneira e o outro pensa de outra. Cada um tem um pensamento, pude ver quanto me apoiaram no primeiro projeto que apresentei no plenário. A criação da resolução que institui a Ouvidoria-Geral do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a novidade dará maior transparência às ações da Corte de Contas, além de aproximar ainda mais o órgão da sociedade.  Tem ainda a Nova Lei Orgânica do TCE e por ai vai… A gente tem de administrar, saber o que quer e por em prática.
MPA – A senhora gostaria de deixar alguma consideração para nossas leitoras que vê o seu sucesso como algo bonito e que as incentiva?
Maria Isabel N. d’Ávila – Digo para todas as mulheres que elas lutem sempre pelos seus direitos. Quando os direitos são conquistados, o restante vem junto.                         
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