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VIVA A VIDA!!!!!!!!

domingo, 27 de dezembro de 2009

DESEMPENHO DOS PARLAMENTARES EM 2009

 Diógenes Brayner

Depois de sete anos sem fazer uma avaliação do trabalho anual dos parlamentares eleitos para representar o povo e os seus desejos, Plenário retorna a esse trabalho cuidadoso de medir – digamos assim – a atuação de cada um deputado, dando-lhe uma nota levando em consideração o seu desempenho nos bastidores, nos gabinetes e no plenário. Muita coisa foi levada em consideração, para se chegar à conclusão da classificação. A ação social, a atenção ao leitor, a participação nas reivindicações, a luta por causas populares, sindicais e, principalmente dos trabalhadores.

Também foi observada a fidelidade ao partido e ao projeto que cada qual defende e/ou diz defender. O relacionamento entre colegas e a atuação diante da região que o elegeu. A presença na Tribunal também foi item importante para essa avaliação que contou com a participação de pessoas que vive o dia a dia do movimento do legislativo. Jornalistas, assessores, pessoas que diariamente acompanham as sessões plenárias, seja in loco ou pela TV. Eu mesmo acompanhei 80% das sessões e acho que o trabalho feito para medir o desempenho de cada deputado ocorreu dentro do olha isento, que pode servir para ajudar na atuação neste próximo ano, que é eleitoral e terá a comunidade de olho em cada um dos seus representantes.

As notas não partiram apenas da ótica do colunista. Mas de um média adquirida através da avaliação feita por essas pessoas que ficaram sempre próximas da atuação parlamentar, com a exigência de absoluta isenção, sem tendência político partidária e tentando fazer justiça a quem se saiu bem e àqueles que não foram bem durante o ano. Não é um julgamento – quem somos nós – é apenas uma ousadia de quem imagina estar fazendo justiça com todos. Sem proteção, sem qualquer tipo de amizade ou inimizade que influenciassem nos resultados.

De qual forma, Plenário imagina está fazendo o melhor para a sociedade e para os próprios parlamentares, sem querer ter a soberba do julgamento. Lógico que agrada quem tirou melhor nota e desagrada a quem não se saiu tão bem. Mas todos que participaram do trabalho têm a consciência tranquila de que fizeram o mais próximo da correção.

Augusto Bezerra (DEM)

Na condição de vice-líder da oposição na Assembléia legislativa, o deputado Augusto Bezerra teve um desempenho muito bom. Inquieto e questionador, deu um trabalho enorme, a ponto de desequilibrar os níveis de pressão arterial do líder do Governo, deputado Francisco Gualberto (PT). Com um estilo contundente, é claro, sem relembrar os tempos idos em que fora Governo, deitou e rolou em acusações pesadas, algumas inclusive com provas contra possíveis deslizes, do que ele, em diversas oportunidades. denominou de apatia de um Governo sem atitude. Criticou veementemente a ausência de obras do PAC em Sergipe, o número de mortes de bebês na antiga maternidade Hildete Falcão Batista, a criação da fundação de Saúde, os cargos na Casa civil para políticos sem mandato, enfim, tem feito o seu trabalho parlamentar carregando um rosário recheado de críticas contra o Governo Marcelo Deda. Inaugurando esse novo perfil (oposição), que, segundo as más línguas, não era o seu desejo. Tem se credenciado junto às lideranças da capital e do interior avessas ao PT. Nota 8,5.

Antônio dos Santos (PSC)

Ganhou a cadeira de titular com a eleição do deputado César Mandarino (PSC) para Prefeitua Municipal de Itaporanga D’Ajuda, a partir de janeiro de 2009. Sua participação nos embates em plenário é tímida. Nota 5,5.

Ana Lúcia (PT)

Embora tenha sido eleita com a força dos sindicatos, em especial o Sintese, a professora-deputada preferiu deixá-los órfãos na Assembléia Legislativa para assumir, durante dois anos e meio, a Secretaria de Estado da Inclusão Social. Neste período, a gestão democrática foi esquecida, assim como outros pontos que os professores acreditavam que contariam com a força e presença da ilustre colega. O Sintase (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde) também esperava contar com Ana Lúcia na votação extraordinária, mas, a deputada preferiu ficar ausente. Não só este ano, mas, praticamente neste mandato, pouco se tem a creditar como desempenho proveitoso. A sua ausência na tribuna da Assembléia Legislativa foi ruim para o seu currículo parlamentar, pior para os objetivos dos colegas professores e trabalhadores em geral. Nota 6,0.

Antônio Passos

Manteve o seu estilo discreto. Nunca foi homem de discussões e enfrentamentos em plenário. Poucas vezes levantou sua voz de forma mais dura (exceto em mandato com o arquiinimigo Bosco Costa), sendo situação ou oposição. Em algumas oportunidades reclamou do que denominou, de descaso com a saúde em Ribeirópolis (sua terra), em virtude do fechamento de um hospital na cidade. Tem um comportamento retilíneo, e, como ex-presidente do Poder, goza do respeito dos colegas. Nas vezes que usou a tribuna, o fez com objetividade. É homem fiel e leal ao seu grupo político. Nota 6,0.

Arnaldo Bispo (DEM)

Usou mais a tribuna e participou com razoável desenvoltura de alguns temas importantes, principalmente sobre o meio ambiente. Longe de ser um representante a altura da expressão política, cultural e eleitoral do município de Itabaiana. Certamente o irmão, prefeito Luciano Bispo, gostaria de vê-lo mais incisivo nas críticas e nos questionamentos sobre o modelo de Clínica de Saúde da Família, adotado pelo Governo do Estado; a questão da segurança pública em sua cidade, que detém um elevado índice de assassinatos e as ações da Secretaria da Fazenda sobre os comerciantes do município de Itabaiana. Nota 5,5.

Gilmar Carvalho

Embora não admita, é óbvio, que a sua condição de suplente não lhe deixa à vontade para exercer o mandato como se espera. Quando surgem críticas contundentes, às vezes, até com provas contra as Secretarias de Saúde ou Ação Social, as quais possuem como titulares os donos da vaga que o ilustre deputado ocupa, ele, (Gilmar), evidentemente fica em dificuldades para defender [as vezes, o indefensável] ou, muito pior, se solidarizar com as críticas. Como fazer? Não comparecer ou sair do plenário? Como legislador tem apresentado projetos interessantes. Na condição em que se encontra (suplência), está como peixe fora d’agua. Gilmar tem potencial para se qualificar como um bom deputado, mas??? O seu perfil único é, invariavelmente de oposição. Um membro da oposição disse-me certa vez que “o Cancão está preso na gaiola”. Nota 6,5

João da Graça (PTdoB)

Discreto, porém muito leal ao grupo a que pertence, o deputado João da Graça desenvolve mais o seu trabalho como membro das Comissões do que em Plenário. Ele comenta com os colegas que voto se conquista com ações junto ao eleitorado, e, principalmente, sendo solidário com as lideranças que o apóiam. “Discurso só dá voto pra quem está na oposição”, costuma dizer. Como agora deixa passar a impressão que é o governador Marcelo Déda (PT) desde criancinha, acha melhor trabalhar e ajudar ao Governo nos bastidores e nas votações. Nota 5,5.

Garibalde Mendonça (PMDB)

É considerado pela maioria como um colega exemplar. Tem o respeito de todos. É o atual Presidente da principal Comissão da Casa – Constituição e Justiça. Não é muito afeito ao uso da Tribuna, porém quando o faz, é sempre com equilíbrio e conhecimento de causa. Nota 7,0

Mardoqueu Bodano (PRB)

O deputado é pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. Pouca gente sabe, mas ele é o vice-líder do Governo na Casa. Se o bloco escolheu errado, a oposição agradece. Quando o deputado Francisco Gualberto (PT) está acuado e procura reforço, onde anda o pastor Mardoqueu? Um colega de situação brinca, dizendo que o vice-líder deve está orando para Os oposicionistas Augusto Bezerra e Venâncio Fonseca (PP) ficarem roucos e pararem as críticas. Há quem diga que é até bom que ele nem tente defender, porque a emenda pode ser pior que o soneto. Todos lembram: foi o vice-líder do governo quem levou munição para a oposição, quando usou a tribuna para reclamar do Comando da SSP que impediu os evangélicos de visitarem os detentos no Presmil. Nota 6,0.

Luiz Mittidieri (PSDB)

Por ser médico, é o atual presidente da Comissão de Saúde. Segundo um deputado da situação, Mittideri, talvez por não ter uma boa freqüência aos trabalhos, deixou de agir com maior firmeza no cargo de presidente, por ocasião da votação de Projeto do Executivo, se aproveitando da ausência do líder Francisco Gualberto, que fora ao banheiro, não consultando, como de praxe, quem estava substituindo os titulares ausentes, mesmo vendo-os ao seu lado, a deputada Susana Azevedo (PSC) e o deputado João das Graças. Conforme nos confidenciou um parlamentar governista, o Projeto retornaria, como retornou, por meio de alto-convocação da Assembléia. Certamente o leitor observou que pouco tivemos a abordar sobre o mandato do ilustre deputado neste ano. É! Nada temos a falar, talvez tenhamos no próximo ano. Mittidieri possui uma excelente condição cultural, é independente, mas está devendo um melhor mandato. Nota 5,0.

Angélica Guimarães (PSC) – Mesmo sendo vice-presidente da Casa, participa dos trabalhos de algumas comissões a fim de se inteirar das proposituras que tramitam no Poder Legislativo. Seus apartes, questionamentos ou encaminhamentos, são sempre colocados com objetividade. Goza do respeito de todos os colegas, tanto do grupo aliado ao Governo do qual faz parte, como da oposição. Nas diversas vezes em que presidiu as Sessões, o fez com firmeza e segurança. Tem feito inúmeros apelos ao Governo do Estado no sentido de se implantar um moderno Plano de Cargos e Salários para os servidores da saúde. Na última sessão do ano, afirmou com alegria que já tem a palavra do Governo de que o seu pleito será atendido, e o Plano sairá nos primeiros meses do próximo ano. É uma excelente parlamentar. Nota 8,5.

Paulinho da Varzinha (PTdoB)

Alguém precisa dizer ao nobre deputado que ele não é vereador por Laranjeiras. É claro que ele tem que defender o seu município de origem, porém, não unicamente Laranjeiras. Sem participação nas discussões, faz da apatia parlamentar o seu lema. Talvez não se possa exigir tanto. Nota 4,0.

Tânia Soares (PCdoB)

Sinceramente, o desempenho da ilustre deputada não condiz com a sua capacidade. Afora algumas intervenções em prol do movimento jovem e poucos ensaios tímidos em defesa do Governo, o que muitas vezes assistimos foi uma parlamentar estadual desviada de suas funções, talvez com saudade da Câmara de Vereadores de Aracaju, mas, certamente estimulada pelas aparições na TV Alese, dedicou o ano de 2009 quase que totalmente para anunciar obras e serviços desenvolvidos pelo prefeito Edivaldo Nogueira (PCdoB). Nota 5,5.

Professor Wanderlê (PMDB)

Que o deputado é atuante, isso não se pode negar. Ele é participativo, porém, sem praticidade. Os seus discursos são tão voláteis quanto os gases que poluem a nossa atmosfera. Meio Ambiente - repita essas palavras pelo menos dez vezes ao dia e você terá a reeleição garantida. Parece que sussurraram alguma coisa neste sentido para o professor Wanderlê. Esqueceu até que é Professor. Teve uma excelente oportunidade de conquistar a simpatia dos profissionais do magistério, pois durante dois anos e meio (com a ausência de Ana Lúcia), os mestres ficaram sem voz na Assembléia. Wanderlê preferiu falar de Usina Nuclear. Seus discursos, via de regra lidos, não empolgam a platéia que pouco ou nada se interessa. Sem objetividade e com temas mal escolhidos, certamente perdeu muito tempo com discursos enfadonhos. Nota 5,0.

Susana Azevedo (PSC)

Participa de forma efetiva de diversas comissões a fim de conhecer e se inteirar das proposituras que tramitam na Casa. É verdade que a deputada tem sido econômica no uso da tribuna da Casa. Todavia, quando o faz é sempre de forma inteligente, centrada e com boas intervenções. Ensaiou disputar vaga de conselheira do Tribunal de Contas. Desiludida, entendeu que o seu partido lhe negara apoio e desistiu. Diga-se de passagem, em boa hora, senão estaria amargando uma luta jurídica, com pouca chance de êxito. Adotou a bandeira do combate às drogas, reivindicando espaços públicos devidamente assistidos por profissionais competentes para o trabalho com jovens e adolescentes que enveredam pelo caminho suicida das drogas, principalmente, o crack. Mesmo não tendo exercido o mandato este ano com a competência e presença habitual nas discussões, é uma parlamentar eficiente. Nota 6,0.

Francisco Gualberto (PT)

Ser governo com todas as letras e assumir sem qualquer temor a bandeira da lealdade a um projeto político, o fez, conforme relato de alguns ex-companheiros de sindicato, esquecer as próprias origens sindicalistas. Como líder do Governo das mudanças, teve que mudar de lado e, em alguns momentos, esquecer o passado de operário e empunhar goela abaixo, a vontade do palácio Olímpio Campos. O seu desempenho na árdua função de líder tem sido exemplar. Quase solitário na defesa do Governo, a exceção das questões na área de saúde, onde conta com a solidariedade e o conhecimento da deputada Angélica Guimarães, Gualberto tem se desdobrado como pode. Quando não encontra argumentos suficientes para explicar o inexplicável utiliza-se da estratégia da ironia, ai se torna uma luta sem igual, porque, quase sempre, a oposição se utiliza das mesmas armas (ironia). O seu trabalho é eficiente. Nota 9,0.

Adelson Barreto (PSB)

O deputado Adelson Reis é um homem de que não dorme. Atende que o procura no gabinete até à meia-noite. Em seguida vira repórter e visita o Hospital João Alves Filho e o Instituto Médico Legal. Acorda cedo para ir à academia e não falta a uma sessão. Tem a função de lê atas da sessão anterior e não usa a tribuna, apesar da sua intimidade com o microfone. É inegável a sua veia humanística e sua preocupação social com os mais carentes, todavia, espera-se muito mais do radialista e deputado Adelson Barreto. Nota 6,0.

Gorete Reis (DEM)

Ganhou a titularidade do mandato após a vitória do adversário político (Valmir Monteiro – PSC), com base na sua cidade natal – Lagarto. Fez um trabalho razoável, sabendo ocupar o espaço de oposição. Enfermeira, centrou seus pronunciamentos na saúde pública, questionou com veemência justificativas para as constantes mortes de bebês na maternidade Hildete Falcão Batista e criticou a postura do Governo do Estado na forma como gerencia o Hospital João Alves Filho. Defendeu melhores condições de trabalho para os profissionais de enfermagem. Apresentou diversas emendas ao projeto de criação das Fundações Públicas de Saúde. Mesmo entendendo que o líder do governo, deputado Francisco Gualberto, já havia batido o martelo, fechando questão contra todas, sem ao menos discuti-las, Gorette Reis insistiu até o fim, fazendo o encaminhamento uma-a-uma, demonstrando convicção com o que propunha. Sem adotar a mesma intensidade nas críticas, como fazem os seus pares, Venâncio e Augusto, Gorette teve mais visibilidade que outros companheiros mais experientes no parlamento. Nota 7,5.

André Moura (PSC)

Em seu primeiro mandato e sendo jovem, o deputado André Moura parece ter aprendido muito bem com o pai (ex-deputado Reinaldo Moura), como enfrentar e se comportar nas horas de dificuldade. Além dos problemas “internos” que teve de encarar ao assumir a primeira secretaria da Casa, quando perdeu alguns poderes que sempre foram relacionados ao cargo. Jamais se escondeu da opinião pública quando teve que defender a lisura na conquista do seu mandato. Fez um dos melhores pronunciamentos em favor dos policiais militares na luta desses servidores por melhores salários. É um Deputado acima de tudo, municipalista. Demonstra sua preocupação com as condições financeiras, especialmente dos pequenos municípios. Nota 7,5.

Celinha Franco (DEM)

É notoriamente uma parlamentar de grupo. Facilmente se observa a sua falta de intimidade com a tribuna. Sempre cordial e afável com os colegas e servidores do Poder, tem o respeito e amizade de todos, em todos os lados. Nota 5,0.

Armando Batalha (PSB)

Existem situação em que é necessário se distinguir o parlamentar, na expressão mais correta da palavra, do representante do povo. Esse é um caso típico de parlamentar .... ? O deputado Armando Batalha poucas vezes usou a tribuna, e, quase sempre para se defender de acusações como ex-prefeito de São Cristóvão. É muito pouco, principalmente para o povo da quarta mais antiga cidade do Brasil. Nota 5,0.

Ulices Andrade (PDT)

É um Presidente amigo de todos, sem abandonar a firmeza e o equilíbrio. Conduz, administrativa e politicamente, sem distinção. Limitou-se a exercer as funções de Presidente. Logo, Como Presidente, Nota 8,0.

Venâncio Fonseca (PP)

É, sem a menor dúvida, um dos melhores líderes de oposição dos últimos vinte anos na Assembléia Legislativa. Consegue ser tão competente nas argumentações colocadas que deixa todo o grupo de aliados do Governo apenas a balançar a cabeça, em sinal de reprovação, porém, sem jeito para contestá-las. Venâncio Fonseca é capaz de atacar de forma firme, sem contudo, ser intransigente, ferir ou agredir os colegas. É óbvio que muitas falhas do Governo atual são herdadas de administrações passadas, mas o experiente deputado consegue transferir todos os males existentes ao modelo Déda de fazer as mudanças. Ex: Como explicar à CUT que os servidores da saúde continuarão com suas gratificações fixas e irreajustáveis no Governo do Partido dos Trabalhadores e das mudanças? Não seria o momento de mudar e torná-las reajustáveis? É por ai que Venâncio consegue firmar o seu discurso. Nota 9,0.

Zeca da Silva (PSC)

Pouco se tem a falar sobre o deputado Zeca. Sabe-se que tem boa participação em algumas comissões. Não gosta de tribuna, prefere os bastidores. Tem um ótimo relacionamento com todos os colegas e se distingue pela lealdade nas amizades. Nota 6,0.

brayner@faxaju.com.br http://twitter/braynerr

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