Professores de seis municípios paralisam as atividades
Escrito por carol
Os educadores das redes municipais de Neópolis, Santa Rosa de Lima, Estância, Santana do São Francisco, Barra dos Coqueiros e Ribeirópolis paralisam as atividades nesta semana. Dentre os motivos: a não implantação do piso salarial em R$1.024,67, a falta de diálogo por parte das administrações municipais e os constantes atrasos salariais.
Santa Rosa de Lima
No município a paralisação será dias 24 e 25, nos dois dias os professores pretendem realizar um café da manhã em frente a prefeitura.
A estrutura física das escolas municípios precisa urgentemente de reformas, muitas estão com telhados esburacados, não há iluminação suficiente. Falta merenda escolar e material didático, ao ponto de em alguns dias não ter giz para os professores trabalharem.
Para piorar a situação Santa Rosa de Lima é um dos municípios onde a lei do piso sequer foi implantada.
Ribeirópolis
Em Ribeirópolis os professores decidiram entrar em greve por tempo indeterminado pelos constantes atrasos no pagamento dos salários e também devido a a política de desvalorização que a prefeita Uíta Barreto quer implantar na rede municipal.
A prefeita enviou para a Câmara de Vereadores uma proposta de implantação do piso que não valoriza os educadores e dá tratamento diferenciado para os cargos de confiança.
Atualmente um professor para atuar em sala de aula tem uma regência de 50%. Pela proposta da prefeitura este mesmo profissional passaria a ter apenas 8%, uma queda de 84%. Pelo plano de carreira atual um educador com nível médio após concluir sua faculdade obtém um acréscimo de 50%. Pela proposta do governo Uíta Barreto este mesmo profissional da educação terá apenas 6%.
Já para os cargos de confiança (diretores, secretários e coordenadores das escolas) o tratamento não é o mesmo. Na proposta municipal de implantação de piso, os diretores terão suas gratificações em 60%, os secretários das escolas 100% e os coordenadores 40%, ou seja, ao invés de valorizar todos os professores, a administração municipal resolveu beneficiar só os cargos de confiança.
Estância
Dias 25 e 26 os professores de Estância paralisam as atividades porque o prefeito Ivan Leite não recebe a comissão de negociação do SINTESE para a negociação para o novo valor do piso.
Isso sem contar a ação do prefeito que, em 2009, desestruturou toda a carreira do magistério, retirando a regência de classe e diminuindo drasticamente os valores das gratificações. “A postura da administração com o magistério é de total desapreço e descaso”, disse Ivonia Ferreira, da coordenação da sub-sede Sul do SINTESE.
Barra dos Coqueiros
Um ato público às 8h em frente ao terminal rodoviário do município marcará o dia 25, escolhido pelos professores para paralisarem as aulas.
O constante atraso nos salários, a falta de revisão da integralização no piso, o não pagamento dos empréstimos consignados junto a Caixa Econômica Federal e irregularidades detectadas nas folhas de pagamento.
O atraso no repasse dos recursos referentes aos empréstimos levou os professores a terem o nome incluído, injustamente, no Serviço de Proteção ao Crédito, afinal a prefeitura tinha descontado os valores, mas não tinha repassado a Caixa Econômica Federal.
A falta de material didático, merenda e transporte escolar também levaram os professores da rede municipal da Barra dos Coqueiros a paralisarem as aulas dia 25.
Santana do São Francisco
O atraso nos salários também é o motivo da paralisação dos professores de Santana do São Francisco marcada para os dias 25, 26 e 29 de março. Até agora os educadores não receberam o salário do mês de fevereiro.
Os atrasos são injustificados, já que os recursos do FUNDEB são depositados a cada dez dias, o que garante o pagamento dos educadores dentro do mês trabalhado; e irregular, já que viola o § 1º, do art. 459, da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, que determina que o pagamento dos salários deve ser feito até o quinto dia útil do mês subsequente.
Neópolis
No município também não haverá aula nos dias 25,26 e 29 de março. O prefeito Marcelo Guedes está protelando o processo de negociação para a total integralização do piso. “Ano passado somente após muita luta conseguimos a implantação dos 2/3 somente no final do ano, desde então tentamos negociar com o prefeito e até agora nada”, disse Marly Rodrigues Silva, coordenadora geral da sub-sede Baixo São Francisco II, localizada em Neópolis.
SINTESE
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