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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Chamadas indevidas

1.107. Este é o número de chamadas indevidas realizadas de um único número de telefone para o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública - Ciosp - no último mês de abril. Infelizmente, o usuário desse aparelho não foi o único. De acordo com estatísticas do Ciosp, entre os dias 2 de abril e 5 de maio, o Centro recebeu 190.422 ligações de cidadãos sergipanos que residem na região metropolitana de Aracaju.
No entanto, 110.511 chamadas, ou 58% das ligações, eram trotes (35.159), ligações indefinidas (quando o operador não identifica se é trote ou pedido de informação - 58.619), informações (16.653) e agradecimentos (80.
O Ciosp atende as ligações dos números de emergência da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Como os telefones emergenciais devem ser mantidos desocupados, os casos de trotes atrapalham o trabalho dos atendentes, pois ocupam a linha com um serviço desnecessário e o que é mais grave pode estar deixando de atender uma ocorrência verdadeira.
Segundo a diretora do Ciosp, tenente coronel Alessandra Dielle, das 110.511 ocorrências falsas, os trotes representam 32% das chamadas. As linhas também ficam ocupadas com pedidos de informação e isso também acaba tendo uma grande representação no número de inconvenientes. No período analisado, chegou a 15%. Outro absurdo são as ligações em que os operadores não conseguem identificar se a chamada é um trote ou um pedido de informação. Estas recebem o nome de chamadas indefinidas e representam 53% do total.
A boa notícia é que a partir de agora, as autoridades de segurança pública do Estado já podem usar a tecnologia para identificar os infratores e puní-los como manda a lei. “Vamos fazer um trabalho com o Ministério Público do Estado para tratar essa questão judicialmente”, afirmou Dielle, lembrando que também constam nos registros muitos trotes oriundos de telefones públicos nas proximidades de escolas. “Todos os orelhões já foram identificados e várias viaturas policiais foram mobilizadas para perto de determinados colégios a fim de inibir as crianças e adolescentes”.
Quando o trote é passado de celular a identificação fica um pouco mais complicada porque depende de autorização judicial para descobrir o autor. Para se ter uma idéia do problema, o Ciosp divulgou oito números de celulares que demonstram que as pessoas acionam o serviço de emergência por vários motivos: conversar com alguém, solidão, medo, falar palavras obscenas para as atendentes, entre outros. Mas, há casos em que até mesmo golpistas ávidos por informações sobre acidentes de trânsito ligam para saber onde teve acidentes de trânsito com vítimas fatais para tentar dar um golpe do seguro DPVAT.
“Temos um caso de uma menina de nove anos de idade que acionou o serviço de emergência 588 vezes. A criança reside na Piabeta, em Nossa Socorro, e no início pensávamos que se tratava de um trote, mas hoje sabemos que ela não tem pai e a mãe é doméstica e precisa trabalhar fora para sustentar a casa. Nesse caso, o problema é social e ela liga porque o peso da responsabilidade a faz procurar alguém para lhe dar proteção, mesmo que seja por telefone”, disse um operador.
A diretora do Ciosp lembrou que para tentar diminuir o número de trotes, o Ciosp pretende realizar campanhas freqüentes de conscientização da sociedade. O perfil das pessoas que passam trotes para o Centro é diversificado, mas a grande maioria trata-se de crianças e adolescentes. O artigo 266, do Código Penal Brasileiro, prevê pena de um a três anos, além de multa, para os casos de perturbação do serviço telefônico. Já o artigo 340 estabelece pena de um a seis meses, ou multa, quando ocorre comunicação falsa de crime ou contravenção.
Fonte: PM

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