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VIVA A VIDA!!!!!!!!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

EXCLUSIVO: Leia o depoimento de Diego, o empregado da GOL que médica chamou de "Nego morto de fome" no aeroporto

 Diego Gonzaga prestou depoimento à delegada de polícia Georlize Teles na última terça-feira sobre o crime de injúria racial praticado contra ele pela médica Ana Flávia Silva Pinto, no dia 26 de outubro deste ano, no aeroporto de Aracaju.

Eis o depoimento:

GOVERNO DE SERGIPE

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA

SUPERINTENDENCIA DE POLICIA CIVIL

DELEGACIA ESPECIAL DE ATENDIMENTO A GRUPOS VULNERÁVEIS

TERMO DE DECLARAÇÕES do senhor DIEGO JOSE GONZAGA DOS SANTOS

   Aos 10 (dez) dias do mês de novembro do ano dois mil e nove (2009), nesta cidade de Aracaju, Estado de Sergipe, na sala do cartório da Delegacia Especial de Atendimento a Grupos Vulneráveis, onde presente se achava a Belª. Georlize Oliveira Costa Teles, Delegada de Policia Civil, comigo Escrivão de Policia, no final assinado, aí compareceu DIEGO JOSÉ GONZAGA DOS SANTOS, brasileiro, solteiro, funcionário de empresa privada, portador do RG nº 2.030.651-2 SSP/SE, CPF nº 839.409.365-53, natural de Maceió/AL, filho de Francisco dos Santos e Josefa da Silva Gonzaga Santos, CEP 49.036-170, Aracaju/SE, acompanhado do seu advogado DIOGO DE CALASANS MELO ANDRADE OAB-3691 SE, o qual, sobre os fatos que deram origem ao presente feito, à Autoridade Policial, sendo perguntada, prestou as seguintes declarações: QUE se encontrava no aeroporto de Aracaju por volta das 4:35 do dia 26/10/2009, durante o seu turno de trabalho, no qual exerce a função de supervisor da empresa aérea GOL, quando percebeu a chegada de duas senhoras, uma jovem e outra um pouco mais velha, possivelmente passageiras, um jovem, possivelmente passageiro e duas crianças, os quais chegaram correndo e se dirigiram a atendente do check-in, vendo o declarante que a  senhora mais jovem se dirigiu a atendente de nome CANDICE e pediu que a mesma providenciasse o embarque pois ela iria viajar naquele vôo, diante do que a atendente informou que não era possível o embarque uma vez que o vôo já estava encerrado,  nesse momento a jovem senhora perguntou se existia alguém naquele local superior a CANDICE, momento que atendente se dirigiu ao declarante e pediu que o mesmo chegasse até o check-in para conversar com aquela senhora. QUE a jovem senhora fez a mesma pergunta que fizera a CANDICE acerca da possibilidade do seu embarque pois segundo a mesma estava de lua de mel e havia planejado aquela viagem há muito tempo,tendo a vitima respondido que era impossível o embarque pois as normas aeroportuárias impediam tal procedimento, diante do que esta respondeu que o declarante estava causando um prejuízo de R$ 10.000,00(dez mil reais), nesse momento a mesma se encontrava extremamente nervosa enquanto o senhor, que veio a saber tratar-se do marido, mantinha-se calmo, QUE o declarante manteve-se calado uma vez que diante do problema do embarque, pois no entendimento dessa ele poderia já que era funcionário da empresa, e diante da negativa e da explicação de que não poderia fazê-lo, a jovem senhora começa a agredi-lo verbalmente, com palavras tais como: “VOCE NÃO É GENTE VOCE TA ME CAUSANDO UM PREJUIZO DE R$ 10.000,00, SEU IMBECIL SAFADO,OLHE EU SOU MÉDICA, TOMARA QUE UM DIA VOCE PRECISE DE MIM PORQUE NO QUE DEPENDER DE MIM VOCE MORRE” e enquanto dizia isso ela perdeu totalmente o controle pulou por cima da balança e acessou  a área de segurança restrita aos funcionários e autoridades policiais, e continuava verbalizando, desta feita gritando,mandando que chamasse o diretor ou quem quer que fosse pois ela embarcaria naquele vôo. Que enquanto a mesma gritava e agia daquela forma o esposo pedia que ela se retirasse e fosse embora, diante do que ela respondia que ele deixasse ela dar o show, que nesse momento a autora se dirige a mesa onde se encontra um recipiente plástico no qual são colocadas as etiquetas e objetos utilizados pelos funcionários e o jogou no chão, após senta-se na esteira de bagagem e continua a gritar que vai embarcar pois chegou 15 minutos antes, instantes em que o esposo interfere chamando-a para ir embora pois a empresa iria arcar com o prejuízo, e ao contrario de atender o marido ela passa a proferir novos xingamentos, inicialmente perguntando ao esposo: “quem vai pagar? Esse cachorro. Dizendo isso olhando e apontando para o declarante. O marido insiste em chama-la e a mesma insiste em perguntar: “QUEM VAI PAGAR? ESSE CACHORRO?ESSE BANDO DE ANALFABETO, MORTO DE FOME, QUE NÃO TEM DINHEIRO NEM PRA COMPRAR FEIJÃO PRA COMER, ESSE NEGO MORTO DE FOME”. Nessa hora o esposo adentra o espaço onde a mesma se encontrava e puxa a mesma com força e a retira do local, e esta diz: antes de sair então vou quebrar tudo, falando isso ao passar próximo ao computador a mesma puxa o teclado e o arremessa ao chão, instante em que o supervisor da Infraero interfere dizendo que ela não pode quebrar o computador no que esta responde dizendo duas vezes: então me prenda, me prenda seu boila, QUE o marido a conduziu e sentou nas cadeiras do saguão. Aproximadamente 5 minutos depois a policia chega e dirigi-se ao supervisor da Infraero RICARDO o qual houvera acionado a força policial em razão de um incidente ocorrido instantes antes face a proibição do embarque de uma passageira grávida de 7 meses e que não portava a devida ordem medica autorizativa do embarque, o que gerou um tumulto com o grupo de oito pessoas que viajavam juntos. QUE como os passageiros que haviam causado o tumulto já tinham ido embora o RICARDO consultou ao DIEGO se o mesmo queria tomar alguma xingado ao declarante, no que então o declarante se dirigiu aos policias e ao narrar o ocorrido foi consultado se gostaria de levar o caso a delegacia plantonista para a adoção das providências tendo respondido que sim, solicitando apenas alguns instantes para que pudesse avisar ao seu superior que estaria se ausentando do ambiente de trabalho. QUE enquanto conversava com os policiais a mãe da suposta autora veio em direção ao declarante e pediu para que ele a desculpasse uma vez que ela estava em lua de mel e estava nervosa, tendo o declarante respondido que enquanto a mãe estava pedindo desculpas a autora fica sentada falando qualquer coisa sem demonstrar arrependimento algum do que houvera feito, QUE o declarante e um colega de nome RAUL acompanharam os policiais e a autora se dirigiu a um carro particular sendo questionada nesse momento pelos policiais os quais mandaram que ela entrasse em uma outra viatura, sendo que a mesma inicialmente se recusou e posteriormente foi convencida pelo esposo a atender a ordem, tendo todos se dirigido a delegacia plantonista, na unidade policial inicialmente foram ouvidos o declarante e o colega Raul tendo o delegado informado que a autora iria ficar presa uma vez que ela tinha usado a expressão NEGO de forma pejorativa e determinado que fosse reduzido a termo a suas declarações, o que levou o declarante a acreditar que a mesma ficaria presa. Que no momento da conversa com o delegado o declarante não apresentou nenhuma gravação haja vista que não possuía tal prova, entretanto informou que a Infraero possui o CFTV que possivelmente teria gravado todas as imagens uma vez que uma das câmeras fica direcionada ao check-in. Que depois do depoimento de Raul e de suas declarações ambos foram embora e só no outro dia tomou conhecimento através de um telefonema de um colega que a passageira que havia feito o escândalo na madrugada e o agredido havia embarcado naquele mesmo dia no período da tarde, QUE diante da informação decidiu vir a esta especializada imediatamente e fazer o registro da ocorrência. Nada mais disse nem lhe foi perguntado, mandou a Autoridade Policial encerrar a presente declaração, que lida e achada conforme será assinada por esta, pelo declarante, pela sua acompanhante e por mim Escrivão que o digitei.

          Belª. Georlize Oliveira Costa Teles                         Diego Jose Gonzaga dos Santos

               Delegada de Polícia Civil                                                     Declarante

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