O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), Henri Clay Andrade, participou na manhã desta segunda-feira, 4, da assembléia dos procuradores gerais do município. Na ocasião, Henri falou sobre a conversa que teve com o prefeito Edvaldo Nogueira quanto a situação da categoria. Como o prefeito garantiu ao presidente da Ordem, que terá um encontro com os procuradores, os profissionais, que iriam votar indicativo de greve, decidiram aguardar o encontro com Edvaldo, ainda sem data marcada.
De acordo com Henri Clay, na conversa com Edvaldo Nogueira, em meados de abril, o prefeito fez um balanço sobre a situação financeira da Prefeitura de Aracaju e um paralelo com a crise mundial. “O prefeito relatou sobre as greves, mostrando a situação de cada categoria e chegamos especificamente a situação dos procuradores, quando Edvaldo demonstrou de forma clara reconhecer a legitimidade das reivindicações da categoria e que de fato os procuradores estão numa situação que precisa melhorar”, ressalta.
O presidente da OAB afirmou que o prefeito aproveitou a ocasião para recordar que na última audiência entre ele e Edvaldo, houve a reivindicação do concurso público e que já foi atendida. “O prefeito recordou o episódio da realização do concurso e reconheceu também um erro estratégico da sua administração, pois deveria ter primeiro estruturado a carreira, para depois realizar o concurso e ressaltou que entre as categorias que reconhece a situação financeira, estão os engenheiros e os procuradores”, enfatiza.
Projeto em andamento
Na assembléia, o presidente da Ordem disse ainda que foi informado por Edvaldo Nogueira, da existência de uma minuta avançada quanto ao Projeto de Plano de Carreira para os procuradores. “Quando o gestor reconhece que as reivindicações são justas já é um grande passo e se já existe um estudo, então não estamos tão distantes. Mas, para o problema ser resolvido, é preciso se ter um encaminhamento administrativo, com a abertura de um canal de negociações com maior transparência para mostrar o que o prefeito pensa e o que os procuradores desejam”, entende.
Sem a imprensa Mesmo insatisfeita, categoria resolveu aguardar encontro com Edvaldo Nogueira
Henri Clay citou também ter mostrado ao prefeito que os procuradores iriam pela primeira vez na história do município, fazer uma greve por tempo indeterminado, o que não é bom para o governo municipal. “Edvaldo Nogueira concordou em marcar um encontro comigo e não apenas com os integrantes da Associação dos Procuradores, mas com toda a categoria e pediu que não haja badalação, que seja sem a presença da imprensa e que a data seja marcada para maio”, relata.
Insatisfação geral
Os procuradores de Aracaju reivindicam melhores salários. Atualmente eles recebem pouco mais de R$ 450 de salário base, tendo obtido nos últimos meses, reajuste de 1% mais uma gratificação de R$ 498. A categoria reivindica que se cumpra a legislação, ou seja, que a Prefeitura pague 60% do ganha um desembargador, o que equivale a um salário de R$ 9 mil. “Já que o prefeito sinalizou, nós vamos aguardar pelo encontro visando mostrar as nossas reivindicações. Só falta ele marcar a data agora para maio”, afirma a presidente da Associação dos Procuradores do Município, Conceição Vasconcelos.
Por Aldaci de Souza
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