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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Emergência no município de Telha deve ser decretada

Texto: Andréa Vaz / Foto: Jorge Henrique


Telha deverá ter situação de emergência decretada até sexta-feira. A informação é do coordenador da Defesa Civil Estadual major Mendes, que sobrevoou ontem, os três municípios do Baixo São Francisco mais atingidos pelas fortes chuvas: Telha, Propriá e Cedro. À tarde foi a vez do governador do Estado, Marcelo Déda, visitar Telha para verificar de perto os danos causados pelas fortes chuvas, após tragédia provocada pelo rompimento de um dique ocorrida no dia 8 deste mês, e que resultou até agora, em 100 desabrigados e pelo menos 250 produtores afetados com a destruição total da produção de arroz e peixe.
Durante a visita, Déda anunciou as ações que o governo do Estado está adotando para minimizar o sofrimento das famílias desabrigadas e auxiliar na reconstrução da infraestrutura destruída. O governador foi acompanhado por técnicos e gestores das Secretarias de Estado da Infraestrutura, Inclusão Social e Agricultura, além da Defesa Civil e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), convidada para participar da ação.
Em Telha, não haverá mais as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. “Suspendemos as festas para enxugar as despesas. O recurso será destinado para a compra de 300 cestas básicas que iremos distribuir mensalmente as vítimas das chuvas”, afirma o prefeito Éris de Melo. Apesar desta medida, o prefeito entende que se não houver uma ação efetiva do poder público e da Codevasf vai demorar de seis meses a um ano, para que a água do perímetro baixe e as vítimas recomecem do zero.
“Aí é um ano com o perímetro parado e isso representa prejuízo para a população que basicamente sobrevive dele”, afirmou o prefeito. A forte chuva caiu na região do Baixo São Francisco durante domingo, 7, e segunda, 8, elevou o nível das águas do riacho do Jacaré, levando um dique da região a estourar. Cerca de 100 pessoas estão desabrigadas e 365 produtores de peixe e arroz foram afetados pela tragédia.
Os 20 bares da prainha da adutora estão inundados e o comércio no local está parado.
O prefeito de Telha, Éris de Melo, responsabiliza a Codevasf pelo estado de calamidade pública.
O gestor de Telha calcula que os prejuízos ultrapassem de R$ 5 milhões.


Falta de água tratada vai durar


Com as fortes chuvas, muitos municípios sergipanos ainda penam com a suspensão ou redução no abastecimento de água – a maioria por causa de problemas técnicos no serviço da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Em Telha, o mais afetado até o momento com o desabastecimento de água, a população está sem água há oito dias e sem previsão de quando o abastecimento voltará ao normal.
“A Deso diz que só poderá resolver o problema quando o Rio São Francisco baixar, mas isso poder levar até 12 meses”, disse o prefeito de Telha, Éris de Melo. Segundo o gestor municipal, a população tem que se deslocar para Cedro de São João em busca de água potável.
A Deso confirma que não há previsão do abastecimento de água voltar ao normal em Telha. Isso porque, o local onde se tem o abastecimento da Deso foi alagado pela enchente do rio São Francisco e depende agora do nível da água baixar para sanar o problema.
Indignado com a atuação da Deso, o vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), diz que falta ação da diretoria da Deso em resolver o problema. “Telha está há oito dias sem água e, até agora, a Deso não tomou nenhuma providência que pudesse minimizar o sofrimento daquela comunidade”, denunciou o democrata ao reforçar que esteve no último final de semana em Telha, com o objetivo de acompanhar de perto a real situação daquele município.


Água barrenta


Apesar de a Deso afirmar que o abastecimento voltou ao normal nas outras cidades prejudicadas por conta das chuvas com exceção da cidade de Telha, são muitos os municípios que ainda permanecem prejudicados – uns com o desabastecimento, outros com a redução no abastecimento de água.
Em Nossa Senhora das Dores, por exemplo, que estava sem água desde sexta-feira, agora a população pena com o revezamento. “Enquanto parte da cidade tem água, outra fica sem água. É assim metade da cidade tem água, a outra metade fica sem água. Além disso, a qualidade da água é péssima, não chega tratada aqui”, denunciou Elisangela Santos, de Dores.
Em Nossa Senhora Aparecida, moradores denunciam que estão sem água há 20 dias, e até agora a Deso nada fez para resolver o problema. Segundo a Companhia de Saneamento de Sergipe, o Rio São Francisco foi o responsável pela redução no volume de água produzido para o sertão. Ainda de acordo com o órgão, medidas são adotadas para amenizar problemas através de caminhão pipa.
Os prejuízos para a Deso são grandes, mas segundo o órgão ainda não foi feito nenhum balanço para saber o montante do estrago. “A Deso está preocupada neste momento em agilizar o abastecimento de água para a população, por isso o órgão ainda não realizou um balanço dos prejuízos que o órgão teve”, disse Fernando Fontes, assessor de comunicação da Deso, acrescentando que o Rio São Francisco fez com que a Deso reduzisse o volume de água produzido para o sertão sergipano.

 

Jornal da Cidade

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