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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Para Gualberto, fim da exigência do diploma de jornalismo é retrocesso

Vários deputados estaduais se manifestaram contrários à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou inconstitucional a obrigatoriedade do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista no Brasil. Na sessão desta quinta-feira, na Assembleia Legislativa, o líder do governo, Francisco Gualberto (PT), disse a decisão da suprema corte representou um retrocesso para a sociedade. “Achei a decisão estranha. É um retrocesso no tempo, algo a lamentar”.

Por oito votos a um, incluindo o voto favorável do ministro Carlos Ayres de Britto, o STF praticamente acabou com a profissionalização do jornalismo, derrubando um decreto-lei que vigorava há 40 anos. “Foi uma infelicidade tremenda do STF, que está indo de encontro, de forma negativa, à realidade social do Brasil”, disse Gualberto. “Sou frontalmente contrário à decisão do STF”.

Lembrando que é o único entre os 24 deputados que não cursou ou está cursando o nível superior, Francisco Gualberto ressalta que a sociedade irá perder muito com a inevitável falta de qualidade da informação. “Na verdade eu teria todas as razões para ficar a favor da decisão do STF se eu fosse olhar somente para o meu umbigo. Por algumas razões da vida não tive o privilégio de cursar uma universidade, mas sempre valorizei os comunicadores profissionais”.

O deputado disse ainda que concorda que a vocação, aptidão, talento, autodidatismo, são atributos que precisam ser respeitados, mas não podem funcionar como regra superior à exigência da condição técnica. “Vamos admitir que alguém tenha na família uma pessoa com bastante vocação para a medicina. Mas essa pessoa jamais será um médico capaz de fazer cirurgias devidas porque não passou por uma preparação técnica. Ou seja, por uma universidade”, defende. “A exigência do diploma de jornalismo não é uma coisa à toa. Por mais vocação que se tenha, quando o cidadão é preparado tecnicamente, a tendência é ser um profissional bem melhor”.

Como parlamentar, Gualberto também se diz preocupado com a questão do emprego, afirmando que a decisão do STF chega a ser um atentado à categoria. “Esta medida torna vulneráveis todos os jornalistas brasileiros. Agora, por uma razão qualquer, os donos de veículos de comunicação podem preferir alguém com quem tenha uma relação mais próxima, e demitir um jornalista profissional. Ele não é mais obrigado a manter em sua empresa esse jornalista”, disse.

 

FONTE: NE NOTÍCIAS

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