Na noite desta quinta-feira (24), a assessoria de imprensa do líder do PT e do bloco de apoio ao governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), informou que o senador não foi consultado sobre decisão da Mesa de permitir que funcionários lotados nos gabinetes das lideranças partidárias possam trabalhar nos estados.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Mercadante afirmou: "Não assinei nenhum ofício e desconheço essa medida. Considero a medida um retrocesso". Em pronunciamento feito mais cedo no Plenário, o presidente do Senado, José Sarney, havia dito que a decisão da Mesa fora tomada para atender pedidopor escrito de todos os líderes.
Em aparte ao pronunciamento de Sarney, o líder do DEM, José Agripino (RN) disse que não havia assinado o documento mencionado por Sarney e que não concordava com a medida. Ele acrescentou que a liderança do Democratas não tinha e não queria ter um ou vários assessores no Rio Grande do Norte.
- Eu não fui consultado sobre esse fato. Não fui, não concordo, não tenho nenhum [funcionário]. Na liderança do Democratas não há nenhum funcionário lotado no meu estado, e eu acho que é desinteressante. Eu não assinei esse documento, eu não me lembro de me terem sido sugeridos, mas são casos para serem apreciados e serem definidos - afirmou.
O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), foi outro que reagiu imediatamente ao anúncio feito por Sarney. Aparteando Agripino, Casagrande considerou igualmente um retrocesso a decisão de permitir aos líderes partidários criar cargos nos seus estados. Para ele, seria preciso organizar a Casa para torná-la cada vez mais transparente.
- De fato, nós não podemos dar passos atrás. V. Exª está dizendo que não assinou o documento criando os cargos nos estados. Acho que esse é um assunto em que pode parecer que estamos dando passos atrás. E agora nós temos que dar passos adiante, no sentido de organizar a Casa e torná-la cada vez mais transparente - assinalou
Da Redação / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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