Os professores da rede estadual realizaram nesta quinta, 12, no Calçadão da João Pessoa, em frente a Caixa Econômica Federal, o primeiro ato de protesto contra o descumprimento da lei do piso pelo governo do estado. O ato serviu também para conscientizar a população sobre a realidade da categoria, pois mais de 90% dos professores da rede estadual não recebeu o piso. “Os professores estão mais uma vez nas ruas para dialogar com a sociedade sobre os problemas da categoria e também mostrar a sua força”, disse o presidente do SINTESE, Joel Almeida.
Além das palavras de protesto e distribuição de panfletos e enquete, o SINTESE também trouxe para o calçadão artistas circenses como mágico, malabarista e equilibrista, representando o que os professores fazem todos os meses com os baixos salários que recebem.
Governo das ilusões
Um enorme toldo no meio do calçadão mostrou a quem passava no local o “Governo das Ilusões”, mostrando como o discurso do governo do Estado ilude os professores e também a população. “Nós estamos mostrando como o discurso do governo é uma coisa e a prática é outra, pois não há prestação contas dos gastos com a Educação, nega direitos, não ouve os professores e não inclui a comunidade escolar no planejamento das ações”, apontou o vice-presidente do sindicato Carlos Sérgio Lobão.
A gestão do secretário José Fernandes Lima também foi criticada pelo sindicato. Um “desafio espetacular” foi apresentado a quem passava, “enxugue gelo como o secretário de Educação José Fernandes Lima e concorra ao piso de R$950”. “Essa é nossa forma irreverente de protestar contra a atual política educacional implantada na rede estadual.
CUT
A CUT também esteve presente no ato, apoiando os professores na luta pelo piso salarial. Para o presidente da CUT/SE, Antônio Carlos Góis, a crise mundial não pode ser um mote para que o Governo do Estado justifique o não pagamento do piso salarial aos professores. “Nem a crise, nem a Lei de Responsabilidade são desculpas para a não implementação do piso dos trabalhadores da Educação em Sergipe”, defende.
A Central Única dos Trabalhadores de Sergipe espera que o governador Marcelo Déda receba a direção do Sintese para um diálogo e que tenha proposta clara para resolver o impasse entre os professores e o Governo, possibilitando, assim, o início do ano letivo de 2009.
Próximo atos
FONTE: SINTESE
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