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terça-feira, 2 de junho de 2009

Cristovam pede devolução de prestígio e de recursos à educação

 

[Foto: senador Cristovam Buarque (PDT-DF)]

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) voltou a defender, nesta segunda-feira (1º), a federalização da educação de base no Brasil. Para ele, não há como construir boas escolas quando as prefeituras estão empobrecidas.

- Temos que federalizar por meio da carreira nacional do magistério e do programa federal de qualidade escolar e horário integral - sugeriu o parlamentar.

Cristovam argumentou que isso não é impossível, a despeito da frequente discussão a respeito da falta de recursos. Para ele, os recursos existem, o que pode ser provado pela grande disposição dos governos em construir estádios e providenciar infra-estrutura para mega-eventos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol.

O senador observou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva tem projetado cenários bastante favoráveis com base em ideias como a do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a exploração do petróleo na área do pré-sal, que demandariam muito mais dinheiro do que um projeto educacional adequado às necessidades do país.

Na opinião de Cristovam, o Congresso tem a obrigação de devolver à escola tudo o que dela foi tomado nos últimos anos, como os salários dignos, o prestígio, o equipamento, o prédio e a qualificação. O número de 200 mil escolas no Brasil seria "uma mentira", já que só 30% desse total poderiam ser realmente consideradas escolas dotadas de todos os elementos indispensáveis.

O parlamentar pedetista fez uma avaliação crítica do plano a que foi relegada a educação nos últimos 30 anos, assinalando que as escolas ficaram defasadas de outros setores da sociedade em razão de perdas salariais e recursos para a manutenção e atualização de equipamentos. Ele deu como exemplo os computadores portáteis utilizados pelos senadores e o circuito interno de TV que serve à Casa.

- Hoje, as crianças nascem e crescem vendo uma coisa chamada efeito especial e assistindo aula num quadro-negro com giz. Não é possível ter uma sala de aula disciplinada com quadro-negro e giz para crianças acostumadas ao efeito especial - frisou.

Do ponto de vista dos professores, a combinação da queda de prestígio e do aumento da violência criou um quadro que combina perda de autoridade e elevação dos riscos para a vida e a saúde. Segundo Cristovam, cerca de dois milhões de professores acordam para ir dar aulas sentindo que fazem parte de uma profissão de alto risco. Esse contingente equivale aos 67,6% dos educadores que se perceberam com menos autoridade nos últimos anos.

Da Redação / Agência Senado

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