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VIVA A VIDA!!!!!!!!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Grande Imprensa noticia proposta de 3º mandato

ESTADO DE MINAS, O ESTADO DE SÃO PAULO, ZERO HORA, JORNAL DO BRASIL, O GLOBO e FOLHA DE SÃO PAULO repercutem PEC de Jackson Barreto

Atentado à democracia Lula diz uma coisa, aliados fazem outra. Quem diz a verdade?

O eleitor brasileiro, quase sempre o último a ser lembrado pelos representantes que envia a Brasília, acaba de ganhar um novo motivo para acreditar um pouco menos em quem elegeu. Contrariando o que tem dito o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já está em tramitação na Câmara dos Deputados uma proposta de emenda constitucional (PEC) que permite mais uma reeleição aos atuais prefeitos, governadores e, é claro, ao presidente. A emenda foi apresentada pelo deputado Jackson Barreto (PMDB-SE), com 176 assinaturas, cinco a mais do que as 171 necessárias. E ocorreu só 48 horas depois de o presidente garantir mais uma vez: “Eu não brinco com a democracia. Foi muito difícil a gente conquistá-la; o que vale para mim, vale para os outros. Alguém que quer o terceiro mandato, pode querer o quarto, pode querer o quinto, o sexto”, disse ele.

Mas, será democrático? Conforme o próprio Lula, não. “A alternância de poder é fundamental para a democracia”, disse ele, ao negar mais uma vez seu interesse no terceiro mandato consecutivo. Pelo menos no discurso, Lula está certo. O Brasil já alterou a regra uma vez para permitir a reeleição, instituto do qual o próprio presidente já se beneficiou. Se o Brasil de Lula ganhou o respeito do mundo econômico por honrar contratos e por manter, sem surpresas nem mágicas, as bases da política monetária e cambial, não terá nada a ganhar se quebrar uma regra tão cara no campo institucional. A apresentação da PEC do terceiro mandato só comprova que, depois do anúncio de que a pré-candidata oficial, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, enfrenta um câncer linfático, a movimentação dos golpistas tinha aumentado. Que Lula mande abortar mais esse atentado. A ministra Dilma e a democracia não merecem esse desrespeito.

Matéria completa para assinantes de O Estado de Minas

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DEM tentará retardar PEC na Câmara

O DEM vai tentar retardar a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite duas reeleições continuadas para prefeitos, governadores e presidentes da República, que viabilizaria o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ontem, o líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), apresentou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um requerimento em que pede o arquivamento da proposta. O partido argumenta que a PEC não pode tramitar porque o deputado

No entendimento da oposição, o deputado do PMDB não poderia ter reaproveitado assinaturas da primeira lista de apoio ao texto, que foi rejeitada pela Secretaria Geral da Mesa, após a retirada de nomes.

Mesmo no caso do requerimento do DEM não surtir efeito, a PEC, que começou a tramitar ontem, não terá tempo hábil para ser aprovada no Congresso (Câmara e Senado) a ponto de valer para as próximas eleições. Somando os prazos regimentais, mesmo que de forma mais otimista, a Câmara concluiria a votação só em outubro. Depois disso, será ainda preciso a aprovação pelo Senado, onde o governo tem uma base menos numerosa. Para valer para as eleições de 2010, a emenda tem de ser promulgada um ano antes da disputa, que será realizada no dia 3 de outubro.

Matéria completa para assinantes de O Estado de São Paulo

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Dez gaúchos apoiaram tese do 3º mandato

Dez dos 31 integrantes da bancada gaúcha na Câmara assinaram a proposta de emenda constitucional do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) que prevê um terceiro mandato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todos afirmam ser contrários à ideia de uma segunda reeleição.

Nem mesmo o mais ferrenho defensor do terceiro mandato, Fernando Marroni (PT), admite apoiar a mudança nas regras eleitorais. O pelotense, que chegou a usar a tribuna da Câmara para fazer um discurso em prol da continuidade de Lula na Presidência, foi enquadrado pelo partido e mudou a postura.

– Minha posição é a mesma do meu grande líder, o presidente Lula: contra o terceiro mandato. Eu não assinei esse documento – afirma Marroni.

Outros dois deputados também negam ter avalizado a proposta: Osvaldo Biolchi (PMDB) e Vilson Covatti (PP). No entanto, a secretaria-geral da Câmara confirma as assinaturas dos três parlamentares. Luiz Carlos Busato (PTB), Mendes Ribeiro Filho (PMDB) e Paulo Pimenta (PT) pediram a retirada de seus nomes da lista.

– Estão interpretando que quem assinou é a favor. Só segui um costume da Casa de proporcionar o debate do tema – justifica Busato.

Apenas quatro gaúchos admitem ser a favor da discussão do assunto. Desses, dois são mais simpáticos ao tema: Paulo Roberto (PTB) e Sérgio Moraes (PTB). Ambos querem um plebiscito para que a população decida. Os outros dois, Enio Bacci (PDT) e Manuela D’Ávila (PC do B), são a favor da tramitação da PEC, mesmo se posicionando contra o terceiro mandato.

– Assinei porque seria o único jeito de levar a discussão ao plenário e tentar acabar de uma vez por todas com a reeleição – diz Bacci.

O avanço da proposta contraria o líder do governo na Câmara, o também gaúcho Henrique Fontana (PT). Se a PEC chegar ao plenário, Fontana vai orientar a base do governo a derrubá-la. O texto foi reapresentado na quinta-feira por Barreto com 176 assinaturas consideradas válidas – o mínimo exigido para a tramitação da matéria é de 171 assinaturas. Na semana passada, a PEC havia sido devolvida a Barreto porque apenas 166 rubricas haviam sido confirmadas.

Quem deu aval

Os 10 deputados do RS cujas assinaturas constam na PEC do terceiro mandato

> Enio Bacci (PDT)

> Fernando Marroni (PT)

> Luiz Carlos Busato (PTB)

> Manuela D’ávila (PC do B)

> Mendes Ribeiro Filho (PMDB)

> Osvaldo Biolchi (PMDB)

> Paulo Pimenta (PT)

> Paulo Roberto (PTB)

> Sérgio Moraes (PTB)

> Vilson Covatti (PP)

Matéria completa para assinantes do jornal Zero Hora

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PEC do 3º mandato em tramitação

A segunda tentativa do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) de abrir espaço para o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve sucesso. A proposta de emenda constitucional que permite duas reeleições continuadas para prefeitos, governadores e presidente da República teve o apoio de 176 deputados – cinco a mais do que o necessário – e foi reconhecida pela Secretaria Geral da Mesa, começando a tramitar na Câmara.

Agora, a PEC terá que receber parecer de admissibilidade pela Comissão de Constituição e Justiça, ter o mérito analisado por uma comissão especial, que será criada, para na sequência ser encaminhada ao plenário, quando terá que conquistar o aval de 308 deputados, em dois turnos. A PEC também estabelece um referendo para consultar a população sobre o terceiro mandato.

Barreto espera contar com a pressão de prefeitos e governadores para dar contornos oficiais à proposta.

– Estamos discutindo uma tese. Independente da vontade do presidente Lula, a proposta tramita. É uma tese que o parlamento precisa analisar – disse. Para valer já nas eleições de 2010, a PEC terá que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até setembro, quando termina o prazo para mudanças na legislação eleitoral referentes à próxima disputa eleitoral. O recesso parlamentar legislativo em julho promete atrapalhar os planos dos deputados favoráveis à possibilidade de Lula disputar uma nova eleição. O deputado chegou a recolher 249 assinaturas para a nova versão da PEC, mas a Mesa Diretora da Câmara não considerou todas válidas – uma vez que 11 não conferem, 43 foram colocadas de forma repetidas e duas são de deputados que não estão mais no exercício do mandato.

O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), apresentou ontem na CCJ um requerimento na comissão pedindo o arquivamento da proposta. O partido argumenta que a PEC não pode tramitar porque Barreto teria "reciclado" assinaturas. No entendimento da oposição, o deputado não poderia ter reaproveitado assinaturas da primeira lista de apoio ao texto, aquela rejeitada pela Secretaria Geral da Mesa após a retirada de nomes. Segundo Caiado, o regimento da Câmara exige que, para uma PEC ser reapresentada, o autor recolha novas assinaturas.

– Temos que seguir o regimento. Vamos deixar que a CCJ se manifeste – disse. O líder do DEM tentou derrubar o texto ontem em plenário, mas o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), no entanto, disse que Barreto tinha respaldo para reapresentar o texto.

Dos três democratas que assinaram a proposta, apenas o deputado Betinho Rosado (RN) manteve o apoio à matéria. Os deputados Rogério Lisboa (RJ) e Jerônimo Reis (SE) tiraram as assinaturas depois de pressionados pela cúpula da legenda.

O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que o partido não pretende punir os deputados que assinaram a PEC.

Maia acredita que os parlamentares vão seguir a determinação do partido de votar contra a PEC no momento em que chegar ao plenário da Casa e, por esse motivo, não vê necessidade de punições.

– Essa PEC está morta, não vai ter condições de tramitar na Casa. O deputado Jackson Barreto teve os seus 15 minutos de fama – ironizou.

As bancadas do PMDB e do PT foram as que mais deram fôlego para o texto começar a tramitar na Câmara. Das 176 assinaturas reconhecidas pela Secretaria Geral da Mesa, 52 são de deputados do PMDB e outras 34 do PT. Entre os petistas, os apoios que mais chamam atenção são o do secretário-geral do partido, José Eduardo Cardozo (SP), e do ex-líder do partido na Câmara, Luiz Sérgio (RJ). O atual líder do PT na Câmara, Cândido Vacarezza (SP), já afirmou que vai orientar a bancada para votar contra o texto.

Entre os peemedebistas não há nenhuma liderança de renome. Também aderiram à matéria deputados do PSB, PDT, PC do B, PP, PTB, PTC, PR, PV, PSC, além do deputado Edmar Moreira – conhecido pelo escândalo do castelo avaliado em R$ 25 milhões – que está sem partido.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer, ontem, que não apoia a proposta de criação do terceiro mandato.

– Não preciso mudar de opinião (sobre o terceiro mandato) porque tenho uma posição definitiva. Acho que o Brasil tem pouco tempo de democracia e alternância de poder é importante. E eu já fui presidente por oito anos – comentou o presidente após participar de cerimônia de comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente em Caravelas, na Bahia. Lula prometeu se reunir com a base aliada para deixar claro que não apoia a proposta. – Vou conversar com base porque não vejo sentido em discutir o terceiro mandato.

O presidente, no entanto, aproveitou a polêmica criada em torno da tramitação da PEC para criticar a atitude da oposição em relação à proposta.

– Acho engraçado é o nervosismo da oposição com essa hipótese. Até porque o Congresso não está propondo o terceiro mandato, está propondo um referendo. E as pessoas podem derrotar um referendo na hora que quiserem – cutucou.

Matéria completa no Jornal do Brasil

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Mendes: país precisa seguir "sem aventuras"

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, disse ontem que a possibilidade de um terceiro mandato para prefeitos, governadores ou o presidente é incompatível com o princípio democrático ou republicano. Na avaliação de Mendes, os "20 anos de normalidade constitucional" do Brasil se deve à alternância de poder e à "observância de freios e contrapesos que a democracia constitucional impõe".

– Daqui a pouco alguém pode colocar a proposta de um quarto mandato, de um quinto ou de um sexto mandato, nós temos essa tradição na América Latina – afirmou Mendes, em São Paulo. O presidente do STF disse que a PEC reapresentada pelo deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) faz parte da atividade política, pois o Congresso Nacional trabalha com "determinadas possibilidades". Porém, Mendes refutou o argumento de que o terceiro mandato só será possível por meio da eleição. – O argumento de voto e da eleição é um elemento importante mas não definidor essencial da democracia constitucional.

O presidente do STF disse ainda que concorda com a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o terceiro mandato – de que "não se brinca" com a democracia. Segundo Mendes, o Brasil deve prosseguir com seu modelo "poliárquico" de Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

– Não me cabe avaliar nem emitir juízo sobre posição do presidente da República. Ele tem dito inclusive que não se brinca com a democracia. E eu também acho que não se brinca com a democracia. (...) É esse modelo poliárquico que dá solidez à nossa democracia e que nos permite inclusive quando um Poder falta, falha, que haja as devidas correções. Nós precisamos prosseguir nessa experiência bem sucedida, sem aventuras – completou.

Matéria completa no Jornal do Brasil

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Lula e o PT em caminhos cruzados

Villas-Bôas Corrêa – Jornal do Brasil

Em política, a desculpa da coincidência geralmente esconde o arrependimento da atitude estabanada ou a tentativa de dissimular a crise miúda dos interesses. Agora, por exemplo, é curiosa a birra do PT com o presidente Lula, o notório dono da legenda que sem ele não existiria e talvez nem sobreviva. Mas não é por simples acaso que o PT entrou com 32 assinaturas de deputados na jogada patrocinada pelos insaciáveis aliados do PMDB para ressuscitar a proposta de emenda constitucional que escancara a porteira do terceiro mandato consecutivo para o presidente da República, governadores e prefeitos. O seu autor é o mesmo deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) que insiste em reabrir a brecha para escapar do esconderijo do anonimato.

E deve estar mergulhado numa banheira morna e com água cheirosa. Merece: a primeira emenda morreu na praia com a retirada de assinaturas de arrependidos e cautos. O autor voltou à colheita dos jamegões de deputados e chegou a 182, 11 a mais das 171 necessárias.

O repeteco não parece ter fôlego para ir longe. É mais uma cutucada no presidente para adverti-lo da necessidade de atender aos pedidos dos aliados, que só pensam na reeleição para garantir mais quatro anos de um dos melhores empregos do mundo.

Certamente o presidente não recuará, sob pena de liquidar com a sua credibilidade. No seu penúltimo giro pelo mundo e na última excursão pela América Latina, aproveitou uma entrevista a um grupo de repórteres para reiterar, em termos que não admitem recuo, que "não é, nem será candidato a um terceiro mandato". E lembrou a sua enfática declaração que correu o país que "não se brinca com a democracia". Na gangorra da calamidade que assola o Norte, Nordeste e o Sul das enchentes que inundam municípios, com milhares de desabrigados que só saltaram a vida e perderam tudo mais, inclusive parentes e a sua consolidada popularidade internacional, a insolência de petistas já recebeu a resposta indireta.

Mostrando que manda quem pode, Lula comunicou ao presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP) que não vai liberar o seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, para presidir o partido a partir de novembro. E, na mesma toada, indicou o ex-senador sergipano José Eduardo Dutra para substituir o atual presidente, que não pode mais ser reeleito. A decisão deve ser referendada neste fim de semana, em São Paulo, no seminário da corrente com o tonitruante nome de Construindo um Novo Brasil.

Não se deve esperar maiores danos, além de alguns arranhões, com a crise que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, vinha cultivando com a bancada ruralista e demais interessados no desmatamento para a formação de pastos para a criação de gado. Lula teve uma conversa dura com o ministro Carlos Minc, mas decidiu mantê-lo no cargo, devidamente enquadrado, sem recuar das suas posições. É briga que rola há dezenas de anos e que continuará enquanto tiver uma moita de capim na região amazônica. Lula assinou o manifesto do movimento Amazônia para Sempre, encabeçado pelos atores Vitor Fasano e Christinane Torloni, que defende o fim do desmatamento na imensa região. E ficou bem com os dois lados.

A ministra Dilma Rousseff, candidata escolhida e lançada por Lula para substituí-lo nas eleições de 5 de outubro de 2010, embora em posição consolidada, foi mais a ser beneficiada pelo enquadramento do PT. A candidata está na metade das sessões de quimioterapia para a cura do câncer linfático, detectado a tempo. Esta semana submeteu-se à terceira sessão de fisioterapia. E em meio ao tratamento com 90% de probabilidade de cura, os novos rebeldes mansos do PT cometeram a indelicadeza de ressuscitar a especulação sobre o terceiro mandato de Lula.

A desenganada reforma política é que parece não ter salvação. O que é a melhor das saídas no momento, pois é evidente que o pior Congresso de todos os tempos não tem autoridade para uma reforma para valer, que começasse por acabar com as mordomias escandalosas, com as vantagens, muambas e mutretas que a cada reforma encontram saídas para driblar os cortes e a mágica para transformá-los em novas regalias. Transferida para este mês, a esquálida reforma deve ficar reduzida a miudezas, ficando o financiamento público das campanhas e a extravagante votação em lista para outra oportunidade. No dia de são nunca.

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Oposição quer indicar relator do PT para a emenda

A emenda do terceiro mandato já está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Uma das estratégias da oposição, com apoio de setores do PMDB, é indicar um relator do PT, a fim de deixar toda a responsabilidade para o partido de Lula. O DEM, que retirou a assinatura de dois de seus deputados do projeto, quer que os governistas digam se há ou não intenção de aprovar o projeto.

- PMDB e PT estão traindo a candidatura Dilma (Rousseff); ela está sendo cristianizada. E até a indignação do presidente Lula com a proposta já está pela metade - disse o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO).

Apesar de o líder Cândido Vaccarezza (SP) repetir que o PT é contra a proposta, foram 34 as assinaturas petistas, inclusive a

do secretário-geral do partido, José Eduardo Cardozo (SP). Autor do projeto, Jackson Barreto alimenta a polêmica:

- A proposta recrudesceu forte com as pesquisas sobre o grau de força do presidente Lula. E o presidente já disse que ficava muito feliz com as manifestações em favor do governo.

Regimentalmente, a emenda tem cinco sessões ordinárias para ser analisada na CCJ, mas os prazos raramente são cumpridos.

Depois, passa a uma comissão especial, que tem até 40 sessões para debater. E só então vai ao plenário, onde precisa ser aprovada em dois turnos, por pelo menos três quintos dos votos (308 dos 513). No Senado, a CCJ tem 30 dias para analisar uma emenda, e depois ela vai ao plenário. A aprovação final precisa dos votos de pelo menos 47 senadores, em dois turnos.

Matéria completa para assinantes de O Globo

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Lula minimiza projeto de terceiro mandato

A TARDE

O presidente Lula minimizou ontem a proposta de emenda à Constituição que lhe permitiria concorrer a um terceiro mandato. Apesar de dizer que tem uma "posição definitiva" contra a ideia, Lula ressaltou que o projeto ainda não foi votado pelo Congresso.

- Acho engraçado o nervosismo da oposição com essa hipótese, até porque o Congresso não está propondo o terceiro mandato, está propondo um referendo. E as pessoas podem derrotar o referendo se quiserem - disse, após cerimônia de assinatura do decreto que cria a reserva de Cassurubá, em Caravelas (a 856 km de Salvador). - Essa não é uma discussão que me diz respeito. Já cumpri minha função. Falta um ano e meio para terminar meu mandato.

No fim do seu discurso, quando foi saudado pela população com gritos de "mais quatro", em sugestão a um terceiro mandato,

Lula desconversou:

- No momento certo de conversar de política, nós vamos conversar de política. Apresentada pelo deputado Jackson Barreto (PMDB-SE), a proposta que permite mais de uma reeleição em sequência para prefeitos, governadores e presidente está tramitando na Câmara desde ontem, com o apoio de 176 deputados - cinco a mais do que o mínimo exigido. A emenda prevê a realização, em setembro deste ano, de um referendo popular para confirmar seus efeitos.

Apesar do discurso contrário das cúpulas, PMDB e PT foram responsáveis por 84 das 176 assinaturas do requerimento, com 50 e 34, respectivamente.

- Vou conversar com a base, porque não vejo sentido em discutir o terceiro mandato. Não preciso mudar de opinião (por causa da emenda), porque tenho uma posição definitiva. Acho que o Brasil tem pouco tempo de democracia, e alternância de poder é importante. E eu já fui presidente por oito anos (sic) - disse Lula.

Ainda sobre a sucessão de 2010, o presidente aconselhou à população: - A única coisa que peço é que vocês tomem cuidado porque está chegando o ano eleitoral. E há pessoas que começam a aparecer na televisão como salvadores da pátria.

No início do discurso o presidente brincou, dizendo que percorreu de helicóptero o trecho entre Porto Seguro e Abrolhos "com um medo desgramado". E pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do vôo 447 da Air France.

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Oposição reage à emenda que permite o 3º mandato a Lula

A oposição reagiu ontem à a apresentação de PEC (proposta de emenda constitucional) que possibilitaria um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dentro do PSDB, a reação teve tons distintos. Os dois principais nomes do partido para a eleição do ano que vem minimizaram o fato de a proposta ter sido protocolada, mas o presidente do partido, não.

"É uma questão fora do lugar e que não vai prosperar. Não é uma questão principal", afirmou o governador de São Paulo, José Serra, hoje o líder nas pesquisas para suceder Lula.

Ele estava ao lado do governador mineiro, Aécio Neves, em evento do PSDB no Paraná. "Não há tempo hábil nem mobilização política efetiva, séria, do governo. Não é algo que deva nos preocupar", disse Aécio.

Com a reação de seus pré-candidatos, o PSDB tenta neutralizar o impacto da notícia entre potenciais aliados.

Mas o presidente do partido, Sergio Guerra (PE), disse crer que essa seja a estratégia do PT. Se frustrada a candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), "a alternativa não é Palocci nem Patrus Ananias, mas o golpe do terceiro mandato". "Isso está sendo desenvolvido. Não é geração espontânea."

A PEC do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE) começou a tramitar ontem, depois de ser apresentada pela segunda vez. Na semana passada, ele já havia protocolado o mesmo texto, devolvido depois que vários deputados tiraram as assinaturas.

O peemedebista aproveitou as assinaturas dos deputados que não desistiram da ideia e conseguiu novas. Ele reapresentou a PEC anteontem com 176 nomes (o mínimo são 171).

No PSDB, o medo é que a possibilidade de Lula concorrer novamente congele a montagem de palanques com tucanos. Para o presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia (RJ), o governo tenta reverter o cenário nebuloso provocado pelo anúncio da doença de Dilma.

Antes sob tensão, os aliados de Lula ficam atraídos pela ideia de um terceiro mandato. Já o presidente do PPS, Roberto Freire (PE), disse não acreditar que a medida tenha inspiração de Lula. Mas afirmou: "Ovo de serpente é bom matar antes que a serpente nasça".

Em Brasília, o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), entrou com recurso para que a PEC seja arquivada. Ele alega que o deputado não poderia reapresentar assinaturas colhidas na primeira PEC.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e a área jurídica entendem que o regimento garante ao deputado a possibilidade de reaproveitar as assinaturas do primeiro texto. Por isso, o recurso do DEM não deve ser acatado.

A proposta prevê um referendo, no segundo domingo de setembro de 2009, para ouvir a população sobre o terceiro mandato para governadores, prefeitos e presidentes.

Reunidos em Foz do Iguaçu (PR) para um seminário sobre o agronegócio, a oposição manifestou apreensão quanto à indefinição do candidato e quanto à desmobilização para a campanha. Dividido sobre qual o nome ideal -Aécio e Serra- o DEM lamenta que os três partidos não tenham um discurso mais enfático de oposição.

Ao discursar ontem, Serra fez duras críticas ao governo federal. Sobre o agronegócio, afirmou: "Não é chamando produtor de vigarista que chegamos à paz no campo. Isso é falta de proposta para o setor".

Antes do discurso, Serra disse que a movimentação do adversário não deve ditar o ritmo do PSDB. Para ele, não ganha a eleição aquele "que sai na frente". "Graças a Deus, campanha não é gincana.

Matéria completa para assinantes da Folha de São Paulo

FONTE: NE NOTÍCIAS

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