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quarta-feira, 10 de junho de 2009

MP das Dívidas dos Municípios só depende agora de sanção

Rodolto Stuckert

O deputado Tadeu Filippelli apresentou parecer em Plenário sobre as emendas.

Deputados concluíram, nesta terça-feira, a análise das emendas do Senado ao texto da medida provisória, que já havia passado pela Câmara. Prefeituras terão até 20 anos para pagar dívidas com a Previdência.
O Plenário concluiu a votação da Medida Provisória 457/09, ao aprovar dez das doze emendas do Senado ao texto da Câmara. A MP permite que as prefeituras parcelem, em até 20 anos, as suas dívidas vencidas até 31 de janeiro de 2009 com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O benefício vale também para as autarquias e fundações municipais. A matéria será enviada a sanção presidencial.
A principal mudança feita pela relatora, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), foi a aplicação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para corrigir a dívida, em vez da taxa Selic, defendida pelo governo. Como a referência à TJLP fica isoladamente em um parágrafo, isso permitirá ao presidente da República vetar esse item, se quiser, sem prejudicar as regras gerais do parcelamento.
Na sessão de hoje, Rose de Freitas foi substituída em Plenário pelo deputado Tadeu Filippelli (PDMB-DF).
O parcelamento pelas regras da MP inclui os débitos originários das contribuições sociais, os correspondentes a obrigações acessórias, os inscritos ou não na dívida ativa da União e os que tenham sido objetos de parcelamentos anteriores, ainda que não integralmente quitados ou cancelados por falta de pagamento.
Multas reduzidas
A principal emenda aprovada pelo Plenário restabelece a possibilidade de haver parcelamento em menos de 20 anos, contrariamente ao texto da Câmara, que havia fixado esse prazo como único.
A emenda impõe, entretanto, um prazo mínimo de dez anos, maior que o de 5 anos previsto pela relatora e aprovado pelo Plenário na primeira passagem do texto pela Casa. Deve ser observado, também, o piso de 1,5% da média mensal da receita corrente líquida do município para cada prestação.
As dívidas referentes a descontos dos salários dos trabalhadores (cujo recolhimento era de responsabilidade dos municípios) poderão ser parceladas em cinco anos.
Em ambos os tipos de parcelamento, haverá redução de 100% das multas e de 50% dos juros de mora, como já havia ocorrido com o parcelamento de dívidas de empresas privadas tratado pela MP 449/08.
Carência
O texto aprovado da MP também estabelece uma carência para as prefeituras começarem a pagar as prestações. As cidades com até 50 mil habitantes terão seis meses de carência, contados da data do pedido. Aquelas com mais de 50 mil terão três meses.
Os municípios terão até o último dia útil do segundo mês após a publicação da futura lei para aderir ao refinanciamento. Depois disso, a União não poderá reter valores das suas transferências aos municípios para garantir o pagamento de parcelamentos anteriores abrangidos pela MP.
Para viabilizar o recebimento de recursos federais destinados a ações de assistência social, educação e saúde, e em caso de calamidade pública, a MP dispensa a apresentação de certidão negativa de débitos pelas prefeituras.
Fundo
O texto final aprovado permite, aos municípios, parcelarem os débitos que devem ser pagos com retenção automática do dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O Plenário rejeitou emenda do Senado que retirava essa permissão. A retenção dos recursos e o parcelamento à qual é vinculada são disciplinados pela Lei 9.639/98.
A redação original da MP proibia a inclusão desses débitos no novo parcelamento, mas a deputada Rose de Freitas explicou que alguns municípios conseguiram diminuir temporariamente, na Justiça, os percentuais retidos do fundo para o pagamento da dívida. Como o governo teve sucesso na cassação das liminares, esses valores não pagos ficaram fora do parcelamento original.

Reportagem - Eduardo Piovesan
Edição - João Pitella Junior

(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')
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