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Aracaju (4 jun) - As associações de policiais militares repudiaram o reajuste salarial concedido pelo governador Marcelo Déda à categoria. Nesta quinta-feira, 4, os militares organizaram um ato em frente à Assembleia Legislativa e pediram apoio aos deputados. No início da manhã, em entrevista a uma rádio local, o presidente das Associações Unidas da Policia Militar (Assomise), Capitão PM Samuel Barreto, disse que a corporação não pode trabalhar sem condições adequadas e com o salário defasado.
"Nós agora vamos trabalhar rigorosamente dentro da lei. Se houver algum veículo em conservação ruim não vamos dirigir, se a habilitação do policial estiver vencida também não vamos dirigir a viatura, assim como se algum militar não tiver habilitação não vamos conduzir. Caso algum dirigente faça essa exigência vamos entrar na Justiça por acusação de assédio moral, porque isso é inadmissível", informou o capitão.
O militar informou na entrevista que a sociedade não vai ficar prejudicada. "Nós não vamos deixar de atender a sociedade, porque ela não tem culpa do impasse que está acontecendo. Agora, é importante ressaltar que os policiais estão bastante desmotivados. Vamos fazer exclusivamente o trabalho ostensivo como manda a lei. Nosso papel não é ficar nas delegacias como vem acontecendo e, sim, nas ruas buscando a proteção da sociedade. A partir de agora também vamos somente falar a verdade e expor à população a realidade da segurança pública", avisou o capitão.
Ainda de acordo com o Samuel Barreto, mais uma vez os policiais militares sairão prejudicados, já que o único benefício concedido à categoria foi a incorporação de 15% das gratificações. "Pelo que eu sei, o governador não concedeu o reajuste linear de 5,53%, apenas incorporou os 15% de gratificação. Isso deve representar apenas 1% de aumento real. A reação da tropa é de revolta, basta pegar o depoimento de qualquer militar. Mesmo assim não vamos permitir que os trabalhadores ajam com irregularidade. Somos contra o cometimento de irregularidades e deixar a população desguarnecida, agora trabalhar em condições precárias não vamos mais aceitar", declarou capitão Samuel.
"Por diversas vezes tentamos negociar com o Governo do Estado, mas em momento algum conseguimos êxito, portanto, a partir de agora, não vamos mais abafar as mazelas que estão sendo feitas no estado de Sergipe, e vamos deixar a população informada de tudo que está acontecendo. Como disse, o que não vamos permitir é que os policiais sejam sacrificados como vem ocorrendo", reconheceu o presidente na entrevista à Rede Ilha.
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quinta-feira, 4 de junho de 2009
Policiais militares fazem protesto contra aumento salarial
Postado por Genil Bezerra às 20:02
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