Criei esse Blog “Uma outra versão!” num momento muito delicado da atual administração e tive um propósito de fazê-lo por perceber que não era mais possível observar passivamente o massacre que se estabeleceu sobre a atual gestão.
A primeira greve que o magistério municipal realizou foi ainda em 1991, sem a existência de qualquer sindicato, ou seja, foi um movimento dos próprios professores sem nenhum aparato institucional. Logo após o movimento recebemos o convite da professora Judite Rabelo, que representava o SINTESE na base estadual, para que nós nos filiássemos e criássemos uma Delegacia Sindical do SINTESE.
Passamos a compor o SINTESE, antes da chegada do atual grupo que o comanda. Isso porque o SINTESE era um aparelho comandado pelo PC do B, e o PT estava brigando pelo seu comando. Vivenciamos de perto esse processo de mudança.
Nossa atuação sindical sempre foi pautada pela autonomia e jamais ninguém da direção nos “teleguiou”, até porque só quem mora no município pode avaliar com clareza o que realmente está acontecendo. Existem muitas variáveis a serem consideradas antes de tomar uma decisão importante como optar pela greve. Vários movimentos sem uma prévia análise conjuntural, provocaram a derrota e o retrocesso de várias correntes progressistas no Brasil, principalmente no campo político.
Por esse motivo, acho inadequado o julgamento prévio feito por Joel Almeida sobre a administração municipal.
Minha decisão de criar o Blog “Uma outra versão!” é tentar soar um grito, num imenso mar de ruídos, onde reina as mentiras, difamações, engodos, intenções espúrias. Já nos primeiros meses observei o quanto eram injustos os julgamentos, as cobranças, e as difamações formuladas à administração e principalmente ao Prefeito.
Eu sei que o fracasso de Denisson interessa a alguns políticos simãodienses. Não poderíamos esperar algo diferente, pois Denisson é um homem do povo, trabalhador, professor. Só não sabia que interessava também ao SINTESE.
Quanto à “Mudança de rumo!”, proposta pelo Joel, presidente do SINTESE, teve inicio em 01 de janeiro de 2009. Só não vê quem não quer! Se optássemos por não mudar os rumos teríamos uma administração plenamente confortável. Joel fala de coisas que desconhece!
Temos um prefeito que é criticado por fazer licitações, ou porque não gasta grandes somas com bandas e festas, ou porque não mantém com favores o grupo político ao qual faz parte, etc.
E a direção do SINTESE se acha no direito de nos julgar com base em análises e argumentos superficiais. Já nos chamaram de companheiros e agora acham que mudamos de lado.
Acho que ao invés de nos criticar poderiam ser solidário diante das dificuldades e contradições que estamos enfrentando. Por que é isso que espera de um amigo e companheiro. Só fomos os bons amigos quando ajudamos a criar o nome e a importância que SINTESE tem hoje? Só fomos o bons amigos quando dispusemos do nosso trabalho e do nosso esforço na luta do magistério?
Os longos textos que tenho publicado são esclarecimentos e defesas de ataques constantes que temos sofrido. As faixas na cidade, manifestações e ocupações de prédios públicos são o quê? Elogios? Só me manifestei após perceber que o diálogo estava encerrado. Quem provocou o fim do diálogo?
Conheço todos os membros da comissão de negociação e tenho por eles amizade. Não sei como ficará essa relação após o movimento, pois acho extremamente agressivo a forma como somos tratados pelos líderes da greve, nos chamando publicamente de mentirosos. Infelizmente estamos cumprindo papéis sociais diferentes, e que exige posturas diferentes. Eles sabem que a lei de responsabilidade fiscal é um impedimento. Tudo que eles querem é um culpado para essa situação. Sabem que não somos nós. Mas, nós por uma questão de coerência optamos por não julgar e culpar ninguém. Se há justiça nesse País ela será feita, cedo ou tarde. Se não há! Paciência! Faremos o nosso melhor!
Só tivemos seis meses de administração e poucas alegrias. Muitas coisas boas estão por vir, pois não mudamos de lado, opinião e ideologia. Temos que trilhar caminhos tortuosos com sabedoria. Quando encontro alguém que deseja me tornar o pior dos mortais, reflito o quanto já sofri e como foi difícil chegar aqui. Outros já tentaram e não tiveram êxito. Não autorizo ninguém a me destruir. Sei de onde vim e para onde vou.
Não vou parar de escrever o que penso! Tenho pleno direito de me expressar!
Quanto aos companheiros do magistério que já declararam solidariedade a nós e compreendem o momento que estamos passando, o meu muito obrigado! Isso tudo irá passar e com certeza teremos grandes conquistas para comemorar. E não me esquecerei de vocês! Fazemos parte do magistério e não precisamos que nos digam o que fazer. Obrigado pela força! E muita força também!
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