Com uma das menores remunerações da categoria jurídica brasileira, os defensores públicos de Sergipe lutam por melhores vencimentos. Com o tema ‘Sem Defensoria não há cidadania’, a Associação dos Defensores Públicos do Estado de Sergipe (ADPESE) deu o pontapé inicial da campanha de valorização salarial em um seminário realizado na manhã de segunda, 3.
Marcaram presença no evento a defensora pública geral da Bahia, Tereza Cristina Almeida Ferreira, e a vice-presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), Mariana Lobo Botelho. As duas vieram a Aracaju tornar público o apoio à categoria.
“Em Sergipe a situação está complicada. Temos um defensor para cada grupo de 19 mil habitantes quando o ideal seria um profissional para cada 10 mil sergipanos. A desvalorização também é percebida no repasse de verbas: 75% delas vão para o Judiciário, 25% para o Ministério Público e apenas 3% para a defensoria”, conta Mariana.
Segundo a presidente da ADPESE, Ana Paula Gomes Santos, não há defensoria eficiente se não há remuneração adequada. Devido ao salário defasado, de aproximadamente R$ 5 mil, o terceiro menos do país, o quadro de defensores em Sergipe possui apenas 100 profissionais quando deveria haver 130.
Mas para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE), Henri Clay Andrade, o número ideal deveria saltar de 130 para 200. “Há 41 municípios no estado que não possui defensor e isso precisa mudar”, conta Henri Clay, que defende também a autonomia financeira da entidade.
A associação defende uma equiparação salarial em relação aos procuradores do estado e provocam o poder público estadual através de uma campanha publicitária que veicula a seguinte mensagem: ‘No Governo “de todos” quem defende o Estado ganha quatro vezes mais do que quem defende o povo. Por que o povo vale tão pouco, Governador?’.
Por Glauco Vinícius
Fonte: Infonet Notícias
0 comentários:
Postar um comentário