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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Defensores de SE têm 3º menor salário do país

Com uma das menores remunerações da categoria jurídica brasileira, os defensores públicos de Sergipe lutam por melhores vencimentos. Com o tema ‘Sem Defensoria não há cidadania’, a Associação dos Defensores Públicos do Estado de Sergipe (ADPESE) deu o pontapé inicial da campanha de valorização salarial em um seminário realizado na manhã de segunda, 3.

Marcaram presença no evento a defensora pública geral da Bahia, Tereza Cristina Almeida Ferreira, e a vice-presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), Mariana Lobo Botelho. As duas vieram a Aracaju tornar público o apoio à categoria.

“Em Sergipe a situação está complicada. Temos um defensor para cada grupo de 19 mil habitantes quando o ideal seria um profissional para cada 10 mil sergipanos. A desvalorização também é percebida no repasse de verbas: 75% delas vão para o Judiciário, 25% para o Ministério Público e apenas 3% para a defensoria”, conta Mariana.

Segundo a presidente da ADPESE, Ana Paula Gomes Santos, não há defensoria eficiente se não há remuneração adequada. Devido ao salário defasado, de aproximadamente R$ 5 mil, o terceiro menos do país, o quadro de defensores em Sergipe possui apenas 100 profissionais quando deveria haver 130.

Mas para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE), Henri Clay Andrade, o número ideal deveria saltar de 130 para 200. “Há 41 municípios no estado que não possui defensor e isso precisa mudar”, conta Henri Clay, que defende também a autonomia financeira da entidade.

A associação defende uma equiparação salarial em relação aos procuradores do estado e provocam o poder público estadual através de uma campanha publicitária que veicula a seguinte mensagem: ‘No Governo “de todos” quem defende o Estado ganha quatro vezes mais do que quem defende o povo. Por que o povo vale tão pouco, Governador?’.

Por Glauco Vinícius

Fonte: Infonet Notícias

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