GESSIMARIO diz:
18/03/2009
Caro Lauro Natalino Lustosa de Aragão Neto,
Você fala uma quantidade tão grande de asneiras que fica cansativo discutir. Só falta você dizer que Lula inventou o Brasil, e que nos 502 anos anteriores fomos governados pela elite européia reacionária. Chega de retórica. Se você quiser realmente acrecitar nestas coisas, que continue, mas não queira deturpar os fatos.
- Se as privatizações foram tão ruins assim, por que o governo Lula, não reestatizou aquelas empresas?
- E daí que a Vale seja presidida por uma pessoa de sobrenome Agnelli??? Seria diferente se fosse você o presidente??? Ela hoje gera mais empregos, paga mais impostos e contribuiu com mais riquezas para o país.
-O BC tem feito um bom trabalho no sentido de controlar a inflação e assim assegurar um crescimento econômico sustentável. A taxa de juros real no Brasil (Selic menos a inflação) é ajustada conforme a nescessidade. Portanto, Lula não tem nada haver com isto. Então me diga por que Lula, no primeiro dia de mandato, não baixou uma medida reduzindo a Selic para o valor que você queria???
- A "mídia" não gera os fatos. Ela apenas os publica. Você acredita no que lê, vê e ouve se quiser. Portanto, só os bobos ficam culpando a 'mídia". Você acha que a atual crise no Brasil é culpa da Globo ou da Folha???
- O mundo está em recessão. O PIB brasileiro com sorte crescerá um pouco, isto se não cair. Será que é incompetência do governo??? Claro que não. O Estado não gera um centavo de riqueza. Você sabia disto???Quem gera riqueza são as empresas. As empresas brasileiras se fortaleceram neste período graças a continuidade do governo "neo-liberal" de FHC. Por que será que Lula não abdicou destas políticas neo-liberais???
Espero de você mais sugestões para solucionar os problemas que atingem o Brasil e menos retórica.
Lauro Natalino Lustosa de Aragão Neto diz:
18/03/2009
a continuação.....
Nenhum governo na historia do Brasil, teve a mídia tão a seu favor quanto FHC, visto que nos dois mandatos ele realizou uma extraordinária obra de demolição. Vale a pena relembrar algumas das passagens de um governo que deixou uma pesada herança para Lula.
A taxa média de crescimento da economia brasileira, ao longo do governo tucano, foi a pior da história, em torno de 2,4%, pior que a taxa média da chamada década perdida, dos anos 80, que girou em torno de 3,2%. No período tucano, o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi dilapidado de forma criminosa na calada da noite. Na prática o que todos assistimos, foi um crescimento extraordinário da dívida pública. A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões para R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa dobrava seu valor.
Vimos no setor elétrico a parceria entre as elétricas privatizadas e o governo gerar uma aguda crise no setor, provocando um longo racionamento, para compensar o prejuízo que sua irresponsabilidade gerou ao povo, o governo premiou as elétricas com sobretaxas e um programa de energia emergencial. Ou seja, os capitais internacionais não vieram e a incompetência da privataria foi financiada pelo povo brasileiro.
Abaixo um itinerário com 45 pontos, das ações e omissões promovidas pelo governo FHC, e serve como ajuda à memória e antídoto contra a amnésia. Mostra que a obra de destruição realizada por FHC não pode ser fruto do acaso. Ela só pode ser fruto de um planejamento meticuloso.
1 - Conivência com a corrupção, 2 - O escândalo do Sivam, 3 - A farra do Proer, 4 - Caixa-dois de campanhas, 5 - Propina na privatização, 6 - A emenda da reeleição, 7 - Grampos telefônicos, 8 - TRT paulista
9 - Os ralos do DNER, 10 - O "caladão", 11 - Desvalorização do real, 12 - O caso Marka/FonteCindam, 13 - Base de Alcântara, 14 - Biopirataria oficial, 15 - O fiasco dos 500 anos, 16 - Eduardo Jorge, um personagem suspeito, 17 - Drible na reforma tributária, 18 - Rombo transamazônico na Sudam, 19 - Os desvios na Sudene, 20 - Calote no Fundef, 21 - Abuso de MPs, 22 - Acidentes na Petrobras, 23 - Apoio a Fujimori, 24 - Desmatamento na Amazônia, 25 – Os computadores do FUST
26 - Arapongagem, 27 - O esquema do FAT, 28 - Mudanças na CLT, 29 - Obras irregulares, 30 - Explosão da dívida pública, 31 - Avanço da dengue
32 – Verbas do BNDES, 33 - Crescimento pífio do PIB
34 – Renúncias no Senado, 35 - Racionamento de energia, 36 - Assalto ao bolso do consumidor, 37 – Explosão da violência, 38 – A falácia da Reforma agrária, 39 - Subserviência internacional, 40 – Renda em queda e desemprego em alta, 41 - Relações perigosas, 42 – Violação aos direitos humanos, 43 – Correção da tabela do IR, 44 – Intervenção na Previ, 45 – Barbeiragens do Banco Central.
Lauro Natalino Lustosa de Aragão Neto diz:
18/03/2009
Gessimario,
Acredito que você viveu outra época, não a de fhc, pois no seu governo, o BC elevou a taxa de juros a casa dos 45% a.a. Isso é fato, Ele entregou o governo a Lula, com os juros em 26,5% a.a. sem um dolar em caixa. Isso também é fato. Não existia política de credito no governo citado acima. As privatizações trouxeram prejuzos incalculáveis para o país, pois alegando déficite nas estatais. o governo saneou suas supostas dividas com dinheiro público. Assim fica fácil para qualquer um adquirir um bem extremamente valioso.
O presidente da VALE, por exemplo, antiga COMPANHIA VALE DO RIO DOCE, doada por fhc a grupos estrangeiros, agora quer dinheiro do governo para "superar as dificuldades", quais? Quer reduzir os direitos trabalhistas e de quebra está transferindo a sede da empresa para um país da Europa. O senhor presidente em questão chama-se Agnelli, e pode ser encontrado em qualquer lista de qualquer festa que tenha acontecido durante o período "iluminado" de Benito Mussolini, o verdadeiro e original, pois Sílvio Berlusconi. é imitação.
"Não pergunte o que a pátria pode fazer por você. Pergunte o que ela pode fazer por mim." – Fernando Henrique Cardoso, cognominado FHC, superlativo de PhD”
Em nada o governo de fhc melhorou a vida dos trabalhadores brasileiros, ao contrário. Em 1996 na greve da Petrobras, ele deu ordens para que o exercitio ocupasse as refinarias. Feito. Começava ali, a tentativa de expropria do Brasil e dos brasileiros a Petrobras.
Em seu desgoverno, a Polícia Federal foi transformada em mera batedora de carimbro para turistas. O Ministerio Público Federal perdeu a autonomia para investigar casos de corrupção, pois todos foram engavetados por Geraldo Brindeiro, com a conivência da imprensa venal brasileira, e assim esconder da população a farra dos lotes de vagabundos.
Em oito anos de desgoverno, bastava um país qualquer espirrar que ele corria com o pires a pedir dinheiro ao FMI. Dessa forma é facil manter as contas equilibradas.
continua.....
luiz pinheiro diz:
18/03/2009
Fábio Passos:
Acho que voce é que está gastando cerebelo de menos. Você ve as coisas muito no branco-preto, bom-ruim, esquerda-direita. A realidade, no entanto, costuma ser um pouco mais complexa.
A agricultura familiar por acaso não foi privilegiada? Qual é a sua avaliação da política do Lula para a agricultura familiar? O governo Lula é de direita porque não extinguiu o agronegócio? O que voce esperava? Que todas as fazendas do país fossem expropriadas? Voce ainda não percebeu que o numero de famílias sem terra diminuiu?
A reforma agrária não parou. Recomendo, a respeito, ler aqui mesmo na Carta Maior a entrevista do ministro Cassel, que está longe de ser de direita.
Vou poupar meu cerebelo. Quero acrescentar só uma coisa que acho muito importante: estes 84% de aprovação foram alcançados com esta política que o governo está desenvolvendo. A aprovação ao Lula é justamente porque ele faz o que faz. E, veja bem, esses 84% constituem, de longe, disparado, o maior capital política que a esquerda brasileira reuniu ao longo de sua história. É um capital de esquerda, não de direita, e permite vislumbrar um futuro extraordinário para o Brasil. Se, é claro, nossa esquerda tiver a inteligência política de aproveitá-lo bem.
GESSIMARIO diz:
18/03/2009
Francamente professor Emir,
O senhor não deveria deixar que seu blog fosse rebaixado ao ponto de duas pessoas ficarem postando discussões pessoais sobre quem bebe cerveja ou quem paga a conta da mesma. Pensei que este fosse um blog sério! Mas vejo que também é um espaço onde qualquer um pode escrever as baixarias que quiser. É uma pena e também um desperdício de dinheiro dos patrocinadores.
Roberto diz:
18/03/2009
O governo FHC foi tão medíocre, mais tão medíocre, que o Gov Lula avançou em todas as áreas... até projetos que eram tucanos, como as malditas reformas do Sr Bresser Pereira, o Lula aprofundou e fez melhor (quer dizer, pior, pois o pior era o melhor)
Ricardo diz:
18/03/2009
Será que tenho mesmo, Luiz Pinheiro? De qualquer forma, aposto que as cervejas seriam pagas com dinheiro proveniente dos cofres públicos, não? Acho que sei por qual tipo de trabalho vc é remunerado...
junior diz:
17/03/2009
se a petrobras precisa de uma plataforma fhc mandava comprar onde for mais barato(mercado)...Lula sabiamente prefere construir aqui no Brasil, gerando emprego e renda aqui e produz conhecimento e tecnologia e logo estamos exportando plataformas. simples
Felipe Liberal diz:
17/03/2009
Olá Emir
Vou colocar aqui 1 grande diferença e 1 grande semelhança entre os governos:
Semelhança: O Brasil continua com pensamentos imperialistas dentro da América Latina, ao invés de ratificar uma integração regional legítima.
Diferença: O Brasil abriu as portas para novos rumos de comércio exterior, diversificando as rotas, ficando de certa forma, um pouco mais imune à quebradeiras econômicas e trazendo uma estabilidade maior para a economia trabalhar um pouco mais agregado ao social. Sempre bom lembrar também, o freio nas privatizações.
Raymundo De Paschoal diz:
17/03/2009
A discussão parece de torcidas de futebol, cada parte ressaltando as qualidades e defeitos da outra. A ditadura militar (1964), fez a lição de casa durante os anos que durou atrelando a economia brasileira à economia mundial. Jânio Quadros, embora odiado pela esquerda e tido como direita tentou uma terceira fôrça para sair do dilema de então (Estados Unidosx União Soviética) - disse ao embaixador dos Estados Unidos : "não ponham a mão em Cuba" e acabou saindo rapidinho. Jango, talvez então, tentou alguma saída com propostas de reformas, inlcuindo a agrária.Também saiu rapidinho. E antes, Juscelino, embora leniente com a inflação, chegou a romper com o FMI, mas sua grande obra foi a viabilizaçãoda indústria automobilistica, sem dúvida um enclave importante de um segmento de interesse da economia globalizada. Os três citados ainda eram remnescentes de um certo getulismo nacionalista.
Nossos "camaradas" da União Soviética, confundindo o Partido do poder com o governo, acabaram detonando um provável socialismo- o PT (não o Lula) é de se perceber, também confunde. Enquanto a União Soviética teve um certo sucesso, criando um polo de interesse a se confrontar com o capitalismo (principalmente dos EUA), havia espaço político para outras forças não alinhadas no dilema. Hoje, vencendo a globalização da economia, seja o Governo Lula, Fernando Henrique e outros governos do mundo, o que é buscado é o ajuste entre as economias àquela globalização. O resto são pequenas nuances de um ou tro, nada importantes, da economia interna dos países. Restam, comos tarefas decorrentes, a tese de incorporação da massa pobre na sociedade de consumo. Daí os programas de casa própria -o Lula anuncia um milhão de casas, urbanização de favelas, políticas de saúde - SUS e Genéricos do FHC, afinal é o que dá para fazer. São mudanças quantitativas; estamos à espera das qualitativas.
GESSIMARIO diz:
17/03/2009
Fazer comparações entre governos faz sentido quando se busca determinar objetivos visando melhorar uma atual circunstância. Portanto, perguntar em que o atual governo se assemelha ao anterior não tem o menor sentido e não produz praticamente nada de valor, a menos que o que se queira seja inflamar uma discussão sobre preferências políticas. No governo FHC várias empresas foram privatizadas, o câmbio foi liberado, as metas de inflação foram implantadas, o superávit primário tornou possível pagar a dívida externa e o Banco Central foi gerido de forma responsável. Estas e outras medidas permitiram que o país, num cenário internacional em que a economia capitalista apresentou grande crescimento, tivesse milhares de pobres migrando para uma situação melhor. O governo Lula foi sábio em preservar estas medidas e colheu bons frutos (o que explica em sua maior parte a sua extraordinária popularidade). Entretanto o governo Lula fracassou, nas áreas de segurança pública, educação, saúde e principalmente no combate a corrupção. Enfim, se tivermos de comparar alguma coisa, que comparemos a nossa situação atual com o que dá certo no resto do mundo. Precisamos nos balizar nos governos que melhoraram a educação, a saúde, a previdência, resolveram os problemas de criminalidade e obtiveram os melhores resultados no combate a corrupção. Que o próximo governo consiga fazer algo realmente inovador e que solucione os problemas que ainda afligem os brasileiros.
luiz pinheiro diz:
17/03/2009
Modéstia sua, Ricardo. Com certeza voce tem mais tempo para tomar cerveja do que eu.
sergio diz:
17/03/2009
Resumindo ...
FHC DESGOVERNOU O BRASIL (não por incompetência mas por opção (má fé)) para favorecer os NÃO brasileiros.
LULA GOVERNA O BRASIL para os brasileiros.
Fabio Passos diz:
17/03/2009
Luiz Pinheiro,
Realmente não entendo porque você gasta tanto cerebelo prá defender políticas de direita.
O agribusiness foi privilegiado sim. O próprio ministro da agricultura no primeiro mandato era representande direto dos grandes negócios. As transnacionais deitam e rolam na produção de commodities para exportação, enquanto nas margens das rodovias, milhares de famílias penam sem terra para produzir alimentos... a reforma agrária parou. É fato.
Comunicações... todo mundo esperando ações concretas para democratizar a mídia. E o ministro das comunicações... é o ministro da globo!?!
Enfrentar interesses e perder não é vergonha.
Agora... nem tentar?
E isto com 84% de aprovação?
Não dá prá compor o tempo inteiro Luiz.
Tem de enfrentar os interesses.
E já passou da hora de um acerto de contas com esta diminuta minoria rica que mantém um asqueroso sistema de segregação social no Brasil.
Fabio Passos diz:
17/03/2009
direita fantasiada, não leve a mal a gozação.
É que pega mal se auto-intitular "esquerda pensante" e quando vamos ver... não é nem uma coisa nem outra.
Todo mundo flagra um cara de peruca...
Willian diz:
17/03/2009
FHC privatizou estatais para pagar a dívida do país, e elas aumentaram.
LULA não privatizou nada e pagou praticamente toda a dívida do país.
FHC dizia que as estatais davam prejuízo
LULA simplesmente demonstrou que estava faltando era competência do governo anterior para administrá-las, ou sabe-se lá o quê.
FHC péssimo administrador.
LULA excelente administrador.
PARA MIM É A PRINCIPAL DIFERENÇA
Fabio Passos diz:
17/03/2009
Esquerda farsante,
E não são só os R$22 Bilhões do BNDES não...
É uma aberração qualificar de "investimento privado" o restante do investimento em telefonia pós privatização, como se o aporte de investimento fosse realmente das cias.
O capital que você chama "investimento privado" é grana das taxas exorbitantes cobradas - indevidamente! - da população que faz uso do serviço.
Taxa. Altíssima. Paga indevidamente pelo povo... que foi quem realmente financiou a expansão do sistema.
A decisão de realizar a expansão da telefonia pela privataria foi política.
E este papo de "atividade que não é típica do Estado" é uma tremenda lorota.
Basta verificar a péssima qualidade dos serviços e seus preços exorbitantes para perceber o fracasso do modelo neoliberal.
É fundamental o Estado intervir para assegurar preço razoável e serviço de boa qualidade.
José Ayres Lopes diz:
17/03/2009
Infelizmente, este post não contribui para nada. Melhor seria se o Prof. Emir Sader analisasse a articulação da Direita (FHC, inclusive) para impedir a continuação de um governo de inclusão social e de distribuição de renda! Ou não está havendo uma articulação de Direita?
Lhano diz:
17/03/2009
FHC atolou o Brasil em dividas e Lula fez o Brasil começar a andar!
luiz pinheiro diz:
17/03/2009
Para Fábio Passos II
Você diz que o "governo privilegia as transnacionais do agribusiness". Eu posso dizer, sem o menor risco de errar, que "o governo privilegia a agricultura familiar". Se analisarmos a evolução do financiamento e da produção de uma e da outra, a minha afirmação é muito mais verdadeira que a sua.
A guerra urbana não é de hoje. Mas esse governo Lula reduziu o desemprego e está urbanizando as favelas.
Este governo, todos sabemos, não é nem se proclama de esquerda. É um governo, podemos dizer, de uma ampla coalização de centro-esquerda, preocupado não com o socialismo, mas com a estabilização do país, a construção da nossa soberania financeira e política, o desenvolvimento sustentado com inclusão social. Para mim, são objetivos extremamente importantes, que merecem apoio dos brasileiros.
"Sequer consegue recompor a participação da renda do trabalho no PIB nos mesmos níveis da década de 80". Ora, a participação do trabalho, dos salários, no PIB vem crescendo significativamente. Ela estava abaixo de 40% no final do governo FHC, agora está em torno de 5O% do PIB. Ou seja, os salários não só recuperaram o que perderam nos anos FHC, como recuperaram também parte importante do que perderam no período da hiperinflação. Você mostra que sabe disso, sabe que recuperamos o que perdemos na década de 90, por isso cobra uma perda mais anterior, da decada de 80. Você deve então lembrar-se que a década de 80 foi de crise profunda, foi a primeira das nossas duas decadas perdidas - estagnação da economia, forte desemprego, hiperinflação, falência das contas públicas e do próprio Estado. Foi também uma década de moratórias externas e de muitos pacotes economicos, com fortes altos e baixos nos indicadores sociais. Portanto, a participação do trabalho no PIB variou muito ao longo da década de 80. Durante o Plano Cruzado, por exemplo, ela foi maior. Mas o horizonte de sustentação politica do Plano Cruzado não ia além de uma mísera eleição parlamentar. Assim, mal fecharam-se as urnas, em meio às comemorações do PMDB, o congelamento de preços desabou, a inflação voltou de com força, a participação dos salários no PIB ruiu e a população foi pra rua protestar com o gosto amargo da traição na boca. Voce deve estar se referindo aos índices do trabalho da época do Plano Cruzado quando diz que ainda não os reconquistamos. Mas com certeza já estamos melhor do que na maior parte dos anos da infeliz década de 80.
"Já passou da hora da ruptura". Bom, aqui entra o debate ideológico de forma mais explícita. Há muito o que debater a esse respeito, mas vou tentar resumir o que penso: mais importante que a velocidade é o caminho no rumo certo. Romper é ir à guerra. Pode-se ganhar, pode-se perder. Voce fala em romper como se a vitória fosse segura, o que não é verdade. Aqui na América Latina nós já vimos até uma revolução popular vitoriosa, na Nicarágua, ser obrigada a retroceder, rearrumar suas força, e agora retornar ao poder pela via democrática. Houve um momento em que a FSLN reconheceu que a ruptura não era possível. Em outros momentos, ela foi possível. Então, é uma questão de análise de conjuntura, não há uma regra absoluta do tipo "o negócio é sempre romper". Eu quero transformações positivas e efetivas em favor do povo, e vejo isso no governo Lula. Como o nosso presidente, não estou preocupado com nomes, nem com rótulos, nem com dogmas político-econômicos, nem com a obrigação de romper.
luiz pinheiro diz:
17/03/2009
Para Fábio Passos I
Não é intelectualmente honesto negar os importantes avanços sociais do governo Lula. Você e eu queremos muito mais, está claro. Mas não é por isso que podemos negar o que já está sendo conquistado.
Visão simplista, por exemplo, é dizer que o apartheid social continua intacto. Não é verdade. É óbvio que ele continua, mas diminuiu muito. É preciso medir as coisas. A distribuição das faixas de renda, o consumo popular, o poder aquisitivo, o acesso à educação, à moradia, à alimentação, etc. É preciso quantificar o anates do Lula com o agora. Se fizermos isso, vamos observar avanços notáveis. Não acho honesto afirmar pura e simplesmente que "o apartheid continua".
Na educação, o governo Lula tem um desempenho que considero muito bom. A educação superior pública vem se expandindo, os salários melhoraram, temos planos para o futuro. O ensino técnico passa por uma revolução extraordinária. A educaçãoa básica também vem sendo reforçada, evoluimos do Fundef para o Fundeb. Não temos as missões de combate ao analfabetismo que paises vizinhos, Mas o governo apoia financeiramente os projetos de alfabetização de diversas entidades, como por exemplo as ligadas aos trabalhadores rurais sem-terra. O analfabetismo pode não estar sendo erradicado, mas o índice acelerou o processo de queda que já vinha apresentando.
Ricardo diz:
17/03/2009
Então pode marcar Luiz Pinheiro! Sua agenda com certeza é mais livre do que a minha, já que suas mensagens sempre quilométricas mostram que vc não deve ter muitos afazeres além de entrar em sites para escrever comentários! Abração!!!!!!!!!!
Haroldo Mourão Cunha diz:
17/03/2009
Hoje, nos podemos ler, ouvir e ver, mesmo que 70% disso seja contra-propaganda política oposicionista.
Nos anos FFHHCC era o inverso. Viva a política de cotas, PROUNI e toda desconcentração de riquezas que isso venha causar. É a redenção?? Estamos longe disso, é apenas o pontapé para o futuro.
Umbelina Oliveira diz:
17/03/2009
É muito interessante ler comentários de pessoas, que mesmo tendo ideias divergentes, nos brindam com novos conhecimentos, possuem o dom de discutir e discordar de maneira sadia e respeitosa, como é o caso do Lauro Natalino e Jorge Nogueira. Por outro lado é triste ver a forma de pensar de pessoas como o Ricardo, que não tem nada para agregar, a não ser o puro sarcasmo e a falta de humildade até com falhas de digitação. Penso que estes tipos de comentários não deveriam ser publicados. Servem para que?!
De ofensas nas nossas vidas, bastam o dois governos de FHC...
luiz pinheiro diz:
17/03/2009
Jonas, como voce diz, muita gente pensa que o presidente pode tudo. Questionam as alianças do governo no Congresso, sem considerar que mesmo com elas o governo perde votações importantes. A CPMF está fazendo muita falta. O sistema de saúde estaria hoje muito melhor. E agora, neste momento de crise, a falta que a CPMF faz é evidente. E a falta de realismo de boa parte da esquerda também é evidente. É um problema, porque trata-se de gente que está a favor dos interesses do povo e quer melhorar o país, mas não sabe como fazê-lo na prática. Permanecem aferrados a suas cartilhas ideológicas e não conseguem analisar à luz do dia os resultados efetivos, numéricos, do governo Lula. Vamos conversar mais depois. Forte abraço.
O que o Presidente Lula faz já é maravilhoso, mas há muita coisa mesmo para se fazer, pessoal, pois foram mais de 500 anos de exploração e pilhagens sofridas pelo Brasil e pelo seu povo, promovidas por grandes potências estrangeiras e pela elite reacionária, gananciosa e apátrida deste país. E há todo um sistema estruturado que dificulta bastante tentativas de mudanças mais profundas. Não se esqueçam de que a elite gananciosa, egoísta, cruel deste país quer abocanhar praticamente todas as verbas públicas disponibilizadas pelos governos. No governo FHC, por exemplo, essa elite se locupletou com essas verbas públicas; foi uma verdadeira farra. Fernando Henrique governou para essa elite e para as elites das grandes potências. Essa é a principal razão da elite mesquinha, gananciosa e reacionária deste país combater tanto belos programas sociais como o Bolsa Família, o Territórios da Cidadania, o Prouni, entre outros. A gula pelas verbas públicas é insaciável. Essa gente sempre se sentiu dona de todas verbas públicas e, de certo modo, até do próprio Brasil. Não se esqueçam que essa cruel elite tem ramificações no Congresso Nacional (PSDB-DEM-PPS), no Poder Judiciário (Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello, etc.), na mídia comercial (o PIG) e em quase todas instituições deste país. Então, vamos com calma, pessoal. O Presidente Lula não faz mais simplesmente porque não é possível fazer mais (ou seria muito imprudente tentar fazer mais) na atual conjuntura sócio-político-econômica do país. O que a população poderia fazer para ajudar presidentes progressitas e trabalhistas como o Presidente Lula é, entre outras coisas, votar em deputados federais e senadores mais afinados com as idéias, valores e propostas do Presidente Lula. Se assim uma parte da população não faz, colocando lá no Senado Federal um grande contingente de políticos oposicionistas, que servem aos interesses da elite reacionária, muitos dos quais jogam pesado e muito baixo, fazendo qualquer coisa, por mais indigna que seja, para manter, conquistar ou reconquistar o poder, como Álvaro Dias, Efraim de Moraes, Arthur Virgílio, Mão Santa, Heráclito Fortes, Agripino Maia, entre outros, é claro que essa alienação política torna muito mais difícil ao Presidente Lula - ou a qualquer outro presidente - fazer tudo aquilo que ele gostaria de fazer em benefício do país e do povo.
luiz pinheiro diz:
17/03/2009
Será um prazer, Ricardo. A cervejinha e o Betouve vão seguramente refrescar a memória das suas conjugações verbais.
Esquerda Pensante diz:
17/03/2009
Sr. Fabio Passos,
Pelo jeito, você é daqueles que acham que bom mesmo era o tempo em que não tinha telefone (quer dizer, tinha, mas só para rico). O que é melhor? Serviço deficiente disponível para todo mundo ou serviço ainda pior que o de hoje disponível para quem podia pagar US$ 5.000 por uma linha? E por acaso o Sr. sabe qual foi o total de investimento em telefonia no Brasil desde 1998? Mais de 100 bi. Dizer que foi tudo grana do BNDES é distorcer os fatos (como também é distorcer os fatos dizer que tinha fila nos postos de gasolina na era FHC).
EM TEMPO: se o Sr. não percebeu, em minha primeira observação, comentei que FHC fez a coisa certa (tirar da mão do Estado daquilo que não é atividade típica de Estado), mas do jeito errado. Não precisa me explicar o que eu mesmo já disse sobre a pritavização. Sei que sou meio burrinho, mas não tanto.
A propósito, parece que a mania de agressões pessoais anda em alta por aqui. De fato, a quem não tem argumentos sólidos para atacar ideias, não resta outra alternativa a não ser atacar as pessoas. INSISTO: leiam o post e os comentários do Prof. Emir (inclusive o de hoje, brilhante) e aprendam o que é discussão de alto nível. Debater ideias é saudável. Tentar bater nos outros (principalmente com golpe baixo) é feio, como ensinou a mamãe.
francisco diz:
17/03/2009
para o sr.Jonas;
Porque que voces assessores e comissionados do pt ,não tiram a bunda das suas poltronas e vão panfletar nas portas de fabricas tudo isso que o sr. fala em seu post ,revolução não se faz só com generais.
Não basta dar "esmola" ,é necessário explicar para o povo porque eles estão nesta situação, e qual sua origem;afinal de contas pra que serve um partido que se diz dos "trabalhadores", devido a conjuntura se torna urgente uma nova aproximação com a classe trabalhadora,será que a história vai se repetir?( olga benario e Luiz carlos prestes ,que o diga!!)
Lauro Natalino Lustosa de Aragão Neto diz:
17/03/2009
Prezado Jorge,
Você demostra desonhecimento e uma postura anti-social em sua argumentação, vejamos:
1º: “O PROUNI, mesmo beneficiando alguns estudantes pobres, é uma forma de transferir recursos da educação pública para a privada, e, o que é pior, beneficiando as ruins das ruins”
2º: “Quanto aos programas de cotas eu sou totalmente contrário aos critérios raciais. Não cabe ao Estado escolher burocraticamente entre dois miseráveis, o que terá direito a uma oportunidade devido ao maior ou menor teor de melanina. Cotas raciais podem até ter suas pílulas douradas, mas continua a ser RACISMO”
Vamos às argumentações:
1º- No projeto de construção dessa igualdade étnica e racial, somente nos últimos 4 anos, mais de 30 universidades e Instituições de Ensino Superior PÚBLICAS, entre federais e estaduais, já implementaram cotas para estudantes negros, indígenas e alunos da rede pública nos seus vestibulares e a maioria adotou essa medida após debates no interior dos seus espaços acadêmicos. Outras 15 instituições PÚBLICAS estão prestes a adotar políticas semelhantes. Todos os estudos existentes já permitem afirmar com segurança que o rendimento acadêmico dos cotistas é, em geral, igual ou superior ao rendimento dos alunos que entraram pelo sistema universal. Esse é um dado importante, pois desmonta um preconceito muito difundido de que as cotas conduzem a um rebaixamento da qualidade acadêmica das universidades. Isso não se confirmou, pois uma vez tida à oportunidade de acesso diferenciado, e insisto que se trata de cotas de entrada e não de saída, o rendimento dos estudantes negros não se distingue do rendimento dos estudantes brancos.
2ª Os critérios de eleição dos candidatos às cotas passam por uma análise que leva em conta a etnia e outros fatores sócio-econômicos. Há mais trabalho, para julgamento dos ingressos nas universidades do que o simples vestibular. Por isto são políticas de cotas e não apenas cotas. Esta é apenas uma dentre muitas políticas de ações afirmativas que devem ser empreendidas. Não cabe ao estado definir entre dois miseráveis quem deve ter direito a uma oportunidade, mas cabe sim, ao Estado definir que todos devem ter direito a oportunidades. Queremos e devemos ter um ensino público de boa qualidade? Sim, queremos, mas apenas isto não resolve. Não basta ele ser de “boa qualidade” e racista como ainda. É continuar no mesmo lugar.
A política de cotas não vai minimizar o esforço de estudo de ninguém e também não vai dar diploma de graça, como muita gente propaga. Mais vai viabilizar sim, que negras, negros, indígenas e estudantes excluídos sejam reintegrados ao campo das oportunidades. Os negros, negras e indígenas estão tendo a possibilidade de fazer aquela faculdade que, por imposição do sistema político e econômico, não puderam. Para desmoralizar as cotas dizem que os diplomas serão desvalorizados, pois entraram pelas cotas. Os diplomas serão iguais e com os mesmos créditos dos demais. Hoje os alunos de convênios entram sem os mesmos vestibulares gerais. Os diplomas e a estada e muito menos o desempenho escolar não tem sido problema. Então por que o aluno oriundo da política de cotas o seria?
A política de cotas é provisória, não resolve todos os problemas sociais, mas traz uma melhor oportunidade de representação social das populações até hoje sub-representadas.
Quando tivermos a capacidade de compreender a extensão dos racismos no Brasil, passaremos a entender às necessidades de políticas de cotas, e a veremos como um conjunto de transformações sociais dos quais carecemos. A política de cotas não é um presente para a população negra como muitos têm considerado, mas uma necessidade para o Brasil.
emir diz:
17/03/2009
Qualquer caracterização de um governo não pode se basear em um ou outro aspecto particular, tem que se basear na totalidade das suas politicas e na sua inserção no campo politico, onde se situa em relação às outras forças. O minimo a dizer do governo FHC é que foi completamente coerente, neoliberal do começo ao fim, em todos as suas politicas. O governo Lula é contraitório, tem aspectos progressistas - justamente os campos em que mudou as politicas herdadas, como a politica externa, as politicas sociais, entre outras - e conservadoras - BC de fato independente, taxas de juros altissimas, portanto manutenção da posição privilegiada do capital financeiro; promoção do agronegócio. Só isso já daria diferenças. Há outros elementos. Propagana: tem um capitulo no meu livro A nova toupeira - Os caminhos da esquerda latino-americana, da Boitempo, que estou lançando agora (já lançado no FSM de Belem, em SP, Santo André, Rio, Vitória, proximos lançamentos em Porto Alegre, Florianpolis, Belem, Manaus, entre outras cidades) que se chama justamente O enigma Lula que,se não é decifrado, devora, como acontece com a direita, por exemplo.
Jonas diz:
16/03/2009
Luiz Pinheiro, concordo com você. O problema é que parece faltar a várias pessoas, algumas das quais bem-intencionadas, bom senso, senso de realidade e o justo senso de conjuntura. Torna-se necessário, então, repetir o que já foi dito várias vezes: O Presidente Lula é o Chefe supremo do Poder Executivo; mas o Poder Legislativo e o Poder Judiciário são soberanos, não são poderes subordinados ao Poder Executivo. Quem não se lembra da CPMF, que foi extinta porque o governo não conseguiu que 60% dos senadores votassem a favor da prorrogação dessa contribuição? Ou seja, o Executivo federal necessita fazer alianças no Congresso Nacional com vários partidos, sem as quais não consegue governar. Por outro lado, essas alianças não significam de modo algum adesão automática por parte dos partidos aliados a todas as propostas do governo federal. Isso para não falar do Poder Judiciário e da mídia corporativa de direita (o PIG), que representa os interesses de uma pequena elite reacionária e com muito poder econômico. Pelo amor de Deus! Será que é tão difícil assim compreender o motivo pelo qual o Presidente Lula não consegue fazer mudanças mais profundas ou de um modo mais rápido neste país? O que o Presidente Lula faz já é maravilhoso, mas há muita coisa mesmo para se fazer, pessoal, pois foram mais de 500 anos de exploração e pilhagens sofridas pelo Brasil e pelo seu povo, promovidas por grandes potências estrangeiras e pela elite reacionária, gananciosa e apátrida deste país. E há todo um sistema estruturado que dificulta bastante tentativas de mudanças mais profundas. Não se esqueçam de que a elite gananciosa, egoísta, cruel deste país quer abocanhar praticamente todas as verbas públicas disponibilizadas pelos governos. No governo FHC, por exemplo, essa elite se locupletou com essas verbas públicas; foi uma verdadeira farra. Fernando Henrique governou para essa elite e para as elites das grandes potências. Essa é a principal razão da elite mesquinha, gananciosa e reacionária deste país combater tanto belos programas sociais como o Bolsa Família, o Territórios da Cidadania, o Prouni, entre outros. A gula pelas verbas públicas é insaciável. Essa gente sempre se sentiu dona de todas verbas públicas e, de certo modo, até do próprio Brasil. Não se esqueçam que essa cruel elite tem ramificações no Congresso Nacional (PSDB-DEM-PPS), no Poder Judiciário (Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello, etc.), na mídia comercial (o PIG) e em quase todas instituições deste país. Então, vamos com calma, pessoal. O Presidente Lula não faz mais simplesmente porque não é possível fazer mais (ou seria muito imprudente tentar fazer mais) na atual conjuntura sócio-político-econômica do país. O que a população poderia fazer para ajudar presidentes progressitas e trabalhistas como o Presidente Lula é, entre outras coisas, votar em deputados federais e senadores mais afinados com as idéias, valores e propostas do Presidente Lula. Se assim uma parte da população não faz, colocando lá no Senado Federal um grande contingente de políticos oposicionistas, que servem aos interesses da elite reacionária, muitos dos quais jogam pesado e muito baixo, fazendo qualquer coisa, por mais indigna que seja, para manter, conquistar ou reconquistar o poder, como Álvaro Dias, Efraim de Moraes, Arthur Virgílio, Mão Santa, Heráclito Fortes, Agripino Maia, entre outros, é claro que essa alienação política torna muito mais difícil ao Presidente Lula - ou a qualquer outro presidente - fazer tudo aquilo que ele gostaria de fazer em benefício do país e do povo.
Ricardo diz:
16/03/2009
QUe bom que chegamos a um acordo, Luiz Pinheiro, vamos sairmos para tomarmos uma cervejinha ouvindo Betouve!
Fabio Passos diz:
16/03/2009
Luiz Pinheiro,
Visão simplista não seria usar os avanços do governo Lula para negar que o Apartheid Social continua aí... intacto?
Mais de 10% de analfabetos no Brasil... enquanto nossos vizinhos, muito mais pobres, tratam de erradicar o analfabetismo.
Milhões de brasileiros sem terra prá plantar alimentos... e o governo privilegia as transnacionais do agribusiness.
Um cenário de guerra urbana. Favelas descomunais em que o único Estado que a população conhece bem... é a polícia descarregando bala a esmo.
Que governo de "esquerda" é esse?
Que sequer consegue recompor a participação da renda do trabalho no PIB nos mesmos níveis da década de 80?
Não basta ser melhor que FHC... já passou da hora é da ruptura.
luiz pinheiro diz:
16/03/2009
Fábio Passos,
Já que você insiste na visão simplista e recusa de plano sequer considerar os dados citados, vamos então combinar: não existiu a promoção de 40 milhões de brasileiros das classes D e E para a classe C; as carteiras assinadas pela CLT não cresceram de 22 para 31 milhões; o desemprego do Dieese não caiu de 23% em janeiro 2003 para 13% em janeiro 2009; os salários não cresceram acima da inflação; o salário mínimo não cresceu 50% acima da inflação; o mercado interno não teve uma expansão espetacular; os pobres ficaram mais pobres e os ricos ficaram mais ricos; a popularidade do Lula não está em mais de 80%. Tá bom assim, você fica satisfeito?
luiz pinheiro diz:
16/03/2009
Ricardo, obrigado, mas o bom portugues foi todo seu.
Fabio Passos diz:
16/03/2009
"esquerda (sic) pensante (sic2)"
"direitista envergonhado" é mais a tua lata. Vai por mim...
A privataria é amplamente rejeitada pela maioria da população brasileira. Inclusive as negociatas da telefonia.
A expansão dos serviços de telefonia aconteceu majoritariamente com grana do BNDES. São aprox R$22Bilhões em financiamento até 2007.
Assim fica claro que o responsável pela expansão foi o Estado.
A opção de entregar os negócios a grupos privados foi decisão política... para favorecer a ricaiada avarenta. As mutretas inclusive derrubaram o então presidente do BNDES e o min das comunicações.
Um triste episódio da terra arrasada neoliberal.
E hoje, apesar de levar R$22 Bilhões de dinheiro financiado pelo BNDES... as cias de telefonia prestam um serviço que é um lixo.
Fabio Passos diz:
16/03/2009
Como pode o governo - durante 8 anos - não questionar o monopólio da mídia no Brasil?
Isto é digno de um fhc qualquer...
Quatro oligarcas - Marinho / Civita / Frias / Mesquita - mantém o Brasil refém da agenda conservadora.
A Luiza Erundina tentou mexer no vespeiro... e o governo acovardado fingiu que não viu.
Por que não propor um plebiscito para renovação ou não da concessão pública da rede globo?
Fabio Passos diz:
16/03/2009
Luiz Pinheiro,
Se você admite que o montante transferido aos grã-finos é 100x maior que o total investido no Bolsa Família... fica evidente quem são os verdadeiros privilegiados pelas políticas do governo Lula.
E não são os pobres não...
Também não cola jogar a culpa da perversidade do sistema tributário no congresso.
O governo precisava ter a iniciativa de propor um sistema de tributação progressiva.
O governo Lula - 8 anos! - apenas assistiu uma perversidade atroz - pobre pagando mais imposto que o rico - porque não tem coragem de promover ampla distribuição de renda.
Pietro diz:
16/03/2009
Emir e colegas, vejo nos dois governos mais objetivos paralelos do que antagonicos. A Economia teve problemas com FHC (o cambio engessado para assegurar as eleicoes e depois a "derrama" em Janeiro/99); A "marolinha" de Lula e os seus efeitos perversos. Ate' no tratamento aos aposentados eles se assemelham (vide Paulo Paim e os vagabundos de FHC);
Eu, particularmente, vejo com otimismo o fato dos dois governos darem seguimento a programas comum. Essa deveria ser a tonica de todas as Administracoes, com acompanhamento constante do Legislativo e agencias reguladoras. Gostaria de ver mais enxugamento do Estado e mais eficiencias no setor publico embora esteja ciente que a maioria aqui prefere o Estado patrao e empresario.
Jorge Nogueira Rebolla diz:
16/03/2009
Caro Lauro, apesar de fisicamente não ter traços indígenas, descendo deles por ambos os lados, como a maioria esmagadora dos brasileiros. Aliás não existe família instalada no Brasil desde o período colonial que não tenha os pés na taba, inclusos os membros da elite "branca" e quatrocentona paulista que esconde a sua origem mameluca. Eu não tenho nenhum motivo para desejar o infortúnio para os não "brancos", muito menos "raciais", visto que EU SOU MESTIÇO!
O PROUNI, mesmo beneficiando alguns estudantes pobres, é uma forma de transferir recursos da educação pública para a privada, e, o que é pior, beneficiando as ruins das ruins!
Quanto aos programas de cotas eu sou totalmente contrário aos critérios raciais. Não cabe ao Estado escolher burocraticamente entre dois miseráveis o que terá direito a uma oportunidade devido ao maior ou menor teor de melanina. Cotas raciais podem até ter suas pílulas douradas mas continua a ser RACISMO. O mais absurdo de tudo isto é que desde o primeiro império, que extinguiu impeditivos de ordem racial para alguém ocupar cargos públicos, poderemos voltar a ter princípios legais racistas. No pais da jabuticaba existe cada coisa.
Sem contar que é uma porta escancarada para o proselitismo do poder branco, visto que quem for preterido por esta política devido a herança genética, com certeza pode ter seu ressentimento transformado em rancor. Com esta política talvez o Lula consiga que daqui há alguns anos nos tenhamos nossos conflitos violentos originados por algo que só existe em princípios pseudo-científicos ou ideológicos, visto que raça É A HUMANA! Brancos, negros, amarelos e todos os matizes criados pela miscigenação não torna ninguém melhor ou pior.
O verdadeiro resgate dos miseráveis se dá com políticas inclusivas generalizadas, não beneficiando um ou outro na loteria da cota. Com o programa de cotas qual será o percentual de negros a ter acesso a educação superior? Pelo atual número de vagas no mínimo 95% dos afro-descendentes continuarão alijados, juntos com os demais pobres.
marcelo francisco costa diz:
16/03/2009
Gostaria de lembrar ao caro luis Pinheiro que mais de 100.000 linhas telefônicas são dasligadas todo m~es no Brasil e que, 80% dos 150.000.000 de celulares estão nas salas de aula atrapalhando a jádifícil vida do professor.
Luiz Carlos diz:
16/03/2009
Então, Eduardo Oliveira, quer dizer que o governo Lula é bom no que imitou o governo FHC? Conta outra piada, rapaz. Muitos aqui querem dar mais algumas boas gargalhadas. Agora, falando sério, o governo Lula é tão superior ao governo FHC que é difícil comparar um com o outro. O grande momento pelo qual este país passa se deve em grande parte ao governo Lula. Também estou entre aqueles - e que já são muitos - que consideram o presidente Lula o melhor presidente que este país já teve.
Ricardo diz:
16/03/2009
Luiz Pinheiro, seu bom português também ficou registrado, no futuro, nós vamos termos como nos lembrarmos dele...e dar boas risadas.
Esquerda Pensante diz:
16/03/2009
Ah, é duro dialogar com quem, em vez de fatos, prefere agressões pessoais.
Para quem gostava de telefone a US$ 5.000 a linha, não custa lembrar que o Governo Lula está muito empenhado em inclusão digital (e merece aplausos por isso). Só mesmo quem não quer ver acredita que a situação antes de privatizar (telefone era coisa de rico) era melhor do que hoje (todo mundo tem acesso). Telefone não é luxo, mas necessidade, inclusive para gerar trabalho a milhões de brasileiros que atuam como taxistas, prestadores de serviços, doceiras etc. Goste-se ou não, isso gera emprego, emprego gera renda e renda retira definitivamente as pessoas da miséria.
Mas, por favor, não acreditem em mim, que vocês chamam de "tucano enrustido", embora eu tenha votado no PT em TODAS as eleições desde 1982 e em apenas uma delas não me envolvi como militante (quem mais aqui pode dizer isso sem ficar vermelho?). Acreditem na FGV: estudo dela mostra que o conjunto do setor de telefonia móvel contribuiu com R$ 69,4 milhões para a economia brasileira em 2008. Esse valor corresponde a 2,39% do PIB. Não acredita? Vai lá: www.fgv.br.
Deixemos o resto sem entrar em mais polêmicas. A gente fala (e é evidente que é fato) sobre o que precisa melhorar (ex: educação básica), mas logo vêm alguns xiitas e acham que opinião tem que se sujeitar ao que eles acham. Paciência ... um dia alguém saberá separar fatos de intenções. E, se alguém me disser quando foi que a inflação chegou a 80% ao mês depois de 1990, retiro tudo o que disse.
EM TEMPO: há gente, neste blog, que poderia aprender um pouco mais com o Prof. Emir, que estimula o debate, aceita o contraditório e não se acha o aiatolá da verdade única.
luiz pinheiro diz:
16/03/2009
Ricardo, sua ironia fica registrada. No futuro, nós vamos termos como nos lembrarmos dela.
Robson Andrade diz:
16/03/2009
Enquanto um Governou para meia duzia de pessoas. O Lula governou para o povo brasileiro. Para fazer o Brasil crescer e o povo participar do crescimento, só tendo esse governo durante 30 anos no poder.
eduardo oliveira diz:
16/03/2009
O governo Lula é bom no que imitou o governo FHC, refutando o passado de oposição do PT, e ruim no que mudou.
Apesar de todos os parlamentares petistas terem votado contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo Lula é hoje seu maior defensor.
Nesse caso, é bom que Lula tenha mudado e seguido uma lei elaborada e aprovada no governo FHC, ainda que tenha lutado contra ela na oposição.
Ricardo diz:
16/03/2009
Lúcia Adélia, por favor, deixe para os leitores do blog uma referência de onde encontrar músicas do artista Betouve, ficamos curiosos! Tentei encontrar pela internet, mas acho que como as grandes corporações não tem interesse em que esse artista seja ouvido, deve ser algo mais alternativo. Se Betouve é uma trilha sonora adequada para o governo do presidente Lula, vamos ouvir, para termos no futuro como nos lembrarmos desses bons tempos! Um grande e caloroso abraço!
Lúcia Adélia diz:
16/03/2009
Diferença: Governo Lula governa para os pobres, os esquecidos, como os quilombolas, negros, índios, os qequenos agricultores, pequenas e micro empresas, mulheres, jovens, crianças, pescadores, enfim todos e todas desfavorecidos.
Governo FHC governou somente para os ricos, as minorias endinheiradas, as elites brancas, ou seja, os mais favorecidos os que nunca precisaram de políticas públicas.
A poucos dias me apareceu uma senhora conservadora me dizendo indignada, "esse governo dá muita esmola... veja você que o pedreiro que eu contratei chegou e me disse: Minha senhora eu só trabalho quarta, quinta e sexta, segunda e terça eu folgo, pois recebo o BOLSA FAMÍLIA" Essa senhora não imagina como isso me soou aos ouvidos foi o mesmo que ouvir a melhor música de Betouve. Por isso sempre votei no Lula e para o terceiro mandato de LULA, DILMA PRESIDENTE.
Similaridade entre os dois governos: NÃO VEJO NENHUMA.
Lauro Natalino Lustosa de Aragão Neto diz:
16/03/2009
Política de exterminio de jovens negros? De onde você tirou essa Pablo? De algum editorial da grande imprensa venal brasileira.
Então Jorge Nogueira, permitir que negros, indios e tantos outros entrem numa faculdade através do PROUNI num processo de cotas, é demogogia? Isso me parece uma atitude preconceituosa e racista, ou é muita ingenuidade sua achar, que nossa elite anti-social, iria pertmitir de forma humanitária, que negros e índios passassem a fazer parte da sociedade como um todo.
Lula pode não ser a quinta essência da política brasileira, como não o é, mas é de longe, o melhor governo que este país já teve. Mesmos com os erros cometidos. Não sou ingenuio para viver uma utopia de que ele seria imaculado. Agora pergunto: Não é obrigação de qualquer governo gerir políticas assistenciais ao povo, principalmente aos mais pobres, que durante séculos foi largado a margem da sociedade, por essas mesmas pessoas que hoje definem políticas sociais como: proseletismo, demagogia, assistencialismo, etc coisa tal?.
Graças as políticas de cotas, Jorge Nogueira, hoje tenhos amigo(a)s negro(a)s que estão fazendo medicina, direito, engenharia, odontologia, Sistemas de Informação e tantas outras formações, e sem serem exterminados por uma política de exterminio de jovens negros como definiu o pobre Pablo.
Me causa vergonha, a inapta capacidade de algumas pessoas, continuarem a achar, que educação é coisa para gente rica, só, e somente só para ricos. As faculdade de agronomia, sempre tiveram cotas para os filhos de fazendeiros ricos, os quais não precisavam nem fazer vestibularm, mas foda-se, negros, índios, e pobres, pois estes não merecem nada, a não ser, serem exterminados como afirma Pablo e Jorge Nogueira.
Vocês devem ter participado do rídiculo movimento "Cansei"....cansei de ver negros frequentando faculdades, cansei de ver pobres tendo suas vidas melhoradas gradativamente, cansei de estar vendo o Brasil viver um momento impar em toda sus história, pormovido por um metalúrgico, que repito: não é a 5ª essência da pólitica brasileira, mas é o melhor governo dos últimos 502 anos.
José Olavo diz:
16/03/2009
A diferença?
Entrei num taxi e o taxista me disse:
A minha vida melhorou, por isso vou votar no LULA.
A diferença é esta: A vida melhorou com o governo LULA. E melhorou muito para os mais pobres. Ele fez muita coisa para isto. Este o motivo de ele estar com a aprovação record que nenhum presidente já teve.
luiz pinheiro diz:
16/03/2009
Fábio Passos:
A política econômica não é excludente na medida em que beneficia a grande maioria da população. As provas são abundantes, estão nos índices de promoção social, no forte crescimento do mercado interno e das classes de renda média.
Há a diminuta minoria de ricaços donos dos títulos da dívida pública. Como já havia. Mas a tônica da política econômica do governo Lula é a inclusão social.
Estes R$150 Bilhões - na verdade R$ 160 bi - de que você fala são o custo anual da dívida pública interna. Em 2008, cerca de R$ 110 bi foram pagos pelo Tesouro e R$ 50 bi foram juros incorporados à dívida. É uma enorme sangria. Daí a importância, para o Estado brasileiro, de reduzir os juros e o montante da dívida - que, é preciso ressaltar, pertence não só aos grã-finos, mas ao conjunto das pessoas físicas e jurídicas que tem nos bancos alguma aplicação em renda fixa.
Quando Lula assumiu o governo, a dívida pública total líquida do setor público estava em 55% do PIB, Hoje está em 36%.
A dívida pública é um problemão, difícil e caro de resolver. Não é apenas o dinheiro dos bancos, nem de uma minoria de rentistas. Os bancos são os intermediários, tem nas mãos todo o dinheiro da sociedade, a armadilha é muito bem feita.
A Bolsa Família é muito menor que a sangria da dívida pública. Paga benefícios em média de R$ 130 a cerca de 11 milhões de famílias, Ou seja, algo próximo a R$ 1,4 bilhão - mais de cem vezes menos.
Lula fez algumas mexidas importantes na tributação, que, como você sabe, dependem das leis votadas no Congresso Nacional. O pior imposto, o mais regressivo, é o indireto, que incide sobre os produtos, e portanto é pago igualmente pelo consumidor, seja rico ou pobre. É realmente um grande absurdo que o pobre pague mais imposto que o rico, como historicamente ocorre no Brasil.
Por isso, o governo Lula isentou do IPI os produtos da cesta básica, como arroz, feijão, farinha de mandioca e vários outros. Pela primeira vez na história tributária brasileira.
Fonte: Sintese
Luiz diz:
18/03/2009
Apenas os importantes:
Se assemelham por serem ambos brasileiro (suspeito que FHC seja um extraterrestre com a missão de afundar o Brasil);
Não se assemelham: Lula é patriota, tem amor às pessoas, gosta de pessoas, tem amigos, quer ver o Brasi dar certo, passou por dificuldades e isso são experiência de vida que marcam fundo na alma e por isso deixou ele mais humano, teve por escola, a vida. É um pensador auto-didata. FHC, o oposto.