Iran e professores vão às ruas em defesa do Piso

Iran fala para a multidão de professores, em frente ao Palácio de Despachos do Governo

Nesta terça-feira, 10/03, um mar vermelho, formado por cerca de 5 mil professores da rede estadual de ensino básico de Sergipe, puxados pelo seu sindicato, o SINTESE, mais uma vez tomou as ruas de Aracaju. Desta vez, em protesto pelo não pagamento do Piso Salarial Nacional Profissional do Magistério, conforme a Lei 11.738/2008.

O deputado federal e professor Iran Barbosa, PT/SE, marchou junto com os professores até o Palácio de Despacho do Governo, onde a marcha vermelha se concentrou, já no fim da tarde, e ali foi feito ato em defesa do pagamento do piso da categoria, e onde várias lideranças dos professores e dos trabalhadores fizeram suas falas, no sentido de que o pagamento dos 2/3 do piso já deveria estar integralizados ao vencimento dos professores, conforme a lei.

Ainda na terça-feira, o deputado federal Iran Barbosa, acompanhado da deputada estadual licenciada Ana Lúcia Menezes, estiveram com o governador Marcelo Déda, no Palácio do Governo, para tentar mediar uma solução que atendesse aos interesses dos educadores de Sergipe sem comprometer o Estado. Na audiência, Déda apenas se comprometeu a manter a reunião agendada para esta quarta-feira, 11/03, entre a comissão do SINTESE e os secretários de Estado de Educação, Fernandes Lima, Administração, Jorge Alberto, e Fazenda, João Andrade. A reunião acontecerá na Secretaria de Administração, às 14 horas. O deputado Iran irá acompanhar a reunião.

Para Iran, o momento e de negociação. “Ainda há margem para que negociemos uma solução para o impasse. Da minha parte, estarei tentando mediar e colaborar nas negociações. Acredito no diálogo como ferramenta de superação de crises e temos a convicção de que o governo do Estado pode, se quiser, pagar o piso do magistério sem comprometer as finanças do Estado, basta que se faça as devidas correções das distorções existentes na folha de pagamento da Educação. E se não tiver como pagar, que mostre, com transparência, porque não pode pagar. Tenho certeza, os professores e o SINTESE vão saber negociar sob essas condições, porque têm maturidade suficiente para isso”, disse Iran.

Em greve - O magistério da rede estadual de Sergipe está em greve desde o dia 09/03, por deliberação em assembléia da categoria, reafirmada no dia 06/03, depois que o governo do Estado não apresentou proposta concreta para pagar a piso na forma da lei.

Segundo informações colhidas no site do SINTESE, das 73 redes municipais filiadas ao sindicato, somente a cidade de Lagarto pagou o piso salarial dos professores na forma da lei. O magistério municipal lagartense teve integralizado ao vencimento inicial 2/3 da diferença entre o piso de R$950 e o salário base.