O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou na tarde desta quinta-feira (16) o primeiro caso de morte causada pela gripe suína --a chamada gripe A (H1N1)-- contraída dentro do Brasil, sem vínculo com pessoas vindas de outros países com a doença.
De acordo com Temporão, o primeiro caso autóctone que resultou em morte ocorreu no dia 30 de junho em São Paulo, de uma menina de 11 anos moradora de Osasco (SP).
Hoje, a Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou que não foi possível detectar o contato que resultou na contaminação desse paciente, afirmou. Até então, o governo admitia apenas casos importados.
Balanço - Somente nesta quinta-feira, foram confirmadas mais sete mortes em consequência da gripe suína no Brasil --cinco no Rio Grande do Sul, uma no Rio e outra em São Paulo. Com isso, são 11 mortes no país.
Segundo Temporão, ao menos quatro das sete pessoas que tiveram mortes confirmadas nesta quinta-feira tinham algum problema de saúde anterior. Ele, no entanto, não detalhou quais.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira (15), o Brasil tem 1.175 casos da doença desde 8 de maio. Até a semana passada, quando foi divulgado o último balanço da gripe, o país tinha 1.027 pessoas contaminadas.
O Estado de São Paulo concentra a maioria dos casos (512), seguido do Rio Grande do Sul (135) e Rio de Janeiro (128).
O governo informou ainda que acompanha 3.926 casos suspeitos no país. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Outros 1.837 casos foram descartados.
Sintomas - A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
FAXAJU
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