Os professores de Salgado e Simão Dias iniciam a próxima semana em greve. Em Salgado a partir de segunda, dia 27, não haverá aulas nas escolas da rede municipal. Já em Simão Dias o movimento grevista se inicia na quarta, dia 29. O motivo da greve nas cidades é a não implantação do piso salarial.
Simão Dias
Os professores da Rede Municipal de Simão Dias decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir de quarta-feira, dia 29. A decisão foi tomada pela categoria em assembleia realizada na última quinta-feira, dia 23. Na quarta, os professores pretendem realizar um ato público na cidade para informar a população os motivos da greve.
A decisão de parar as atividades foi tomada depois de avaliarem o processo de negociação e a consequente morosidade da administração municipal em garantir de forma correta a implantação dos 2/3 do piso.
Uma reunião ocorrida dia 23 entre a administração e os professores só os deixou mais indignados. De acordo com a delegada sindical do SINTESE no município, Maria Lúcia Morais, na reunião tanto o prefeito, quanto o Secretário de Educação, Marcelo Domingos, apresentaram uma postura autoritária não dando voz aos professores e enfatizando que para a implantação do Piso seriam feitas demissões, inclusive de docentes efetivos em estágio probatório.
Outro ponto que gerou indignação na categoria foi que os gestores desrespeitaram o direito de manifestação dos educadores, classificando os atos públicos realizados por essa classe como irresponsáveis. Para a diretoria do sindicato, os atuais gestores foram infelizes em seus comentários, principalmente pela história pregressa que eles têm nos movimentos sociais.
Desde o início das negociações, a prefeitura não apresentou nenhuma proposta para implantação do piso para todos os professores. Ocorreram diversas audiências, mas nada de novo era apresentado. O prefeito Dênisson Déda afirma que a Lei de Responsabilidade Fiscal o impede de aplicar o piso, mas se nega apresentar as folhas de pagamento de todas as pastas de pessoal para que se pudesse constatar que de fato não há mais o que ser enxugado em folha de pagamento.
E ainda, apesar de afirmar ser contrário, efetivou o pagamento dos 2/3, já no mês de julho apenas para os professores com nível médio. Essa decisão vai de encontro a lei 11.738 que tem como princípio a valorização do magistério.
“Os professores sentem-se tranqüilos por que acreditam que percorreram o caminho mais prudente: estiveram abertos ao diálogo, fizeram concessões, aguardaram os prazos pedidos e, o tempo todo, confiaram que a administração tinha como objetivo garantir o direito dos docentes, o que não aconteceu de fato até agora”, disse a professora Cláudia Patrícia, da coordenação da Sub-Sede Centro-Sul do Sintese.
Salgado
Já em Salgado o descumprimento do acordo feito entre o sindicato e a prefeitura Janete Barbosa é o motivo principal para a greve que se inicia segunda. Os professores pretendem realizar atos públicos em frente a secretaria municipal de Educação e também na prefeitura.
Após muita luta, os professores conseguiram negociar com a administração pública municipal a implantação dos 2/3 do piso conforme diz a lei. O projeto chegou a estar na pauta da Câmara de Vereadores. A prefeita, então alegando que o projeto necessitava de ajustes, retirou-o da Câmara de Vereadores e não deu retorno sobre quando ele voltaria a tramitar.
No acordo feito entre administração municipal e o sindicato os 2/3 do piso seriam pagos no mês de julho, mas sem a aprovação do projeto não dá data.
SINTESE
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