JB diz que Reinaldo mente e reafirma acusação ao TC

O deputado federal Jackson Barreto (PMDB) rebateu as declarações do presidente do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE), Reinaldo Moura, divulgadas ontem pela imprensa. O deputado reafirmou suas acusações no Tribunal de Contas e disse que o conselheiro Reinaldo Moura mente quando diz que não há decisão individual no TCE. “Eu acho que há vontade individual, política, partidária e interesses inconfessáveis na grande maioria das decisões do TCE. As decisões são individuais porque tendem ao interesse particular de um conselheiro.
Cada um transforma sua vontade individual em coletiva, porque hoje, um atende a vontade do colega, amanhã outro conselheiro faz a mesma coisa, em solidariedade ao outro. Foi assim que o Tribunal sempre funcionou”, disparou JB.
Jackson Barreto também retrucou Reinaldo, que o acusou de traição, dizendo que ao longo da sua vida política nunca traiu um companheiro ou amigo. “Me considero o político mais leal da história de Sergipe. Ao longo da minha vida fui traído, isso a sociedade sergipana tem conhecimento, fui traído diversas vezes, porque apostei nas pessoas erradas. O conselheiro está confundindo trair e ser traído”, avaliou
O deputado ainda lembrou que o próprio Reinaldo já o traiu, sendo eleito vereador pelo PMDB e abandonando o partido em seguida. “Fui na casa dele fazer a sua filiação ao partido, no tempo em que ele era pobre e morava na rua de Porto da Folha. O conselheiro pensa que eu esqueci este fato”, falou JB.
Jackson também refutou as afirmações do conselheiro Reinaldo Moura e afirmou nunca ter dito que João Alves foi o seu pai, lembrando que nunca votou no ex-governador. “Ajudei João a eleger Valadares governador em 86, mas não votei em João em 82, quando votei em Gilvan Rocha. Em 86 apoiei Valadares, em 90 João foi candidato e eu votei em Zé Eduardo. Em 94 fui candidato a governador e em 98 votei em Albano”, contabilizou Jackson.
Pirambu

Jackson explicou que por conta disso ele declarou ter estra-nhado o fato de somente o conselheiro Flávio Conceição ter perdido o mandato e ter sido preso, e foi mais longe: “O TCE age politicamente mesmo, com exceção de uns dois conselheiros. O conselheiro Reinaldo, por exemplo, trabalhou para aprovar em tempo recorde as contas do seu filho, André Moura, ex-prefeito de Pirambu. Quando a Justiça e o MP foram em cima, encontrou o rombo, depois das contas já terem sido aprovadas pelo TCE”. 
O deputado federal ainda reafirmou que ao contrário do que aconteceu em Pirambu, quando a Justiça e o Ministério Público encontraram diversas irregularidades, todos os processos contra ele mesmo, gerados pelo TCE, foram motivos de gozação na Justiça sergipana e em Brasília. “A Justiça até hoje não condenou Jackson Barreto em nenhum processo, porque entendeu a patifaria e a politicagem suja do Tribunal de Contas”, afirmou Jackson.
E Jackson continuou, afirmando que o conselheiro presisa aconselhar a sua família para que não façam em Japaratuba o mesmo que foi feito em Pirambu, quando até as contas de feiras em supermercados eram pagas pela prefeitura, conforme apurou o MP e foi divulgado pela imprensa. “E o que fez o conselheiro que não viu tanta malandragem em Pirambu, tanto dinheiro que recebeu de royalties e os povoados não têm posto médico, não existe um mercado e a população continua pobre e sem assistência do poder público.
Jackson concluiu sua fala afirmando que em Sergipe todo mundo se conhece, e que pela primeira vez na história do Brasil um conselheiro de um Tribunal de Contas foi nomeado sem ter sequer ingressado em um curso superior. “Infelizmente, no Tribunal de Contas do Estado existe até doutor formado em ciências ocultas”, provocou Jackson.

Jornal da Cidade