Depois de dois anos licenciada para assumir a Secretaria de Estado da Inclusão e Desenvolvimento Social (Seides), a deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT) assumiu durante a sessão desta quarta-feira, 22, o mandato parlamentar. Em seu primeiro pronunciamento, a deputada prometeu aos colegas professores continuar a luta em defesa dos profissionais do magistério e da escola pública, mas também pela transformação da sociedade.
“É com muita alegria que ocupo a tribuna na manhã de hoje (quarta-feira, 22) retornando a esta Casa pelo voto popular. Hoje no meu retorno tenho a alegria de ver nesta Casa e na sua parte externa as pessoas e segmentos organizados aqui presentes”, disse. O retorno de Ana Lúcia coincidiu com o início da 10ª Semana em Defesa e Promoção da Educação Pública, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).
As galerias da Assembleia ficaram lotadas por pessoas e representantes de entidades e movimentos sociais que vieram prestigiar a posse da deputada Ana Lúcia, a exemplo do deputado federal Iran Barbosa (PT), o vereador Chico Buchinho (PT), professor Rui Belém, representado o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS); o presidente dos sindicatos dos Professores, Joel Almeida; dos Jornalistas, George Washington; e o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Antônio Morais; representantes de movimentos sociais, culturais, quilombolas, ONGs, entre outros.
Durante seu discurso, a deputada Ana Lúcia lembrou que foi eleita para ser parlamentar de Sergipe oriunda dos movimentos sociais, especialmente do movimento sindical, apoiada por pessoas que, assim como ela, sonham que é possível construir uma outra sociedade. “Eu me constitui, desde a minha infância, no campo da esquerda, o campo que não acredita que seja possível humanizar e melhorar a sociedade com o capitalismo”, afirmou, ressaltando que o dia de hoje não é de celebração.
Mudanças na Assistência Social - A deputada fez uma análise de como foi encontrada a Secretaria de Inclusão Social e as mudanças empreendidas nesses dois anos que esteve à frente da pasta. “Nós encontramos uma secretaria que só tinha dois grandes projetos: o Pró-Mulher Pró-Família, mesmo assim ligado à Saúde, e o de microcrédito, implementado pelo Banese”, afirmou Ana Lúcia. Ela disse que a legislação do Sistema Único da Assistência Social, do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, a Política Nacional de Inclusão Produtiva e Economia Solidária que não estavam sendo implementadas, entre outros.
“Nós encontramos os prédios da Secretaria extremamente danificados para atender as pessoas vulneráveis. Portanto, nosso primeiro desafio foi estruturar para implementar toda essa legislação enquanto política pública e não só programa de governo, e nós procuramos fazer”, destacou, ao ressaltar o empenho de todos os funcionários da Secretaria e Fundação Renascer nesse processo.
O retorno - Ao reassumir o mandato parlamentar, Ana Lúcia disse ter a certeza que o governador Marcelo Déda vai estar consolidando todas essas políticas realizadas nos últimos dois anos na pasta que assumiu. No entanto, a deputada disse que este é um momento de abrir diálogo com a sociedade e mostrar que é preciso que ela tenha um outro olhar sobre a escola pública, que os professores precisam ser tratado como intelectual. “E para ser intelectual eles precisam, sim, de um piso profissional, para que eles possam ter direito e acesso aos bens e aos serviços”, frisou, adiantando que estará à frente da luta pela implantação do piso salarial nacional dos professores em Sergipe.
“Quero dizer aos colegas professores que retorno a esta Casa para lutar não só pela escola pública, mas para continuar a luta pela transformação da sociedade, tendo clareza que o nosso governo tem limites, que nosso governo tem compromisso com as camadas populares e com a classe trabalhadora, mas que é um governo de coalizão”, afirmou, ao acrescentar que ele não é guiado apenas pela ideologia de esquerda.
FAXAJU
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