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quarta-feira, 29 de abril de 2009

México: é de 149 o número de mortos com a gripe suína

Cidade do México e Washington (AE-AP) - O número de mortos com suspeita de gripe suína no México aumentou para 149 ontem, de um total de 1.995 casos de pessoas que relataram estar com os sintomas da doença, informou o ministro da Saúde, José Angel Córdova.

Em entrevista coletiva, Córdova disse que o número de mortes confirmadas como causadas pelo vírus da gripe suína continua em 20, embora o governo esteja ampliando os esforços para fazer uma identificação mais rápida. Na noite de domingo, o número de mortes com suspeita de gripe suína estava em 103.

Córdova informou que 1.070 pessoas foram liberadas do hospital e 776 continuam internadas. Ele também informou que a suspensão das aulas nas escolas até 6 de maio foi expandida para todo o país.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) confirmou 40 casos de gripe suína em cinco Estados do país: Nova York, Califórnia, Texas, Ohio e Kansas.

Richard Besser, diretor em exercício do CDC, disse que o tipo de gripe suína que tem sido registrado nos EUA é mais moderado que no México, onde os primeiros casos foram registrados. Apenas uma pessoa foi hospitalizada até agora.

Pentágono acompanha

Em Washington, o Pentágono informou que vigia atentamente o surto de gripe suína nos Estados Unidos, que teria causado mais de cem mortes no México, mas até o momento não prevê desbloquear medicamentos antivirais de suas reservas.

“As forças armadas americanas acompanham a situação de perto”, declarou um porta-voz do Departamento de Defesa, Bryan Whitman.

Ouvido sobre se o Pentágono começaria a distribuir medicamentos como o Tamiflu ou o Relenza, Whitman respondeu: “Não estou a par de nenhum projeto neste sentido até o momento”, acrescentando que o departamento tinha planos de emergência para enfrentar uma eventual epidemia.

Mais cedo, o presidente americano, Barack Obama, declarou que a ocorrência de gripe suína nos Estados Unidos é motivo de preocupação e que exige o aumento do nível de alerta, mas pediu à população que não se alarme.

“Seguimos de perto atentamente a aparição dos casos de gripe suína nos Estados Unidos. Trata-se, evidentemente, de um motivo de preocupação que nos exige elevar o nível de alerta”, afirmou o chefe de Estado em um discurso ante a Academia Nacional de Ciência nos Estados Unidos.

“Mas não há motivo de alarme”, enfatizou.

“O Departamento de Saúde e Serviços Humanos declarou uma ‘emergência pública de saúde’ como ferramenta de precaução para assegurar que contamos com os recursos de que necessitamos para responder de forma rápida e eficiente”, explicou o presidente.

“Estou recebendo atualizações regularmente sobre a situação enviadas pelas agências responsáveis, e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, assim como os centros para controle das enfermidades darão informações regulares ao povo americano para que se saiba que passos foram e serão dados”, concluiu.

Anvisa descarta alarme no Brasil

BRASÍLIA (AE) - O diretor de Portos e Aeroportos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor, disse ontem que não há motivo de alarme para a população brasileira em relação à gripe suína. “Preocupação sim, o governo está preocupado, mas a população deve ficar tranquila porque o governo está trabalhando para que não entre no Brasil”, afirmou.

Agenor disse ainda que o governo brasileiro só foi alertado da pandemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde) na sexta-feira à noite e que, a partir daí, tomou todas as providências. Segundo o diretor, foram enviados 20 mil folders para o aeroporto de Guarulhos (SP), 20 mil para o Galeão (RJ) e outros 20 mil para Cofins (MG) e 20 mil para Salvador.

Os folders, em português, espanhol e inglês, listam os sintomas da doença e orientam as pessoas que chegaram do México, Estados Unidos ou Canadá a procurarem o hospital. Ao todo, serão feitos 1 milhão de panfletos. “O sistema de saúde brasileiro está totalmente preparado para isso”, garantiu.

Além disso, estão sendo vinculados avisos sonoros nos três aeroportos e em Salvador, Fortaleza e Recife alertando sobre a doença e os aviões que partem do México, Estados Unidos e Canadá com destino ao Brasil receberam a determinação de orientar os passageiros.

A Anvisa está monitorando os passageiros que chegam desses países e, em caso de suspeita, o passageiro será levado em ambulâncias da Infraero ou do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) a hospitais de referência. Além disso, serão distribuídas máscaras aos passageiros nesses casos.

A Anvisa está ainda recolhendo a declaração de bagagem acompanhada de todos os passageiros que chegam desses três países para, em caso de algum caso ser confirmado no Brasil, todos os passageiros do voo serem avisados e monitorados.

Segundo Agenor, o governo está usando um plano de contingência elaborado em 2006 por conta do surto de gripe aviária à época. Ele lembrou que nenhum caso da doença foi confirmado no Brasil. Ele ressaltou que não há nenhuma restrição ao consumo da carne de porco.

Cerca de 6.000 passageiros chegam por dia de voos diretos dos Estados Unidos e México, segundo a Anvisa. São 19 voos diretos dos EUA para Cumbica (SP), dois para o Galeão (RJ), dois para Manaus (AM), um para Salvador (BA) e um para Fortaleza (CE) e outros dois voos diretos do México para São Paulo.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 39ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal, mas com vômitos e diarreia mais severos.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

Perguntas e respostas sobre a gripe suína

PARIS, França (AFP) - A gripe suína, que já causou 149 casos de mortes confirmadas no México e dez casos de infeção confirmadas nos Estados Unidos, vem sendo motivo de muitas interrogações entre a população ante o alerta das autoridades sanitárias.

P. O que é a gripe suína?
R. Trata-se de uma doença respiratória que começa em criadores de porcos, um vírus gripal do tipo A que pode se propagar rapidamente.

P. É transmissível ao ser humano?
R. Sim, começando, em geral, por pessoas que estejam em contacto com esses animais.

P. Pode-se contrair a doença comendo carne de porco?
R. Não, como recordou neste sábado em Paris o Ministério da Agricultura. “A gripe de origem suína no México não se transmite pela carne, mas por via aérea, de pessoa para pessoa”.
A temperatura de cozimento (71º Celsius) destrói os vírus e as bactérias, precisam os Centros de Controle de Enfermidades dos Estados Unidos (CDC).

P. Trata-se de um novo tipo de gripe suína?
R. Assim como no ser humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus da influenza suínos, humanos e aviários.

Os porcos tornam-se, então, “crisóis” que favorecem o aparecimento de novos vírus gripais, através de combinações genéticas, em caso de contaminações simultâneas.
Esses tipos de vírus híbridos podem provocar o aparecimento de um novo vírus da gripe, tão virulento como o da gripe aviária e tão transmissível como a gripe humana.
Esse tipo de vírus que o sistema imunológico humano desconhece poderia ter as características necessárias para desencadear uma pandemia de gripe.

P. Quais são os países afetados até o momento?
R. Exceto México e Estados Unidos, únicos países em que se registraram casos, as autoridades de Peru, Chile, El Salvador, Honduras, Colômbia, Nicarágua, Brasil e Costa Rica ativaram planos de vigilância sanitária.

No Canadá, a ministra da Saúde, Leona Aglukkaq, pediu à população para manter-se alerta.

P. Existe vacina contra esta doença?
R. Só para os porcos. Não para o ser humano. Segundo as autoridades mexicanas, que citam a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina existente para humanos é para uma cepa anterior ao vírus, com o qual não é tão eficaz. Mas “a produção de vacina pode tornar-se possível na medida em que o vírus tenha sido identificado”.

O Tamiflu, o medicamento que contéme oseltamivir, utilizado contra a gripe aviária, é eficaz diz a OMS.

A vacina contra a gripe estacionária humana não protege contra a gripe suína.

P. Por que a OMS está em estado de alerta?
R. “Porque há casos humanos associados a um vírus de gripe animal, mas também pela extensão geográfica dos diferentes focos, assim como pela idade não habitual dos grupos afetados”, explicou a OMS em comunicado.

Casal com suspeita em BH

BELO HORIZONTE (AE) - O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, mantém em isolamento o casal internado ontem com suspeita de contaminação pelo vírus da gripe suína. Em nota, o Hospital das Clínicas informou que eles foram encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde e transportados pela equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), em esquema especial de segurança, chegando ao hospital por volta do meio-dia.

O casal passava a lua de mel em Cancún, no México, e desembarcou na madrugada de ontem no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, com sintomas da doença.

De acordo com as informações, a equipe da Fundação Ezequiel Dias (Funed) irá atuar nos próximos dias, juntamente com o hospital, na realização de exames para investigação dos casos. Os pacientes irão permanecer em observação no HC, considerado referência neste tipo de atendimento e o único hospital do Estado que possui leitos com isolamento respiratório. Ainda não há previsão de quando os resultados dos exames serão divulgados.

OIE: ‘Gripe da América do Norte’

A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) divulgou nota ontem pedindo que a gripe suína passe a ser chamada de gripe da América do Norte, uma vez que o vírus causador da doença, até o momento, não foi isolado em animais.

Não se justifica o nome dessa doença como gripe suína, diz o comunicado. A OIE lembrou que outras epidemias de gripe humana com origem animal foram denominadas de acordo com a origem geográfica, como a gripe espanhola e a gripe asiática. Seria lógico que essa doença se denominasse gripe da América do Norte. A organização pede urgência na realização de pesquisas científicas que comprovem se os animais estão suscetíveis ao vírus e também na implementação de medidas de segurança, como a vacinação dos animais.

A gripe que surgiu no México realça a necessidade de se ter, em todo o mundo, uma rede veterinária que permita a detecção precoce de agentes patogênicos emergentes com potencial impacto na saúde pública.

Fonte: Jornal da Cidade

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