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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Desemprego no país atinge 2 milhões de pessoas, diz IBGE

Rio de Janeiro - O mercado de trabalho no país reflete as conseqüências da crise financeira. O contingente de desempregados atingiu, em março, cerca de 2 milhões de pessoas – o maior contingente em 18 meses - e a taxa de desocupação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (24), avançou pelo terceiro mês consecutivo para o patamar mais alto desde setembro de 2007, ficando em 9%.

“Temos um cenário econômico não muito favorável, no qual se tem o anúncio de uma crise. Quando o cenário econômico não está favorável, isso se reflete no mercado de trabalho”, afirmou o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo.

De acordo com ele, a pesquisa de emprego comprova que, em função da turbulência econômica, postos de trabalho deixaram de ser criados e trabalhadores foram dispensados. Com exemplo, Azeredo citou a redução de 1,5% do emprego na indústria de fevereiro para março, o que representa a saíde de 54 mil trabalhadores do mercado.

“Esse comportamento da indústria, que não é diferente de outros grupamentos – ainda que menor nos outros – faz com que o mercado [de trabalho], além de não gerar [emprego], registre perda de postos, fazendo com que a fila da desocupação seja ainda maior”, afirmou, ao destacar que o setor industrial é o que apresenta maior taxa de dispensa.

A pesquisa de desemprego do IBGE mostra que na passagem de um mês para outro, a população desocupada no país aumentou 7,3% (141 mil pessoas) e 6,7% na comparação com março de 2008 (130 mil pessoas). Já o número de ocupados ficou estável em 21 milhões de pessoas, com acréscimo de 9 mil postos, considerados, porém, insignificantes no universo de desempregados.

“Esse contingente [de 9 mil], em termos relativos é zero por cento. É muito inferior ao aumento [do desemprego]. O contingente de desocupados está maior que o do mês passado em 141 mil, ou seja, enquanto a desocupação aumento em 7,3%, a ocupação não avança em nada. A conseqüência disso é uma taxa de [desocupação] de 9%”, reforçou Azeredo.

Crise levará 55 milhões à pobreza extrema

Brasília - Entre 55 e 90 milhões de pessoas passarão à condição de pobreza extrema ainda este ano devido à recessão mundial resultante da crise financeira internacional. Mais de 1 bilhão sofrerão de fome crônica no mundo todo. As previsões estão em relatório divulgado hoje (24) pelo Banco Mundial (Bird) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), às vésperas da reunião de primavera das duas instituições, que será realizada neste final de semana em Washington (EUA).
O documento, intitulado Informe sobre Acompanhamento Global 2009: Uma Emergência de Desenvolvimento, alerta também para o crescimento do desemprego e constata que dificilmente serão alcançados os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio fixados para 2015. Estão comprometidas metas estabelecidas para áreas como fome, mortalidade infantil e materna, educação e a luta contra o HIV/aids.

A meta de reduzir a pobreza extrema pela metade, considerando-se como base os níveis de 1990 (41,7%) – o primeiro dos oito Objetivos do Milênio – é considerada exequível, mas corre sérios riscos. Na África subsahariana, por exemplo, não será alcançada, segundo previsão do Bird e do FMI.

Para garantir as metas de educação e saúde, o documento pede investimentos urgentes nas redes de proteção social. Nesse sentido, recomenda mais eficiência nos gastos públicos e promoção da maior participação do setor privado. O relatório sugere ainda investimentos em infra-estrutura e nas pequenas empresas dos países pobres.

“A crise afetará todos os países em desenvolvimento nos próximos dois anos, mediante a contração dos volumes de exportação, a diminuição dos preços, a desaceleração da demanda interna, a redução das remessas e dos investimentos estrangeiros, o menor acesso ao crédito e o retrocesso das receitas”, constatam as instituições.

O Banco Mundial e o FMI apostam nas trocas comerciais como forma de estimular a economia global. Por isso, endossam a determinação do G20 finaceiro de turbinar o financiamento ao comércio e reiteram a necessidade de uma “firme determinação” para se cumprir a promessa de evitar a adoção de medidas protecionistas.

JORNAL DA CIDADE

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