Há oito meses não chove em Canindé do São Francisco e a estiagem secou os baldes de leite que diariamente abasteciam o comércio local, como os da roça de dona Lurdinha, que tirava mais de
Assim como o leite e seus derivados, a falta de chuva provocou a longa falta de feijão, milho e outros alimentos nas terras do semi-árido sergipano. Os grãos, antes vendidos a
baixos valores nas feirinhas das cidades do interior, hoje estão bem mais caros. Mas enquanto o consumidor urbano lamenta a alta nos preços, o sertanejo vai sofrendo uma tragédia a conta-gotas. Dona Lurdinha lamenta a falta de agua e dinheiro
“Todo dia é uma perda. Morre um boi hoje, outro depois de amanhã, aí mais outro pra semana, um outro para o mês e assim vai indo. Desde que a chuva sumiu já perdi dez cabeças de gado, isso fora a plantação de milho e de feijão que secaram”, conta seu Oviêdo, morador do povoado Queimadas, no município de Poço Redondo. O vizinho dele chegou a perder 45 animais. Um prejuízo que só
aumenta ao passar dos dias. Seu Oviêdo e uma de suas fracas vacas
Para dar de beber aos bichos e na tentativa de salvar a produtividade da terra, Oviêdo paga R$
Cisternas amenizam problema
Na casa de dona Isabel, Dona Isabel e família: cisterna foi benção
Esse tipo de cisterna foi construído nas regiões mais secas do país pelo Governo Federal através do Programa 1 Milhão de Cisternas, que apesar de muito elogiado está parado. Ambientalistas e agrônomos aprovam a implantação desses
reservatórios em lugares como essas cidades classificando-os como soluções rápidas e mais baratas ao sofrimento provocado pela estiagem de chuva. Estiagem vai matando rio
Déda quer agilidade
Procurado pelo Portal Infonet para comentar o assunto, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, afirma que o Estado deu todo o suporte técnico para que nove cidades decretassem estado de emergência ou calamidade viabilizando a intervenção da União. “Também já falei com o ministro do Desenvolvimento
Agrário para agilizar a liberação de recursos aos agricultores que perderam suas safras ou nem conseguiram plantar devido á seca”, revela Deda. Carro-pipa cobra R$ 70 por água (Fotos: Gal Santana)
Enquanto houver o próximo dia, a próxima semana, o próximo mês, o sertanejo vai empurrando as dificuldades que o clima lhe impôs com a esperança impregnada nos olhos que vira e mexe estão direcionados para cima no desejo de que o céu lhes traga boas notícias.
Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida
Fotos: Gal Santana
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